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Agrônomo, com interesses em música e política

domingo, 29 de agosto de 2010

Bruce Henri & Villa's Voz



"Nascido em Nova York "antes da MTV e da TV em cores", BRUCE HENRI cresceu na Espanha, onde iniciou sua carreira de músico profissional e estabeleceu-se no Rio de Janeiro nos anos setenta. Durante anos trabalhou com Gil, Gal e outros baianos, Ney Matogrosso, Fafá de Belém, Fagner."
"Criado para comemorar os 120 anos de nascimento de Heitor Villa-Lobos em 1887, Villa's Voz é uma apresentação musical com 1h 20 min de duração que contempla a obra do maestro e compositor de uma perspectiva contemporânea. Através da criação de novos arranjos e transcrições inéditas, Villa's Voz oferece um amplo leque de possibilidades para experientes músicos de talento reconhecido na arte do improviso."
Músicos:
Bruce Henri - contrabaixos
Fernando Moraes - piano Yamaha C2
Ricardo Costa - Bateria e percussão
Leo Ortiz - violino
Jessé Sadock - trumpete e flugelhorn
Jorge Pardo - solo de flauta
David Ganc - naipe de flautas

Excelente disco.

Rádio Batuta

Prá quem não conhece o Instituto Moreira Sales foi fundado pelo banqueiro Walter Moreira Sales, do Unibanco. http://ims.uol.com.br/

"Instituto Moreira Salles lança Rádio Batuta"


"O Instituto Moreira Salles lança, em 31 de agosto, a Rádio Batuta, web rádio que estará disponível no site do IMS. A festa de lançamento, para convidados, será no Centro Cultural do IMS do Rio de Janeiro e terá show de Pedro Paulo Malta e Alfredo Del-Penho, com repertório de Francisco Alves e Mario Reis. O show será transmitido ao vivo pelo site da rádio a partir das 20h (http://ims.uol.com.br/radiobatuta).

Com coordenação do ensaísta e letrista Francisco Bosco, a programação da rádio é diversificada – com documentários, entrevistas, aulas-show – e tem o objetivo de explorar de modo crítico e sistemático e tornar o mais público possível o vasto acervo (com mais de 100 mil músicas) de canções populares do Instituto Moreira Salles. O acervo do IMS é formado basicamente por discos de 78 rpm, que são em sua maioria de uma época pré-bossa nova, até os anos 1950.

Mas a música não será o único universo estudado pela rádio. O ouvinte poderá ter acesso às gravações de cursos, palestras, conferências de arte e pensamento, atividades promovidas pelo IMS que circulam por todas as áreas em que a instituição atua: literatura, fotografia, artes visuais e música. “A ideia é que a rádio seja também um polo de discussão, em alto nível, sobre arte e cultura”, explica Francisco Bosco.

:: Conheça os programas da Rádio Batuta ::

>> Sabiás, pardocas e feitiçarias – um documentário sobre Noel Rosa
No ano de centenário de nascimento de Noel Rosa, a Rádio Batuta mergulha no universo do Poeta da Vila para traçar um perfil de um dos maiores, mais criativos e originais artistas da música brasileira. O documentário, dividido em oito capítulos, contou com depoimentos de Caetano Veloso; Luiz Tatit; do jornalista, pesquisador e crítico musical João Máximo; de Sérgio Cabral (jornalista, escritor, compositor e pesquisador); do letrista, produtor e ensaísta Carlos Rennó; do jornalista Leonardo Lichote; dos ensaístas Santuza Naves e Júlio Diniz; e do pesquisador Carlos Sandroni. Com uma linguagem mais rigorosa e ensaística, o documentário é apresentado por Francisco Bosco.

>> Série As canções que eles fizeram para mim
Com o intuito de mostrar o quanto o passado musical é integrado ao presente, Francisco Bosco convida grandes músicos da atualidade a escolher, dentro do acervo IMS, canções que influenciaram ou serviram de inspiração para a sua obra. No primeiro programa, o cantor e compositor João Bosco destaca canções gravadas em 78 rpm de épocas distintas da música brasileira – Ernesto Nazareth, Dorival Caymmi, Almir Ribeiro foram alguns dos artistas comentados. Nas semanas seguintes, serão apresentadas entrevistas com Marisa Monte, Monarco, Mariana Aydar, entre outros.

>> Série Os Batutas
Com caráter mais informativo e introdutório, o programa apresentado por Claudia Diniz traz a público a vida e a obra de grandes mestres da canção popular brasileira. O primeiro homenageado é o compositor, instrumentista, cantor e ator Custódio Mesquita, que, se fosse vivo, completaria 100 anos em 2010.

>> Série A canção no tempo
O programa apresenta sucessos de diferentes épocas da música brasileira, sempre contextualizados com o ambiente cultural, social e político em que foram produzidos. O primeiro programa apresenta um panorama do período entre 1901 e 1905. A série é inspirada e tem pesquisa baseada no livro A canção no tempo: 85 anos de músicas brasileiras, de Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello.

>> Aulas-show O fim da canção
O ciclo de aulas-show apresentado por José Miguel Wisnik e Arthur Nestrovski no IMS em 2009 sobre o fim da canção foi transformado em programa. A série, com 16 capítulos, apresenta ao ouvinte um minipanorama musical, a partir de uma seleção de canções da música brasileira dos últimos 50 anos. A cada programa, Wisnik e Nestrovski abordam o tema do fim da canção partindo de algumas canções-chave, interpretadas ao vivo e depois comentadas em contraponto com novos questionamentos.

>> Música para escovar os dentes
Os ouvintes terão acesso a playlists com determinados recortes do acervo. Uma seleção já estará no ar na inauguração da rádio: uma lista de clássicos da música brasileira.

>> Poemúsica
A Rádio Batuta coloca à disposição dos ouvintes a noite de música e poesia que reuniu, em março no IMS, Augusto de Campos, Cid Campos e Adriana Calcanhotto. O espetáculo pensou e cantou poesia concreta.

>> Vitamina B
Programa informativo, com curiosidades e histórias interessantes e pouco conhecidas sobre as canções e seus autores e intérpretes, que fazem parte do rico acervo do IMS. O programa com as pílulas musicais é apresentado pela coordenadora de música do IMS, Bia Paes Leme.

>> Rádio-pensamento
Temas instigantes discutidos por pensadores brasileiros estão sempre em pauta nessa série. No primeiro programa, o arquiteto Paulo Mendes da Rocha e o crítico de arte Ronaldo Brito discutem as contradições de Brasília, no ano em que a cidade completa 50 anos. O programa foi gravado no Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro e fez parte do seminário Brasília: imagem, imaginário, realizado durante a exposição As construções de Brasília.

