Música de Altamiro Carrilho e Átila Nunes com o imenso Roberto Silva.
sexta-feira, 29 de junho de 2012
São Pero no Choro (Mauricio Carrilho)
Bandão da Escola Portátil de Música toca São Pedro no Choro, de Mauricio Carrilho, no Rio Folle Journée. 02/06/07, na Uni-Rio.
quinta-feira, 28 de junho de 2012
Marcos Sacramento
Conformação - José Paulo Becker e Paulo César Pinheiro, do novo disco de Marcos Sacramento "Todo mundo quer amar"
Raul Seixas - 28 de junho de 1945 (2)
Por quem os sinos dobram ( Raul Seixas)
Nunca se vence uma guerra lutando sozinho
Cê sabe que a gente precisa entrar em contato
Com toda essa força contida e que vive guardada
O eco de suas palavras não repercutem em nada
É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro
Evita o aperto de mão de um possível aliado, é...
Convence as paredes do quarto, e dorme tranqüilo
Sabendo no fundo do peito que não era nada daquilo
Coragem, coragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz
Coragem, coragem, eu sei que você pode mais
É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro
Evita o aperto de mão de um possível aliado
Convence as paredes do quarto, e dorme tranqüilo
Sabendo no fundo do peito que não era nada daquilo
Coragem, coragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz
Coragem, coragem, eu sei que você pode mais.
Raul Seixas - 28 de junho de 1945
Dentadura postiça (Raul Seixas)
A estrela do céu
Vai cair
A noite no mar
Vai cair
O nível do gás
Vai cair
A cinza no chão
Vai cair
Juízo final
Vai cair
Os dentes de Jó
Vai cair
O preço do caos
Vai cair
Peteca no chão
Vai sair
O sol outra vez
Vai sair
Um filho pra luz
Vai sair
Da cara o terror
Vai sair
O expresso 22
Vai sair
A máscara azul
Vai sair
O verde do mar
Vai sair
Um novo gibi
Vai sair
Da cara o suor
Vai subir
Cachorro urubu
Vai subir
O elevador
Vai subir
O preço do horror
Vai subir
O nível mental
Vai subir
O disco voador
Vai subir
A torre babel
Vai subir
O Cristo pro céu
Vai subir
A chama do mal
Vai cair
Estrela do céu
Vai cair
A noite no mar
Vai cair
O nível do gás
Vai cair
A cinza no chão
Vai cair
Juízo final
Vai cair
Os dentes de Jó
Vai cair
O preço do caos
Vai cair
Peteca no chão
Vai sair
O sol outra vez
Vai sair
Um filho pra luz
Vai sair
Da cara o terror
Vai sair
O expresso 22
Vai sair
A máscara azul
Vai sair
O verde do mar
Vai sair
Um novo gibi
Vai sair
Da cara o suor
Vai subir
Cachorro urubu
Vai subir
O elevador
Vai subir
O preço do horror
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Pitel?
Por Sírio Possenti
Os erros de escrita são, em geral, muito reveladores, como já comentei em colunas anteriores e sempre vale a pena repetir, porque temos obsessão excessiva pela grafia correta.Os dados não param de pipocar. Vêm de todos os lados.
Encontrei por acaso o Pequeno dicionário brasileiro da língua morta, de Alberto Villas (Editora Globo), também colunista do site de CartaCapital. Para quem tem curiosidade em relação a novos sentidos que as palavras de tipo gíria adquirem e logo perdem, é um excelente documento. A revista Língua Portuguesa (nas bancas), em seu número 80, publicou pequena e reveladora resenha do livro.
Mas não vou falar do tema do livro, mas só de uma palavra, “pitel”, que me fez ficar com a pulga atrás da orelha. Originalmente, é um salgadinho, informa o autor (para o Houaiss, é “iguaria saborosa”). Num certo momento, e em certos contextos, significou ‘mulher gostosa’, aprende-se (ou lembra-se) lendo o dicionário. Hoje, diz Villas, em vez de “pitel”, com esse sentido, se diz “delícia” (veja-se Michel Teló). O leitor pode ver que se trata de uma gíria.
