"No camarim as rosas vão murchando E o contra-regra dá o último sinal As luzes da plateia vão se amortecendo E a orquestra ataca o acorde inicial No camarim nem sempre há euforia Artista de mim mesma, nem posso fracassar Releio os bilhetes pregados no espelho: Me pedem que jamais eu deixe de cantar.
Caminho lentamente e entro em contra-luz E a garganta acende um verso embriagador O corpo se agita e chove pelos olhos E um aplauso escorre em cada refletor Pisando esta ribalta, cantando pra vocês De nada sinto falta, sou eu mais uma vez As rosas vão murchar, mas outras nascerão Cigarras sempre cantam, seja ou não verão! Cigarras sempre cantam, seja ou não verão!"
Nenhum comentário:
Postar um comentário