>> Acontece no IMS
Matérias sobre a programação dos três centros culturais do IMS (Rio de Janeiro, São Paulo e Poços de Caldas), com informações sobre exposições, filmes, palestras, shows, lançamentos, entre outros. O programa é apresentado por Carla Paes Leme.

http://ims.uol.com.br/radiobatuta

sábado, 28 de agosto de 2010

Lula no Mato Grosso do Sul

Que me perdoem os revimétal meus(minhas)amigos(as) mas o discurso do Lula em Mato Grosso do Sul é um dever registrar. Fundamental para entender a imprensa e as elites brasileiras. Revelador do preconceito que temos e escondemos.



Mas, como dizia a música " eu sei que vocês vão dizer/ que é tudo mentira/ que não pode ser/
e que depois de tudo / o que ele me fez / eu jamais poderia aceitá-lo outra vez."

Nunca fui viúva do Lula. Portanto...
É um belo discurso. Radical.
Que vengan los toros

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Dhi Ribeiro





Sou daqueles que ainda compram CDs. Hoje, comprei dois. Esses relançamentos que as gravadoras fazem sem encarte, com embalagem econômica e preço acessível, R$ 10,99. O primeiro é um dos inúmeros que o Zeca Pagodinho gravou com a marca MTV, o especial MTV Zeca Pagodinho de 2009. Um disco bom com a maioria de regravações e produção de Paulão 7 cordas e Rildo Hora.
Por falar em Rildo, ela produziu também um disco de uma cantora chamada Dhi Ribeiro. Não a conhecia. Vi o Rildo na produção, vi algumas faixas com os compositores, Noca da Portela, Toninho Geraes, Luis Carlos da Vila, Moacir Luz e pensei vou levar este também. Comprei e ouvi. O disco é confuso, a Dhi, Rildo e a Universal pretendem inventar uma nova marron (Alcione) mas fica longe do objetivo. A moça leva jeito tem uma boa voz e pode fazer bons discos se deixar a pretensão de ser uma nova marron.
Mas o disco tem coisas boas como Benza Deus ( Luiz Carlos da Vila e Moacir Luz), Marujada (Noca da Portela e Toninho Nascimento).

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Pré-carnaval 2011

Inscrições abertas para o Edital de Pré-Carnaval 2011


A Prefeitura, através da Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor), abriu inscrições para o Edital de Pré-Carnaval 2011. Serão selecionados 50 blocos que irão receber, cada um, o valor de R$ 6 mil, totalizando um investimento de R$ 300 mil. Esse é o quarto edital de apoio ao pré-carnaval de rua de Fortaleza e o objetivo é fomentar essa manifestação popular e democratizar, de forma transparente, o acesso aos recursos públicos.

Serão selecionados projetos que reúnam grupos de brincantes realizadores de cortejos pelas ruas ou praças de Fortaleza, fantasiados ou não, que desfilem ao ritmo de samba, frevo ou marchinhas carnavalescas e utilizem instrumentos de sopro, metais ou percussão. Podem se inscrever pessoas físicas, maiores de 18 anos, que morem em Fortaleza há pelo menos dois anos, ou pessoas jurídicas, de natureza cultural, sem fins lucrativos, que atuem em Fortaleza há pelo menos dois anos.

Para participar, os blocos devem ter como local de concentração e desfile espaços públicos como praças, parques, ruas ou avenidas; ter desfilado, no mínimo, dois dias no pré-carnaval de Fortaleza em anos anteriores; ter um público superior a 200 pessoas em cada apresentação; utilizar banda de sopro e metais, charanga e/ou bateria fundamentada em ritmos de raiz,(grifo meu) entre outros critérios previstos no edital, disponível no site da Secultfor. As inscrições devem ser feitas por meio do formulário disponível também no site. A proposta deverá ser entregue na Secultfor (Rua Pereira Filgueiras, 4, Centro) até 20 de setembro, de 9 às 12h e de 14h às 17h, em envelope lacrado, ou encaminhado através dos Correios por meio de correspondência registrada, com “Aviso de Recebimento”, sendo aceitos somente os projetos cujo registro de postagem esteja datado até o dia 20 de setembro.

Seleção
A seleção dos projetos será feita em duas etapas. Na primeira, as propostas previamente habilitadas serão avaliadas por uma comissão de seleção composta por um técnico da Secultfor e dois representantes da sociedade civil. A comissão emitirá parecer técnico e pontuará todas as propostas. As 50 mais bem pontuadas estarão selecionadas. No julgamento dos projetos, a comissão levará em conta diversos critérios, entre eles o caráter inovador do projeto, envolvimento da comunidade, utilização de fantasias e adereços, coerência do cronograma e clareza do projeto.

A segunda etapa é de habilitação jurídica e fiscal, em que os projetos serão analisados juridicamente. Nessa etapa, é conferida toda a documentação apresentada e verificado se os representantes legais dos projetos estão adimplentes em contratos e convênios com a Prefeitura de Fortaleza. O resultado da seleção será publicado no Diário Oficial do Município e divulgado no portal da Prefeitura e no site da Secultfor, em data a ser informada posteriormente.

Pré-carnaval
O pré-carnaval de rua de Fortaleza é uma manifestação tradicional que mobiliza toda a comunidade local, por meio dos blocos, que são instituições organizadas, e das brincadeiras espontâneas, fortalecendo as raízes culturais e estimulando a criação artística do fortalezense. É considerado um dos maiores eventos populares da Cidade. A Prefeitura de Fortaleza apoia a festa desde 2005, tendo lançado em 2007 o primeiro edital de pré-carnaval da Cidade, com um investimento de R$ 247,5 mil e apoio a 45 blocos. Nos três anos seguintes, o valor destinado ao fomento à festa foi de R$ 300 mil em cada ano, premiando 50 blocos anualmente.

:: SERVIÇO
Edital de Pré-Carnaval 2011
Inscrições: até 20 de setembro
Formulário: disponível no site da Secultfor
Mais informações: sede da Secultfor (Rua Pereira Filgueiras, 04 – Centro) ou através do telefone (85) 3105.1490.

Seguidos e seguidores (3)



Como o micro blog virou estrela nessa eleição, todos(as) twitando, trending topics pra cá pra lá, vamos a terceira rodada de seguido e seguidores (noite de 24 de agosto de 2010):





Cid Gomes anda seguindo 11 e sendo seguido por 11262.