Acontece que o Houaiss registra “pitéu”, não “pitel”. A pulga atrás da minha orelha era exatamente por isso: eu só conhecia a grafia com “éu”. Até por isso fui conferir. Eu podia estar seguro, mas completamente errado.
O objetivo não é criticar este ou aquele autor, este ou aquele erro. O objetivo é repetir que só se erra grafia onde se pode, que os erros são quase sempre os mesmos. Em vez de desesperar professores, isso deveria animá-los. Por que? Por que são sempre os mesmos, porque têm boas explicações (a pronúncia de “pitéu” e de “pitel” seria a mesma; especificamente: “l” em final de sílaba soa “u” em quase todo o país). Outra razão para não desesperar: mesmo profissionais erram, e também eles nos lugares esperados.
O bom desse fato é que pode ajudar a ver melhor, com mais objetividade, como é nossa língua, a língua real, a partir da qual fazemos esforços para dominar quase outra: a língua escrita culta.
Lendo, observando as palavras, comparando a escrita de quem está aprendendo com a que está nos livros, aos poucos (mas nem tão devagar assim, se fizermos isso sempre), a escrita também se torna nossa.
http://www.cartacapital.com.br/carta-na-escola/pitel/
Nova regulamentação não vai tratar de conteúdo, diz ministro
Por Daniel Fonsêca
Com discurso recheado de referências à expansão da banda larga e da TV por assinatura, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que não é possível “esperar que a rádio e a TV sejam superados pela Internet” e que, por isso, é necessário atualizar a legislação da radiodifusão no Brasil. No entanto, ele garantiu aos associados da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e TV (Abert) que não vai misturar a regulamentação de infraestrutura com as questões relacionadas ao conteúdo – ou ao “comportamento dos meios de comunicação”, como conceituou.
“Temos que separar assuntos que acabam sendo indevidamente confundidos. Não podemos ser guiados por motivos político-partidários. Afinal, estamos falando de questões estruturais. Já houve debates técnicos e já existiram minutas propostas pelos dois presidentes [Fernando Henrique Cardoso e Lula] que antecederam a presidenta Dilma”, destacou Paulo Bernardo. O ministro foi o primeiro palestrante da quarta-feira (20/6) no 26º Congresso Brasileiro de Radiodifusão – que seguiu até a quinta-feira (21), em Brasília.
Com elogios de lado a lado, associados da Abert e representantes do governo federal foram quase consensuais na análise de que é necessário atualizar as regras que ordenam o setor da radiodifusão no Brasil.
“As realidades tecnológicas, econômicas, políticas e sociais completamente diferentes de meio século atrás [idade da atual legislação] que impulsionam um novo debate regulatório. (...) Nossa legislação está muito aquém desse fenômeno relativamente novo”, avaliou o ministro.
Uma Lei Geral proposta pelo Executivo, definiu Bernardo, deve estar voltada para regulamentar os artigos da Constituição que tratam do setor. Ele citou a União Europeia, os Estados Unidos e o Canadá como exemplos de “democracias avançadas” que já têm regras para o setor. “Regulação não tem nada de incompatível com a liberdade de expressão. Foi conquistado pela sociedade brasileira. É um consenso entre todos nós. Vamos estar levando em consideração sempre [a liberdade de expressão]. O que nós temos de buscar é atualizar uma lei que hoje tem 50 anos”, completou o ministro.
“É importante que a Abert, assim como fez em sua origem, se mobilize novamente para a construção de um ambiente jurídico moderno e estável para a radiodifusão brasileira. Vão ser necessários esforços técnicos e jurídicos e muito diálogo entre as empresas, os governos e a sociedade em geral. O que está em jogo é o futuro da radiodifusão”, acentuou o ministro Paulo Bernardo, lembrando a origem da associação empresarial.
A Abert foi criada em 1962 para derrubar os vetos realizados pelo então presidente João Goulart sobre o Código Brasileiro de Telecomunicações. Jango seria deposto por um golpe cívico-militar dois anos depois, com o apoio dos mesmos empresários que hoje conclamam a liberdade de imprensa.
De acordo com Paulo Bernardo, o governo federal tem feito “todos os esforços” para atualizar as regras do setor, mesmo sem mudar a legislação. “Por meio de portarias, conseguimos firmar critérios mais transparentes, inovamos as regras para licitação de rádio e televisão e dificultamos a operação de laranjas. Coibimos a participação de intermediários nas licitações”, enumerou.