Lúcio Alcantara segue 109 e é seguido por 1816.

Marcos Cals, este não segue ninguem e é seguido por 1653.

Soraya Tupinambá, segue 188 e é seguida por 467.

Walter Alfaiate e Dorina



O grande Walter o Dorina. Aliás, prá quem gosta, Dorina tem um programa na Rádio Nacional AM do Rio: DORINA PONTO SAMBA – com DORINA e RUBEM CONFETE. O horário: das 13 as 15 horas. Na internet - http://www.ebc.com.br/canais/radios/radio-nacional-am-rio-de-janeiro/programacao

Too Old to Rock'n'Roll.. But Too Young To Die - Jethro Tull

Tiririca - o candidato



Qual o motivo de tanta celeuma em torno do tiririca. Ele está estreando. Os nossos são profissionais de 20, 30 anos de mandatos.

Luiz Fernando Veríssimo



Para o povo que reclama do fato do Tiririca ser candidato. Crônica de Luiz Fernando Verissimo publicada no blog do Noblat.




A alternativa

Você eu não sei, mas quanto mais candidatos ridículos pedindo voto, mais eu gosto.

O ideal seria que todos os candidatos fossem sérios e capazes, apresentassem suas credenciais e seus programas de maneira convincente ou no mínimo bem articulada, e representassem alguma coisa além da sua própria ambição, ou seu próprio delírio. O ideal seria uma democracia perfeita, em que a escolha fosse entre os melhores. Mas uma democracia perfeita, como é inviável, está apenas a um passo de democracia nenhuma.

Os candidatos inacreditáveis que infestam os horários eleitorais com suas promessas malucas, suas caras assustadas e seus truques patéticos são, na verdade, guardiões da democracia possível. Sua existência garante que estamos salvos de qualquer pretensão ciceroniana a governos só de iluminados. Pense nisso na próxima vez que aparecer um candidato na TV pedindo seu voto porque é um bom filho ou um bom jogador de boliche. A alternativa ao ridículo é muito pior.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Siba e Catatau - segunda parte

Siba e Catatau - primeira parte

Debate para Governador(a) na tv O Povo

Esse eu não vi. Vai aí comentário do Érico Formo do Jornal O Povo.

"O debate em síntese
Postado em 23 de agosto de 2010 por Érico Firmo

Quem mais evoluiu desde o primeiro debate, na TV União, foi Soraya Tupinambá (Psol). Para começar, deu sorte, ao ser sorteada duas vezes para escolher a quem perguntar. Escolheu Cid Gomes (PSB) nas duas oportunidades. Foi também sorteada para falar por último no encerramento, fechando o programa.

Nos primeiros blocos, foi ela quem mais brilhou. Bateu duro em Cid e, sobretudo, em Marcos Cals (PSDB), que pediu direito de resposta – negado – quando ela se referiu ao fato de ele ter sido membro do governo Cid, e ressaltar que ele só é candidato porque não havia vaga no Senado para todo mundo. Acertou em cheio.

Cid foi a surpresa do debate. Foi agressivo e partiu para o ataque contra Cals, deixando o adversário até um pouco atordoado. Ainda bateu nos adversários no fim, ao dizer que os antecessores não deram nem a reposição da inflação aos servidores.

Cals, para quem foi alvo tanto de Cid, quanto de Soraya, quanto ainda de Lúcio Alcântara (PR), até que não se saiu mal, e teve bons momentos. O melhor de todos ao lembrar que Cid também apoiou Tasso, em quem surpreendentemente o governador bateu.

Lúcio teve bons embates com Marcos Cals e apresentou a proposta mais, digamos, surpreendente: o “vale-sonho”. Falou ainda várias vezes da parceria com Lula, do apoio as Dilma. Mas foi menos agressivo com Cid, presente, do que fora com o atual governador no debate da última quinta-feira, na TV Jangadeiro, quando o governador estava ausente.

Marcelo Silva (PV) foi o único a não entrar no clima quente do debate. Falou em Deus, em equilíbrio, sustentabilidade, e destacou que, antes de cearenses, somos cidadãos planetários. Destacou, portanto, essa conexão cósmica sempre que pode."

domingo, 22 de agosto de 2010

Bar do Chaguinha

Sexta-feira, 20 de agosto de 2010. Benfica, Fortaleza, Ceará.
É um bar que existe há 54 anos. Bar do Chaguinha. Memória de uma cidade que pouco dá valor à memória. Pois na dita sexta vi - uma moça daqueles clones: cabelos longos, short jeans e sapato de salto alto. Eu vi no bar do Chaguinha.
É o fim do mundo, são as mudanças climáticas segundo minha Lia Rubra.

sábado, 21 de agosto de 2010

Ernst Bloch

Há dois anos, neste blog, escrevi sobre Marxismo esotérico e Utopia concreta.
Em homenagem a Renato Roseno, utópico concreto, um texto sobre Ernst Bloch

"Utopia concreta"

Ernst Bloch nasceu em 8 de julho de 1885, numa família judaica de Ludwigshafen. Muitos anos mais tarde, ele ainda definiria como constitutivo para seu pensamento o contraste entre a cidade natal, industrial e operária, e a vizinha Mannheim, burgo da cultura burguesa herdada.
Em 1905, iniciou seus estudos de Filosofia, Germanística, Física e Música em Munique e Würzburg, doutorando-se em Filosofia três anos mais tarde. Já em 1918 publicou a obra Espírito da utopia, onde afirma: "O mundo existente é o mundo passado, porém o anseio humano, em ambas suas formas – como inquietude e como sonho acordado – é a vela que leva ao outro mundo".
Defendendo-se das acusações de perseguir o irrealizável, Bloch desenvolverá o conceito, aparentemente paradoxal, da "utopia concreta", distanciando-se assim tanto do puro sonho quanto do banimento de todas as esperanças para um mundo melhor, para o além.
À idéia freudiana do inconsciente como algo "não-mais-consciente", o filósofo justapõe a existência do "ainda-não-consciente". "Sobretudo nos dias de expectativa, em que predomina não o que já foi, mas sim o que está por vir, na dor indignada, na gratidão da felicidade, na visão do amor [...], transpomos claramente as fronteiras de um saber ainda-não-conhecido."

Nasce o princípio esperança

Após seu doutoramento, Bloch torna-se amigo do filósofo húngaro Georg Lukács e freqüenta os círculos de Max Weber em Heidelberg. Na década de 20, vivendo como autor autônomo em Berlim, aproxima-se tanto de Walter Benjamin, Theodor Adorno e Siegfried Kracauer como dos artistas Bertolt Brecht, Kurt Weill e Otto Klemperer.

Já em 1924, Bloch se manifestara contra a ameaça nazista num artigo intitulado "A violência de Hitler". A ascensão ao poder do Partido Nacional-Socialista em 1933 obriga o filósofo ao exílio. Após permanências em Paris e Praga, passa a viver, a partir de 1938, nos Estados Unidos. Lá ele inicia, entre muitos outros projetos, o manuscrito de sua obra máxima, O princípio esperança, cujo primeiro de três volumes só será lançado em 1954.

Música e esperança

Para o pensador judeu, a precondição para que se supere a servidão e as estruturas hierárquicas da sociedade é o princípio vital da esperança. Este não se deixa abalar por uma decepção qualquer, pois o ser humano precisa de coragem e de disposição à luta, um "otimismo militante".

Esperança e utopia dirigem-se, para Bloch, a alvos concretos: um humanismo real; uma sociedade cujos membros façam valer seu direito de recusar a posição de humilhados e ofendidos, onde possam ousar "andar eretos". Ao contrário de seus colegas marxistas, para ele a superação do capitalismo não passava de trabalho preparatório, a caminho desse alvo maior.

Nesse longo caminho, as artes, em especial a música, desempenham um papel ativo: "A relação com este mundo torna a música um sismógrafo social, ela reflete fraturas sob a superfície social, expressa desejos de transformação, convida à esperança. [...] O som exprime o que ainda está mudo no ser humano", afirma Bloch em O princípio esperança.

"Revisionista" na RDA

Em 1949, Bloch retorna à terra natal, visando "cooperar com todas as forças para a construção democrática da Alemanha", e assume a cátedra de Filosofia na Universidade de Leipzig, na então República Democrática Alemã (RDA).

O conflito com o Partido Socialista Unitário (SED), latente desde o início, explode em 1956, quando sua obra é classificada como "antimarxista e revisionista".

Durante uma viagem à Alemanha Ocidental, cinco anos mais tarde, ele e sua família são surpreendidos pela construção do Muro de Berlim, que dividirá o país fisicamente em duas metades, duas visões de mundo. Bloch decide permanecer, passando a lecionar na Universidade de Tübingen.

Revolução, movimento estudantil e terrorismo

Bloch saudou o movimento estudantil do final dos anos 60 como uma "rebelião contra a repressão primária", capaz de pôr em desordem e movimento uma sociedade estagnada. "Nossos senhores fazem, eles próprios, que o homem comum se torne seu inimigo e se indigne, e a isso eles chamam de rebelião."

Entretanto o filósofo distinguia estritamente entre protestos estudantis e o terrorismo desgovernado à maneira da Facção do Exército Vermelho (RAF). "Não se deve confundir revolução com exibição barata de força. Espernear sem cessar porque nada nos agrada, jogar tudo fora por ter visto algo melhor [...], isso não é revolução. É claro que revolução é um estado de maturidade."

O filósofo faleceu em 4 de agosto de 1977, em Tübingen."


Redator(a):Augusto Valente
© Deutsche Welle

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Debate Governador(a) na Jangadeiro

No debate da tv Jangadeiro nada de novidade. Um debate morno. E mais, debate com "patrocínio" de organização educacional. Participaram Soraya (PSOL), Marcos (PSDB), Lúcio (PR) e Marcelo (PV). A regra foi ter representação no congresso. Portanto para Natividade do PCB e Gonzaga do PSTU, necas de pitibiriba.
A única diferença foi feita por Cid que não compareceu ao debate alegando que o dono da televisão tinha um candidato. O dono, talvez seja o Tasso Jereissati.
Oportunismo do Cid, talvez, pois ele não denuncia que o controle das tv e rádios estão mas mãos de políticos e de 4 famílias (no sentido bíblico ou italiano). Essa é a ṕrática das concessões no Brasil.
Mas involuntariamente coloca em discussão a tal liberdade de imprensa dos donos das Tvs, jornais e rádios, que tantos defendem. Em discussão? Equivoquei-me. Essa discussão para a imensa maioria é bizantina.
Valei-me Chávez.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Como dois e dois são cinco

 

Sinopse

Como dois e dois são cinco - Roberto Carlos (& Erasmo & Wanderléa)', de Pedro Alexandre Sanches, é uma análise social e ao mesmo tempo emotiva da obra e trajetória de RC e dos dois outros grandes ícones (o Tremendão e a Ternurinha) da jovem guarda. Um diálogo entre a música e a política, as mudanças no comportamento e no cenário musical das várias épocas que atravessaram. As contradições e a relação complexa da dupla de compositores com o regime militar, a TV Globo, a Igreja Católica, a MPB mais tradicional, as influências latinas e norte-americanas, o status quo e a vanguarda dos movimentos hippie e black power. E as idas e vindas na carreira da cantora que, ternurinha, viu ao longo da sua carreira mudanças e mudanças na condição da mulher diante do machismo reinante na sociedade. O livro segue o projeto de analisar a produção das últimas décadas da música brasileira e suas influências no cenário atual. Se em Tropicalismo - decadência bonita do samba, Sanches dissecava a obra dos tropicalistas Gil e Caetano, dos tradicionais Chico Buarque e Paulinho da Viola e de Jorge Ben(Jor), agora o foco se aproxima da música ainda mais popular, industrial, comercial, e ao mesmo tempo também brasileira, dos Carlos. Nesse projeto estão os capítulos-pausa do livro, que tratam da trajetória de artistas que seguiram, entre sucessos e percalços, caminhos diferentes dos do Rei, por isso tratados no livro como anticarlistas Marcos Valle, Raul Seixas, Tim Maia, Belchior, Rita Lee e, em sua controversa trajetória, Wilson Simonal. 'Como dois e dois são cinco' traz o Brasil dos Carlos que tocou e toca nas rádios e TVs, da renúncia de Jânio Quadros até a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. Entre o conservadorismo e a modernização, que muitas vezes por aqui surgem sem deixar claro o que é o quê, o livro desvenda, pela análise do arquétipo Roberto Carlos, muito do país do qual ele é Rei.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Eu demitia o(a) publicitário(a) (2)

Vejam esta peça. Merece salvação?

Trailer do filme "Pereio Eu Te Odeio"



Documentário longa-metragem sobre o lendário ator Paulo César Pereio.
Direção de Allan Sieber.
Previsão de lançamento para 2011.