Requalificação da gestão
O ministro também anunciou que o governo trabalha uma proposta para facilitar os processos de outorga, acompanhamento, fiscalização e de sanção. “Poderemos, em breve, implantar processos eletrônicos. Quando tudo estiver pronto, pretendemos finalizar em até três meses qualquer processo iniciado no ministério”, prometeu.
Isso inclui, segundo Paulo Bernardo, a contratação de consultorias que vão ajudar a pasta a otimizar o trâmite de processos. O projeto é apoiado pela Abert e gerido pela Câmara de Gestão, Desempenho e Competitividade da Presidência da República (CGDC), presidida pelo empresário Jorge Gerdau.
Hoje, há emissoras que têm três ou quatro processos tramitando, mas não são unificados. “[É] evidente que isso vira um tormento para nós e para os nossos clientes, digamos assim, que são as emissoras de Rádio e TV”. Nesta quarta, o Minicom assinou um convênio com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que delegar à agência a parte de engenharia.
Rádio digital: definição até o final de 2012
O ministro das Comunicações informou que estão adiantados os testes para a definição do futuro do rádio no Brasil e afirmou que, até o final deste ano, o governo deve definir o padrão de rádio digital que será utilizado no Brasil. Segundo Bernardo, a escolha não será baseada apenas nas características técnicas, mas levará em conta que o padrão de rádio a ser adotado garanta “a continuidade de negócios para pequenos e grandes radiodifusores”.
***
[Daniel Fonsêca, do Observatório do Direito à Comunicação]
Com discurso recheado de referências à expansão da banda larga e da TV por assinatura, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que não é possível “esperar que a rádio e a TV sejam superados pela Internet” e que, por isso, é necessário atualizar a legislação da radiodifusão no Brasil. No entanto, ele garantiu aos associados da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e TV (Abert) que não vai misturar a regulamentação de infraestrutura com as questões relacionadas ao conteúdo – ou ao “comportamento dos meios de comunicação”, como conceituou.
“Temos que separar assuntos que acabam sendo indevidamente confundidos. Não podemos ser guiados por motivos político-partidários. Afinal, estamos falando de questões estruturais. Já houve debates técnicos e já existiram minutas propostas pelos dois presidentes [Fernando Henrique Cardoso e Lula] que antecederam a presidenta Dilma”, destacou Paulo Bernardo. O ministro foi o primeiro palestrante da quarta-feira (20/6) no 26º Congresso Brasileiro de Radiodifusão – que seguiu até a quinta-feira (21), em Brasília.
Com elogios de lado a lado, associados da Abert e representantes do governo federal foram quase consensuais na análise de que é necessário atualizar as regras que ordenam o setor da radiodifusão no Brasil.
“As realidades tecnológicas, econômicas, políticas e sociais completamente diferentes de meio século atrás [idade da atual legislação] que impulsionam um novo debate regulatório. (...) Nossa legislação está muito aquém desse fenômeno relativamente novo”, avaliou o ministro.
Uma Lei Geral proposta pelo Executivo, definiu Bernardo, deve estar voltada para regulamentar os artigos da Constituição que tratam do setor. Ele citou a União Europeia, os Estados Unidos e o Canadá como exemplos de “democracias avançadas” que já têm regras para o setor. “Regulação não tem nada de incompatível com a liberdade de expressão. Foi conquistado pela sociedade brasileira. É um consenso entre todos nós. Vamos estar levando em consideração sempre [a liberdade de expressão]. O que nós temos de buscar é atualizar uma lei que hoje tem 50 anos”, completou o ministro.
“É importante que a Abert, assim como fez em sua origem, se mobilize novamente para a construção de um ambiente jurídico moderno e estável para a radiodifusão brasileira. Vão ser necessários esforços técnicos e jurídicos e muito diálogo entre as empresas, os governos e a sociedade em geral. O que está em jogo é o futuro da radiodifusão”, acentuou o ministro Paulo Bernardo, lembrando a origem da associação empresarial.