Debate presidenciáveis Folha Uol

Gostei do debate embora não goste da Folha. Marina se reposicionando partindo prá cima do Serra e Dilma menos nervosa mais tranquila e tendo como ponto alto sua resposta sobre o cancêr. Só lembrando o que disse o Serra na entrevista do JN “Eu tenho boa saúde, ninguém tá sendo vice comigo achando que eu não vou concorrer ao mandato.” Esta frase sacana teve pouca repercussão na mídia. Este é o José Serra, o paulista e comedor http://www.youtube.com/watch?v=6ilV_hEfKnw&feature=topvideos

E como contra-ponto ao discurso hegemônico das(o) três candidatas(os) faltaram não só o sempre lembrado pela grande mídia, PSOL, mas também o PSTU, o PCB e PCO.

Dorina e Arlindo Cruz - O show tem que continuar

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Fidel 84 anos




Nacido en el pueblo de Birán, en la provincia de Holguín (este), hijo de un inmigrante español y una campesina cubana, Fidel ha visto pasar desde el triunfo de la Revolución en enero de 1959 a diez presidentes de Estados Unidos.

Hoje sexta-feira, 13 do mes de agosto de 2010.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Prêmio da Música Brasileira



Depois da Homenageada do ano - Dona Ivone Lara, o grande vencedor do prêmio foi o Tantinho. Ganhou na categoria samba: melhor cantor e melhor disco com "Tantinho canta Padeirinho da Mangueira". Padeirinho e não Pandeirinho como estão escrevendo por aí nas notícias e blogs.



Alguns dos vencedores do Prêmio da Música Brasileira -
Realizado ontem 11 de agosto de 2010


Revelação do Ano: Letieres Leite & Orkestra Rumpilezz

Canção: “Feita na Bahia” de Roque Ferreira interpretada por Maria Bethânia


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Instrumental

Melhor Grupo: Letieres Leite e Orkestra Rumpilezz

melhor disco: Luz da Aurora, de Yamandu Costa e Hamilton de Hollanda

Melhor solista: Yamandu Costa

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Canção Popular

Grupo: Trilogia

Dupla: Zezé de Camargo e luciano

Disco: Coração do Homem Bomba ao Vivo, de Zeca Baleiro

Cantor: Cauby Peixoto

Cantora: Rita Ribeiro

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Samba

Grupo: Casuarina

Disco: Tantinho canta Padeirinho da Mangueira

Cantor: Tantinho

Cantora: Alcione

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MPB

Grupo: 4Cabeça

Disco: Encanteria, de Maria Bethânia

Cantor: Ney Matogrosso

Cantora: Maria Bethânia

Eu demitiria o(a) publicitário(a)

Eis o texto de uma propaganda eleitoral veiculada no jornal O Povo de ontem, 11 de agosto de 2010 (pág18). O custo de veiculação foi de R$ 2.250,00.

" A PROF. LUIZA LINS HOMENAGEIA TODOS OS ESTUDANTE"

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Bonner e Roberto Jeffeson

http://twitter.com/blogdojefferson

Olha o que disse o Roberto Jefferson no Twitter:

"William Bonner e Fatima Bernardes facilitaram para o meu candidato. Foram mais amenos com ele."

O Bonner e o Pitbonner

Enquanto isso, na estrevista do Jornal Nacional de 11 de agosto de 2010:

"Não me obrigue a interrompê-lo. Me perdoe. Sei que o senhor vai compreender" William Bonner para José Serra quando este ultrapassou os 12 minutos e trinta segundos.
Nem parecia o Pitbonner que entrevistou Marina e Dilma.

Não se aprende para saber...

Artigo do Jornalista Gervásio de Paula no Diário do Nordeste de 11 de Agosto de 2010

Não se aprende para saber...

Como a pauta diária da mídia brasileira atual é entrevistar candidatos, em particular aqueles que almejam ser eleitos para os cargos executivos - saber de suas linhas programáticas, de seus planos sócio-econômicos para aquilo que propõem - relembro aqui do grande municipalista brasileiro, saudoso jornalista, sociólogo e educador Américo Barreira, alguns tópicos fundamentais e atuais para a vivência eleitoral, sobre a Educação de que tanto se fala.

Partindo-se do blá-blá-blá dos mais diversos candidatos, sobre o que pretendem fazer nas áreas de Educação, Saúde e Segurança, se forem eleitos, o professor Américo Barreira dizia - onde estivesse, para quem quisesse ouvir - que "a Educação reflete o sistema a que serve". "É feita para sustentá-lo. Porquanto, aquele que desejar saber como vai a Educação no Brasil precisa conhecer antes a situação do regime, do sistema político-administrativo".

Segundo ele, na medida em que ela mina, elevando o nível de consciência política do povo, desarticula o regime. Passa a não existir o pseudo projeto oficioso da Educação. "Se existe plano é de não Educação, da não intromissão da Educação nos rumos do sistema, que é conservador, reacionário, ao qual a verdadeira Educação não pode servir", assinalou.

Para o municipalista, o que se faz, por exemplo, com a universidade, é desmoralizá-la, transformando-a numa ponte para algum ensino privado de péssima qualidade. No ensino médio, o que se criou de "inovação", por um período, foi o cursinho, uma espécie de supermercado da Educação Média no Brasil.

Para o educador Américo Barreira, a inexistência de mercado de trabalho para absorver a juventude era uma grande preocupação do socialismo. "Uma jovem sai com um diploma do curso médio e é obrigada a passar dois anos num cursinho para poder ter acesso à universidade. Lá, passa cinco ou seis anos, sai doutora e vai ter que ser motorista de táxi, balconista de supermercado ou outra casa comercial, para viver.

Viver não. Escapar. Porque o conceito de viver é viver decentemente, com salário digno, capaz de suprir suas necessidades fundamentais. É uma situação para não criar expectativa de mudança na sociedade", tonifica Américo Barreira.

Américo conhecia muito bem a realidade da criança do Interior e de alguns bairros da periferia dos grandes centros urbanos, que só vão à escola para matar a fome com a merenda escolar. Tentava transformar o ensino público, que sempre esteve dissociado da realidade e "altamente seletivo". A maioria dos jovens da zona rural não chega à 8ª série, não lhe ensinam nada sobre a sua realidade, sequer o ajudam a perceber como vive mal, que para viver melhor é preciso mudar muita coisa, a começar pelo processo obsoleto de produção. Se uma professora do interior disser que é preciso dar terra a quem não tem, certamente perderá o emprego. É um sistema tão arcaico como o sistema dominante.