A Abert foi criada em 1962 para derrubar os vetos realizados pelo então presidente João Goulart sobre o Código Brasileiro de Telecomunicações. Jango seria deposto por um golpe cívico-militar dois anos depois, com o apoio dos mesmos empresários que hoje conclamam a liberdade de imprensa.
De acordo com Paulo Bernardo, o governo federal tem feito “todos os esforços” para atualizar as regras do setor, mesmo sem mudar a legislação. “Por meio de portarias, conseguimos firmar critérios mais transparentes, inovamos as regras para licitação de rádio e televisão e dificultamos a operação de laranjas. Coibimos a participação de intermediários nas licitações”, enumerou.
Requalificação da gestão
O ministro também anunciou que o governo trabalha uma proposta para facilitar os processos de outorga, acompanhamento, fiscalização e de sanção. “Poderemos, em breve, implantar processos eletrônicos. Quando tudo estiver pronto, pretendemos finalizar em até três meses qualquer processo iniciado no ministério”, prometeu.
Isso inclui, segundo Paulo Bernardo, a contratação de consultorias que vão ajudar a pasta a otimizar o trâmite de processos. O projeto é apoiado pela Abert e gerido pela Câmara de Gestão, Desempenho e Competitividade da Presidência da República (CGDC), presidida pelo empresário Jorge Gerdau.
Hoje, há emissoras que têm três ou quatro processos tramitando, mas não são unificados. “[É] evidente que isso vira um tormento para nós e para os nossos clientes, digamos assim, que são as emissoras de Rádio e TV”. Nesta quarta, o Minicom assinou um convênio com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que delegar à agência a parte de engenharia.
Rádio digital: definição até o final de 2012
O ministro das Comunicações informou que estão adiantados os testes para a definição do futuro do rádio no Brasil e afirmou que, até o final deste ano, o governo deve definir o padrão de rádio digital que será utilizado no Brasil. Segundo Bernardo, a escolha não será baseada apenas nas características técnicas, mas levará em conta que o padrão de rádio a ser adotado garanta “a continuidade de negócios para pequenos e grandes radiodifusores”.
***
[Daniel Fonsêca, do Observatório do Direito à Comunicação]
terça-feira, 26 de junho de 2012
GILBERTO GIL - 26 de junho de 1942 (3)
A Linha e o Linho (Gilberto Gil)
É a sua vida
que eu quero bordar na minha
Como se eu fosse o pano
Como se eu fosse o pano
e você fosse a linha
E a agulha do real nas mãos da fantasia
Fosse bordando ponto a ponto nosso dia-a-dia
E fosse aparecendo aos poucos nosso amor
Os nossos sentimentos loucos, nosso amor
O zig-zag do tormento,
E a agulha do real nas mãos da fantasia
Fosse bordando ponto a ponto nosso dia-a-dia
E fosse aparecendo aos poucos nosso amor
Os nossos sentimentos loucos, nosso amor
O zig-zag do tormento,
as cores da alegria
A curva generosa da compreensão
Formando a pétala da rosa, da paixão
A sua vida o meu caminho, nosso amor
Você a linha e eu o linho, nosso amor
Nossa colcha de cama, nossa toalha de mesa
Reproduzidos no bordado
A casa, a estrada, a correnteza
O sol, a ave, a árvore, o ninho da beleza
A curva generosa da compreensão
Formando a pétala da rosa, da paixão
A sua vida o meu caminho, nosso amor
Você a linha e eu o linho, nosso amor
Nossa colcha de cama, nossa toalha de mesa
Reproduzidos no bordado
A casa, a estrada, a correnteza
O sol, a ave, a árvore, o ninho da beleza
GILBERTO GIL - 26 de junho de 1942 (2)
Copo Vazio ( Gilberto Gil )
É sempre bom lembrar
Que um copo vazio
Está cheio de ar
É sempre bom lembrar
Que o ar sombrio de um rosto
Está cheio de um ar vazio
Vazio daquilo que no ar do copo
Ocupa um lugar
É sempre bom lembrar
Guardar de cor
Que o ar vazio de um rosto sombrio
Está cheio de dor
É sempre bom lembrar
Que um copo vazio
Está cheio de ar
Que o ar no copo ocupa o lugar do vinho
Que o vinho busca ocupar o lugar da dor
Que a dor ocupa a metade da verdade
A verdadeira natureza interior
Uma metade cheia, uma metade vazia
Uma metade tristeza, uma metade alegria
A magia da verdade inteira, todo poderoso amor
A magia da verdade inteira, todo poderoso amor
É sempre bom lembrar
Que um copo vazio
Está cheio de ar
GILBERTO GIL - 26 de junho de 1942
Rebento (Gilberto Gil)
Rebento
subtantivo abstrato
O ato, a criação, o seu momento
Como uma estrela nova e o seu barato
que só Deus sabe, lá no firmamento
Rebento
Tudo o que nasce é Rebento
Tudo que brota, que vinga, que medra
Rebento raro como flor na terra,
rebento farto como trigo ao vento
Outras vezes rebento simplesmente
no presente do indicativo
Como as correntes de um cão furioso,
ou as mãos de um lavrador ativo
às vezes mesmo perigosamente
como acidente em forno radioativo
Às vezes, só porque fico nervoso, rebento
às vezes, somente porque estou vivo!