O visionário Américo Barreira falava, nos idos de 1984, que "no Brasil de hoje o que domina é o interesse multinacional. Qualquer dia desses teremos a multinacional da medicina, a multinacional do remédio, a multinacional da previdência social e por aí vai", preconizou. "Tem-se de mudar o sistema vigente. O povo brasileiro terá de fazê-lo. E não é negócio de homem, de salvador", esclarecia. Pode até trazer Jesus Cristo para "resolver" e ele vai ser crucificado outra vez. A função da escola é, sem dúvida, preparar para a vida. Mas subentende-se uma vida melhor, com perspectivas mais amplas. Não se aprende para saber. Aprende-se para fazer".

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Florestan Fernandes por Antonio Cândido



15 anos sem o mestre Florestan Fernandes (1920 - 1995)

do sítio do MST - http://www.mst.org.br/15-anos-sem-Florestan-Fernandes

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Wolinski - ainda na década de 1980

Jornal EX- Edição fac similar



A imprensa Oficial do Estado de São Paulo e o Instituto Valdimir Herzog acabam de publicar edição fac similar com todos os números do Jornal EX-. Produzido entre 1973 e 1975, com periodicidade mensal, o jornal EX- foi um dos expoentes da chamada mídia alternativa durante a ditadura militar, reconhecido por suas reportagens aprofundadas, textos ácidos e imagens provocativas
Preço R$ 140,00

http://livraria.imprensaoficial.com.br/detalhes.asp?busca=35045

domingo, 8 de agosto de 2010

Seguidos e seguidores (2)





No microblog:

Cid Gomes, segue 11 e é seguido por 10.662 "pessoas".

Lúcio Alcântara, segue 105 e é seguido por 1.667.

Marcos Cals, segue 0 e é seguido por 1.464.

Soraya Tupinambá, segue 132 e é seguida por 364.

(Noite de 8 de agosto de 2010)

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Debate presidenciáveis na Band




- Algumas impressões:

- Sou do tempo em que Caiado, Maluf, Collor, Aureliano disputavam eleições presidenciais. A direita explicita e clara.
- Hoje estes representantes da direita (com exceção do Aureliano)SIC estão apoiando uma das candidaturas. Óbvio que não são as do Zé Maria (PSTU) e nem a do Plínio (PSOL).
- Alianças amplas e pragmáticas a parte é bom lembrar que dos(as) quatro(as)candidatos(as) que a Band aceitou em seu debate, três são oriundos(as) do PT - a saber Marina Silva, Plinio Arruda Sampaio e Dilma Roussef. O quarto - José Serra - foi presidente da UNE e exilado político.
- Alguém imaginaria este quadro há 10 anos?
- Mas, e sempre tem um, irão argumentar que - Fulano foi da UNE, exilado e hoje está com..., o outro era democrata cristão e hoje é ..., a outra foi guerrilheira e hoje ... Sicrana era católica e hoje...
- A questão pra mim é que nenhum(ma) dos(as) candidatos(as) nega seu passado ou seu presente de esquerda. Os dois últimos presidentes assim o fizeram pois um afirmaou - "esqueçam" o que escrevi o e outro disse que "nunca foi de esquerda".
- lero-leros à parte o debate no formato adotado pela band favoreceu um "confronto"
entre os "pisando em ovos" Dilma e Serra. Cada um querendo manter sua posição nas pesquisas e se possível avançar. Dilma mais tensa e nervosa que Serra. E as propostas parecidíssimas.
- O "ninguem me ama, ninguém me quer" que o Plinio insistia em repetir, fazia parte do jogo. Portanto a tática do Serra e Dilma foi a de chamar pra si o foco.
- Plinio com um bom humor de quem sabe que está ali cumprindo tabela - foi o melhor.
- "O Serra é hipocondríaco, só fala em saúde", "Marina você parece que é do PT", "Marina você é ecocapitalista" foram alguns dos dardos venenosos disparados por Plínio.
- O objetivo estratégico de marcar a diferença, de aprofundar a questão do socialismo, de Plinio, que reputo correta pode atrapalhar os sonhos parlamentares de vários candidatos pelo Brasil que não estão até, por tática eleitoral, com um discurso mais radical.
- Marina passa a impressão de querer o lugar de Dilma no coração de Lula.
- Plinio e Dilma foram os únicos a não ficar desfiando o passado como: o de pobre de Serra, ensinando matemática para chegar na universidade ou como o da Marina no Acre, fome, pobreza e sua relação com Chico Mendes sempre citada.
- Mas, no geral, todos apresentaram generalidades (que redundância). Cada um em seu quadrado, ou como disse Plinio, ele num quadrado e os(as)outros(as)em outro quadrado.
- Falta à mídia abrir espaço para os outros Candidatos notadamente os de esquerda como o José Maria do PSTU.
- Caberia aos candidatos que se dizem democráticos, no mínimo lamentar, a não participação dos outros candidatos. Aliás, Plinio fez uma menção superficial.
- Até agora nada de novo no front.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O BEM AMADO - O FILME



O filme começa com cenas da deposição de João Goulart. Termina com cenas do comício das Diretas-Já no Rio. São dois momentos históricos importantes na história recente do país, mas não entendi bem o papel desempenhado pelas cenas no filme.
Mas, invocando outro momento histórico e parafraseando o Presidente Lula - Nunca da história desse país se juntou tanta gente boa pra fazer um filme tão ruim. Exageros à parte é mais ou menos assim.
Senão vejamos - junte um elenco Global (Marco Nanini, Matheus Narthegale, Drica Morais, Andréa Beltrão, Tonico Pereira, José Wilker) de qualidade, um criativo e inovador diretor global Guel Arraes e prá completar (olha quem está na trilha sonora) - Caetano Veloso, Berna Ceppas, Thalma de Freitas, Nina Becker, Zélia Ducan, Zé Ramalho - acrescente uma pitada da inefável...Mallu Magalhães, e que faz esta seleção de feras? Não chega nem próximo da do Dunga.
O filme não tem liga.
Mas, confesso. Fui ver com a maior boa vontade e desarmado das versões anteriores - Novela e seriado. Fim do filme as comparações são inevitáveis.
Novela e seriado são muito, mais muito superiores. E tem mais os personagens do século passado são infinitamente melhores. Nesta versão, do século XXI, estão muito bem, Marco Nanini como Odorico e Matheus como Dirceu Borboleta.

ZÉ MENEZES NO CDL DE FORTALEZA



ONTEM ZÉ MENEZES APRESENTOU-SE NO CDL DE FORTALEZA. O SHOW NO PREÇO, ISTO É DE GRAÇA, NÃO CONSEGUIU LOTAR O PEQUENO AUDITÓRIO. ZÉ DO ALTO DOS SEUS 88 ANOS (COMPLETARÁ 89 NO PRÓXIMO MÊS) ESTAVA ACOMPANHADO POR DANIELA SPIELMANN NO SAX E MARCELO GONÇALVES NO VIOLÃO. UM ESPETÁCULO IMPERDÍVEL. ALIÁS EU ESPERAVA MUITOS, MAS MUITOS MÚSICOS NA PLATÉIA PARA HOMENAGEAR AQUELE QUE ESTÁ FAZENDO 80 ANOS DE CARREIRA E EM PLENA ATIVIDADE. POUCO PÚBLICO E POUCOS MÚSICOS.
DAS COISAS QUE ACONTECEM POR AQUI CABE REGISTRAR A PARTICIPAÇÃO PÍFIA DE UMA AMIGA DA FAMILIA DE UM DOS PATROCINADORES DO EVENTO CANTANDO "NOVA ILUSÃO". SEM ENSAIO, SEM COMBINAÇÃO PRÉVIA, PEGADA NO LAÇO. FICA DIFÍCIL. MAS TEVE SEUS MINUTINHOS DE FAMA.
PS - O VIOLÃO TENOR QUE APARECE NA FOTO FOI COMPRADO EM 1935. HAJA MÚSICA, HAJA HISTÓRIA.

SAMBA POR RAFAEL NASCIMENTO



Excelente trabalho do artista RAFAEL NASCIMENTO.

http://www.escaphandro.net/

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

RUY FARIA E O MPB 4

NA PÁGINA www.ruyfaria.com/misc.html, RUY FARIA ESCLARECE SUA SAÍDA DO MPB-4.


CARTA AOS LEITORES - O GLOBO, em 19/9/2007

Gostaria de esclarecer, a respeito da matéria no Segundo Caderno (11/9), que não saí do MPB4 alegando isolamento. Saí porque o Miltinho se apossou do grupo e me isolou. Fui obrigado a sair.

Nunca pedi 25% de nada e nem quero ganhar sem trabalhar, como foi dito. Fiz realmente uma ação reinvidicando os meus direitos sobre a marca MPB4: qual seria a demanda para shows dos três, e mais quem seja, sem a marca MPB4?

Como se sabe, cinco dias depois da minha saída o Magro pediu o registro da marca em nome dele. Pois bem, no começo da ação o juiz, sabiamente, concedeu a tutela antecipada, ou seja: que eles depositassem 20% (e não 25%) dos seus ganhos em juízo até o final do processo; decisão mantida pelos srs. desembargadores. E saibam que eles levaram um tempo desobedecendo à ordem judicial.

Hoje, já com 70 anos, só quero reaver, de alguma maneira, meus direitos sobre a marca que ajudei a criar e sedimentar durante mais de 40 anos, trabalhando muito. O processo continua seguindo seus trâmites na Justiça e eu não gostaria mais de falar sobre o assunto.
Só espero estar vivo pra ver o resultado.
RUY FARIA

Esta carta foi uma tentativa de dar um basta nas matérias que vinham sendo "plantadas" na imprensa.

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Pois é, depois de quase quarenta anos, saí do MPB4. Dentre vários motivos, o pior foi mesmo porque, pela segunda vez, contra a minha vontade, me impuseram o Miltinho como nosso produtor e empresário.

Agora, só pra ilustrar, vejam o que o Miltinho (o empresário imposto) declarou, logo depois que eu saí, ao Diário do Nordeste:
Repórter- No texto, ele (eu) afirma que chegou um momento em que ele sempre perdia por 3 a 1.

Miltinho - Então? Três a um é democracia. Então era o que ele tinha que ter feito mesmo, pegar a trouxa e ir embora.


Não me agrada falar nisto, mas como sempre me perguntam, aí vão trechos da carta que os enviei e alguns curiosos acontecimentos que se seguiram.

"Aquiles, Miltinho e Magro. Depois de muito sofrimento e angústia, aqui estou eu tomando uma decisão que jamais esperei ter que tomar um dia.... no limiar deste século as coisas foram ficando, a cada dia, piores e mais difíceis para mim. ...a principal delas foi que, pela segunda vez, me impuseram o Miltinho como nosso produtor e empresário, embora sabendo que eu sempre fui contra. Nestas circunstâncias, entendi que não adiantaria mais participar de qualquer reunião, pois seria sempre voto vencido. Isolado e descontente, busquei por todos os caminhos, alguma maneira de continuar trabalhando profissionalmente, ainda que de forma passiva nas decisões, para preservar a fonte do meu sustento. Afinal estavam em jogo 40 anos de imensa dedicação, prazer e orgulho. Resisti bastante, mas meu espírito guerreiro já não está conseguindo mais superar este isolamento, este desconforto e esta atroz sensação de impotência." "Pois aí está. Hoje, muito infeliz, e acuado desta maneira, não vejo outra saída, senão, aos 66 anos, me ver impelido a este perigoso e apavorante salto no escuro. Prevejo que nessa idade vai ser muito difícil a minha subsistência; assim, penso demandar alguma parcela dos ganhos gerados por esta entidade, que ajudei a construir durante quase dois terços da minha existência. É isso aí, não dá mais, estejam livres. Boa sorte! Ruy, Natal de 2003/Janeiro de 2004. ...PS1.: Por favor, me comuniquem os compromissos já assumidos ou apalavrados, pois tenciono cumpri-los todos, com o empenho de sempre; exceto relativos novos projetos para o grupo. PS2.: Se quiserem, estou à disposição para conversar a respeito, com todos, individualmente ou com qualquer representante. "

E aí, o quê aconteceu?

1 - No dia seguinte à carta, o Miltinho enviou-me o seguinte e-mail: "Ruy, ao ler sua carta,.... verifiquei que ficou faltando sua assinatura. Como se trata de uma decisão importante para todos nós, peço-lhe que, assim que for possível nos mande a carta devidamente assinada." (Louco pra ter certeza que eu ia embora mesmo, ou não?)

2 - Plantaram uma matéria facciosa, publicada no O Globo de 31/1.

3 - No dia 29/1 (5 dias depois da carta), o Magro fez um registro da marca MPB4, em seu nome, no INPI.