Rebento, a reação imediata
a cada sensação de abatimento
Rebento, o coração dizendo: Bata!
a cada bofetão do sofrimento
Rebento, esse trovão dentro da mata
e a imensidão do som nesse momento
domingo, 24 de junho de 2012
São João na Roça - Luiz Gonzaga
São João Na Roça (Luiz Gonzaga)
A fogueira tá queimando
Em homenagem a São João
O forró já começou
Vamos gente, rapapé neste salão
Dança Joaquim com Isabé
Luiz com Iaiá
Dança Janjão com Raqué
E eu com Sinhá
Traz a cachaça, Mané
Eu quero vê, quero vê páia voar
sábado, 23 de junho de 2012
Marta virou a queridinha
Paulo Moreira Leite |
Confesso que sempre achei uma baixaria quando chamavam Marta Suplicy de Martaxa.
Havia um preconceito óbvio, de teor sexista e reacionário, quando a frase “Relaxa e goza” foi transformada numa espécie de slogan permanente da então ministra do Turismo.
Também era uma indignidade reparar (quem esqueceu?) que as aplicações de botox, o figurino, a maquiagem e a tinta nos cabelos sempre foram assuntos prioritários em relação ao legado positivo de Marta em São Paulo, como o bilhete único, os Céus, e o Renda Mínima, embrião do Bolsa Família.
Mas confesso que a campanha atual de revalorização de Marta Suplicy é igualmente curiosa. Adversários que jamais a respeitaram e sempre retrataram sua herança de modo injusto e tendencioso agora tentam exibir a ex-prefeita como vítima de Lula.
Por que isso?
Porque se espera que Marta Suplicy auxilie a vencer o candidato escolhido por Lula. Querem que a ex-prefeita trabalhe para o adversário.
Essa é a questão que alimenta tanta hipocrisia.
Muitos adversários de Lula saíram humilhados da campanha de 2010, quando diziam que ele havia lançado um poste. Tentam, agora, uma revanche, capaz de lhes dar um pouco de oxigênio e voltar a fazer planos.
O próprio Lula tem boa parte da culpa, pois foi o primeiro a dizer que iria fazer de São Paulo sua prioridade, quebrando uma longa hegemonia que o PSDB construiu na cidade e também no Estado.
Não conseguiu unir o partido mas estimulou a união dos adversários.
Apostava-se no PT que Serra estaria fora da disputa, o que transformaria a eleição num concurso de novatos – o que seria favorável a Haddad. Mas o quadro mudou e não há como prever como o eleitor vai reagir a isso.
A possibilidade de derrotar um candidato com lastro presidencial tornou-se a prioridade número 1 da oposição em 2012.
Será a forma de tentar abrir caminho para 2014, até agora uma estrada íngrime, em que os presidenciáveis se mostram encolhidos diante da popularidade de Dilma.
O plano é transformar Marta Suplicy em cabo eleitoral de Serra, nem que seja pelo silêncio.