4 - Puseram, em tempo recorde, um substituto no meu lugar. Curiosa também foi a sua declaração de que, logo ao tomar conhecimento da minha saída, intuiu que entraria no meu lugar.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

UMA NOITE EM 67



O filme "Uma noite em 67" é muito bom. "Meu tempo é Hoje" (Paulinho da Viola), "Lóki" (Arnaldo Baptista) e "Ninguém sabe o duro que dei" (Simonal) são superiores. Nem por isso você vai deixar de fazer uma viagem a uma noite de outubro de 1967 onde estão Roberto Carlos, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Sérgio Ricardo, MPB-4, Mutantes, Beat Boys, Marília Medalha cantando e falando no Festival da Record. Estes(a) foram os escolhidos para o documentário. Os cinco primeiros classificados.

Óbvio, que a melhor interprete do festival foi Elis Regina, cantando "O Cantador" de Dori Caymmi e Nelson Mota. Mas, não me perguntem porque, os diretores optam por colocar a excelente interpretação somente no final do filme, isto é, nos créditos. Babacas.

Nas entrevistas atuais (de 2007 a 2009), os coloridos do filme, só dá Caetano, Gil, Chico, Sérgio Ricardo, Edu Lobo e MPB-4, acrescentando os dois sempre presentes em qualquer documentário - Sérgio Cabral(PAI) e Nelson Mota. Buga, meu filho, gostou muito do filme e achou muito engraçado alguns depoimentos. O do Chico, falando sobre sua participação/não participação na tropicália é antológico.
Para mim duas falhas - faltou um depoimento da Marília Medalha e o MPB-4 não deveria aparecer nos tempos atuais sem o RUI FARIA. Poderiam esquecer a "briga" e fazer justiça a quem de fato e de direito estava naquela noite no Teatro Paramount.

Uma aula para os repórteres de TV de hoje. Vejam Randal Juliano e Cidinha Campos nos bastidores entrevistando a galera. Muito bom, muito solto. Isso muito, mas muito antes dos "criativos" da MTV. E TUDO ISSO EM PLENA DITADURA MILITAR.

ABAIXO O RESULTADO DO FESTIVAL DA RECORD DE 1967:

III Festival da Música Popular Brasileira.

Realizado no Teatro Paramount (SP).
Prêmio Sabiá de Ouro.

Melhor intérprete: Elis Regina ("O cantador")

1º lugar: "Ponteio" (Edu Lobo e Capinam), com Edu Lobo, Marília Medalha e Quarteto Novo;
2º lugar: "Domingo no parque" (Gilberto Gil), com Gilberto Gil e Os Mutantes;
3º lugar: "Roda-viva" (Chico Buarque), com Chico Buarque e MPB-4;
4º lugar: "Alegria, alegria" (Caetano Veloso), com Caetano Veloso e Beat Boys;
5º lugar: "Maria, carnaval e cinzas" (Luís Carlos Paraná), com Roberto Carlos e O Grupo;
6º lugar: "Gabriela" (Maranhão), com o MPB-4.
Melhor letra: Sidney Miller ("A estrada e o violeiro")
Melhor arranjo: Rogério Duprat ("Domingo no parque")

ASSISTA O FILME NO ESPAÇO UNIBANCO - NO DRAGÃO DO MAR - EM FORTALEZA CEARÁ

domingo, 1 de agosto de 2010

WILSON SIMONAL - MÉXICO '70




Para quem conhece uma recomendação - o CD México 70, ora lançado no Brasil, após ter permanecido inédito no mercado nacional por 40 anos.

Para quem não conhece, uma visitinha ao you tube e procurem por Simonal, Wilson Simonal, Simonal e Sarah Vaughan. Após a visita...

e prá terminar uma citação do próprio:
"Diga só isso: o homem e a música. A música: o Som Três. O Homem: Wilson Simonal"

DEBATE COM CANDIDATOS(AS) A GOVERNADOR(A)

A Tv União via - canal 17 - aberto em 18 municípios do Ceará, Canal 21 da Net Fortaleza, antena parabólica e internet, realizou o primeiro debate entre os(as) candidatos(as) a governador(a) do Estado do Ceará. Foram três horas de duração e com cada candidato(a) tendo direito a voz por cerca de 12 minutos cada divido em quatro blocos. O formato não ajuda.
Além do formato não ajudar não vimos nada de novo, de inovador. Pouco conteúdo e quase nenhuma proposta. No marasmo que foi o debate conseguiram se sobressair as candidatas mulheres - Soraya Tupinambá do PSOL e Natividade do PCB.
A registrar: no mínimo esquisito o sorteio do terceiro bloco onde um(a) candidato(a) perguntava e outro(a) respondia. Senão vejamos:
- Gonzaga(PSTU) pergunta a Soraya(PSOL)
- Soraya pergunta a Natividade (PCB)
- Natividade pergunta a Gonzaga.

Toda esta combinação na base do sorteio?!

DONA CHICA (2)





Estive com Lia Rubra no Dona Chica. Concordo com o que ela escreveu mas darei também minhas impressões.
O bar/restaurante é do tipo que eu gosto. Não ocupa a calçada com mesas e cadeiras,
até porque não existem condições objetivas.
Comi uma "casquinha de pizza" boa e uma carne de sol razoável.
Na bebida, um problema - preferencialmente bebo uísque Teacher's - o atendente não servia na mesa, trazia a dose já no copo. Mas, o uísque e a cerveja estão no preço.
A música de sexta era com um grupo de samba que toca no Bar do Zé Bezerra (cujo processo de tombamento está em andamento no Conselho Municipal de Patrimônio Histórico-Cultural) bons músicos, repertório oscilante e equipamento de som inadequado.
Sugestão: melhorar o som e retirar da frente do palco as mesas que atapalham os músicos e os clientes.
E como não poderia deixar de ser, nesta universidade aberta de ritmistas/percucionistas em que se transformou Fortaleza, aqui acolá um estudante de tamborim se juntava aos bons músicos para dar sua "contribuição".
O Dona Chica é um novo espaço do Benfica e uma boa opção.

Endereço - Av. da Universidade 2475 - Benfica
Telefone - 34541182

PS - Existe na casa um bom mezzanino inexplorado pelo público.

Toque Musical



O Toque Musical é um blog amador de caráter exclusivamente cultural e sem fins lucrativos, que tem por objetivo manter viva a memória musical e fonográfica no Brasil.
Parabéns pelos 3 anos de agito.

http://toque-musicall.blogspot.com/