Essa é a discussão.
http://colunas.revistaepoca.globo.com/paulomoreiraleite/2012/06/07/marta-virou-a-queridinha/
sexta-feira, 22 de junho de 2012
"De bem com a vida" com o grupo Sambopeando
Violão de 7 cordas: Ribamar Freire
Violão de 6 cordas: Rebeca CâmaraCavaquinho: Brenna Freire
Pandeiro: Igor Ribeiro
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Entre aspas
Por Lula Vieira
"Não me lembro direito, mas li numa revista, acho que na Carta Capital, um artigo levantando a hipótese de que todo o cara que tem mania de fazer aspas com os dedinhos quando faz uma ironia é um chato.
Num outro artigo alguém escreveu que achava que jamais tinha conhecido um restaurante de boa comida com garçons vestidos de coletinho vermelho.
Joaquim Ferreira dos Santos, em 'O Globo' de domingo, fala do seu profundo preconceito com quem usa 'agregar valor'.
Eu posso jurar que toda mulher que anda permanentemente com uma garrafinha de água e fica 'mamando' de segundo em segundo é uma chata.
São preconceitos, eu sei. Mas cada vez mais, a vida está confirmando estas conclusões.
Um outro amigo meu jura que um dos maiores indícios de babaquice é usar o paletó nos ombros, sem os braços nas mangas. Por incrível que pareça, não consegui desmentir. Pode ser coincidência, mas até agora todo cara que eu me lembro de ter visto usando o paletó colocado sobre os ombros é muito babaca.
Outro índice infalível é que atrás de (fumando) um cachimbo existe 1 de 2 tipos de pessoas: Ou inglês, ou babaca! Com cinqüenta e muitos anos de vida, nunca encontrei outra espécie...
Já que estamos nessa onda, me responda uma coisa: você conhece algum natureba radical que tenha conversa agradável?
O sujeito que adora uma granola, só come coisas orgânicas, faz cara de nojo à simples menção da palavra 'carne', fica falando o tempo todo em vida saudável. É a pessoa ideal para companhia na madrugada?
Eu detesto certos vícios de linguagem, do tipo 'chegar junto', 'superar limites', e os famosos 'gerundismos' que lembram papo de concorrente a big brother.
Mais uma vez, repito: acho puro preconceito, idiossincrasia, mas essa rotulagem imediata é uma mania que a gente vai adquirindo pela vida e que pode explicar algumas antipatias gratuitas.
Tem gente que a gente não gosta logo de saída, sem saber direito por quê. Vai ver que a pessoa transmite algum sintoma de chatice.
Se algum dia eu matar alguém, existe a grande possibilidade de ser um guardador de carros.
Deus que me perdoe, me livre e me guarde, mas tenho menos raiva de um assaltante do que do cara que fica na frente do meu carro fazendo gestos desesperados tentando me ajudar em alguma manobra, como se tivesse comprado a rua e tivesse todo o direito de me cobrar pela vaga.
Sei que estou ficando velho e ranzinza, mas o que se há de fazer?
Não suporto especialista em motivação de pessoal que obrigue as pessoas a pagarem o mico de ficar segurando na mão do vizinho, com os olhos fechados e tentando receber 'energia positiva'.
Aliás, tenho convicção de que empresa que paga bons salários e tem uma boa e honesta política de pessoal não precisa contratar palestras de motivação para seus empregados. Eles se motivam com a grana no fim do mês e com a satisfação de trabalhar numa boa empresa.
Que me perdoem todos os palestrantes que estão ficando ricos percorrendo o país, mas eu acho que esse negócio de trocar fluidos me lembra putaria.
E para terminar: existe qualquer esperança de encontrar vida inteligente numa criatura que se despede mandando 'um beijo no coração'?"
Passione - Junio Barreto
PASSIONE (letra e música- Jorge du Peixe e Junio Barreto)
PERFUME DO MEU PARAÍSO
BONITA ESTRAGO DO MEU CÉU
QUE ATÉ ME CUSTE, VALHA A VIDA
VOU TE AMAR, VOU TE AMAR
PASSIONE, TENHO POR TU
TANTO GUARDADINHO AMOR
AGRESSIVE NÃO
SAFADA, ÉS MEU VÍCIO
MORRO EM VOCÊ
PRA VIVER EM MIM.
O clipe foi dirigido por Lírio Ferreira (”Baile perfumado” e “Árido movie”) e Alexandre Stockler (”Cama de gato”).
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Marvioli 6 - uma fita cassete
Por Marcus Vinicius
Uma fita cassete com Carlos Fernando e o Nouvelle Cuisine
Uma fita cassete com Carlos Fernando e o Nouvelle Cuisine
terça-feira, 19 de junho de 2012
Pela Décima Vez (Noel Rosa)
Por Alfredo Pessoa
Mais uma pérola de Noel Rosa. Letra e música perfeitas. Gravada por Bethânia, Zé Renato, Roberta Sá, Dalva de Oliveira, Aracy de Almeida, Marília Batista e o próprio Noel. O arranjo abaixo se aproxima da forma como Zé Renato gravou, com pequenas modificações e em outro tom.
Registro - disco Zé Renato - Filosofia: sobre as obras de Chico e Noel, 2000, Univesal Music.
Pela Décima Vez (Noel Rosa)
Mais uma pérola de Noel Rosa. Letra e música perfeitas. Gravada por Bethânia, Zé Renato, Roberta Sá, Dalva de Oliveira, Aracy de Almeida, Marília Batista e o próprio Noel. O arranjo abaixo se aproxima da forma como Zé Renato gravou, com pequenas modificações e em outro tom.
Registro - disco Zé Renato - Filosofia: sobre as obras de Chico e Noel, 2000, Univesal Music.
Pela Décima Vez (Noel Rosa)
(C6/G Fm6)
C6/G Fm6 C6/9 G4(7)/9 G7/9-
Jurei não mais amar pela décima vez
C6/9 Bb7 A7(#9) A7(b9) Dm7 C#°
Jurei não perdoar o que ela me fez
Dm7 Dm/C
O costume é a força que fala mais forte
G7/B G7
Do que a natureza
Dm7/11 G7/13 Eb° G7/4 G7
E que nos faz dar provas de fraqueza
C6/9 F7/9 C6/9 Dm7/11
Joguei meu cigarro no chão e pisei
Gm7/11 C7/4(9)
Sem mais nenhum aquele mesmo
C7(b9) F7+ Eº(b13) Dm7
apan....hei e fumei
Dm/C F7+ F#°
Através da fumaça neguei minha raça
C6/G Bb7 A7(#9) A7(b9) D7/13
Chorando, a repe...tir. Ela é o veneno
G7/13 C6/9
Que eu escolhi pra morrer sem sentir
C6/9 F7/9 C6/9 Dm7/11
Senti que meu coração quis parar
Gm7/11 C7/4(9) C7(b9) F7+
Quando voltei e escutei a vizinha falar
F7(#5) F6(7) F7(#5) Fm6
Que ela só de pirraça
Bb7/9 E7(#9) Bb7/13 A7/13
Seguiu com um praça, ficando lá no xadrez
Am6 G7/13
Pela décima vez ela está inocente
G7(#5) Em5-/7
Nem sabe o que fez
A7(b13) Am6 G#m5+/6 C6/G
Pela décima vez, pela décima vez...
segunda-feira, 18 de junho de 2012
A poesia de José Paulo Paes (19)
Por José Paulo Paes
Pescaria
Um homem
que se preocupava demais
com coisas sem importância
acabou ficando com a cabeça cheia de minhocas.
Um amigo lhe deu então uma ideia
de usar as minhocas
numa pescaria
para se distrair das preocupações.
O homem se distraiu tanto
pescando
que sua cabeça ficou leve
como um balão
e foi subindo pelo ar
até sumir nas nuvens.
Onde será que foi parar?
Não sei
nem quero me preocupar com isso.
Vou mais é pescar.
Pescaria
Um homem
que se preocupava demais
com coisas sem importância
acabou ficando com a cabeça cheia de minhocas.
Um amigo lhe deu então uma ideia
de usar as minhocas
numa pescaria
para se distrair das preocupações.
O homem se distraiu tanto
pescando
que sua cabeça ficou leve
como um balão
e foi subindo pelo ar
até sumir nas nuvens.
Onde será que foi parar?
Não sei
nem quero me preocupar com isso.
Vou mais é pescar.
quinta-feira, 14 de junho de 2012
CHE GUEVARA - 14 de Junho de 1928
Ivan Guevara - Piano
Graham Walker - Cello
Lizzie Ball - Violino e Voz
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Santo Antonio - 13 de junho
Isso é lá com com Santo Antonio (Lamartine Babo)
Eu pedi numa oração
Ao querido São João
Que me desse um matrimônio
São João disse que não!
São João disse que não!
Isso é lá com Santo Antônio!
Eu pedi numa oração
Ao querido São João
Que me desse um matrimônio
Matrimônio! Matrimônio!
Isto é lá com Santo Antônio!
Implorei a São João
Desse ao menos um cartão
Que eu levava a Santo Antônio
São João ficou zangado
São João só dá cartão
Com direito a batizado
Implorei a São João
Desse ao menos um cartão
Que eu levava a Santo Antônio
Matrimônio! Matrimônio!
Isso é lá com Santo Antônio!
São João não me atendendo
A São Pedro fui correndo
Nos portões do paraíso
Disse o velho num sorriso:
Minha gente, eu sou chaveiro!
Nunca fui casamenteiro!
São João não me atendendo
A São Pedro fui correndo
Nos portões do paraíso
Matrimônio! Matrimônio!
Isso é lá com Santo Antônio
Ao querido São João
Que me desse um matrimônio
São João disse que não!
São João disse que não!
Isso é lá com Santo Antônio!
Eu pedi numa oração
Ao querido São João
Que me desse um matrimônio
Matrimônio! Matrimônio!
Isto é lá com Santo Antônio!
Implorei a São João
Desse ao menos um cartão
Que eu levava a Santo Antônio
São João ficou zangado
São João só dá cartão
Com direito a batizado
Implorei a São João
Desse ao menos um cartão
Que eu levava a Santo Antônio
Matrimônio! Matrimônio!
Isso é lá com Santo Antônio!
São João não me atendendo
A São Pedro fui correndo
Nos portões do paraíso
Disse o velho num sorriso:
Minha gente, eu sou chaveiro!
Nunca fui casamenteiro!
São João não me atendendo
A São Pedro fui correndo
Nos portões do paraíso
Matrimônio! Matrimônio!
Isso é lá com Santo Antônio
terça-feira, 12 de junho de 2012
A última crônica de Ivan Lessa
Ivan Lessa: Orlando Porto
Orlando Porto. Taí um nome como outro qualquer. Podia ser corretor de imóveis, deputado, ministro, farmacêutico. Mas não é. Trata-se de um anagrama de um escritor francês – e ator e ilustrador bom e autor e figurinha difícil francesa e aquilo que se poderia chamar de "frasista".
Feio como um demônio, no meio da década de 50 cansei de dar com ele dando comigo lá pelo Boulevard St. Germain, xeretando o Flore, o Lipp, fazia uma cara que quem ia dizer algo importante e logo sumia na companhia do Jean-Pierre Léaud, aquele maluquinho dos filmes autobiográficos do Truffaut.
Dupla estranha. Os desenhos do —esse seu nome, artístico ou de batismo, Roland Topor— eram bacaninhas. Mas sempre foi Orlando Porto para mim.
Fez cinema também. O Inquilino do Polanski, o Reinfeld de Nosferatu, do Werner Herzog. Até que bateu o que ocultava seus pés: umas botas estranhas como ele.
De vez em quando, numa revista esotérica, dou com ele. Ei-lo numa em inglês com "100 boas frases para eu matar agorinha mesmo". Se chegou ao fim, e chegou, foi pelo cachê. Meros galicismos literários.
E aí trago à cena, mais uma vez, porque cismei, mestre Millôr Fernandes.
Esse era profissional.
Nada a ver com "frasista". Trabalhava com a enxada dura da língua. Nunca para dar a cara no Flore, principalmente com Topor e Léaud.
Reli umas 100 frases do Orlando, ou Topor, e não resisti à tentação de, em algumas delas dar-lhes uma ginga por cima e outra por baixo, à maneira do frescobol querido do mestre, só para exercitar os músculos muito fora de forma.
Cem razões: Faço por bem menos, mas mais Copacabana e Leblon.
Algumas raquetadas minhas em homenagem ao mestre cuja falta continuo sentindo:
- Melhor maneira de verificar, antes, se já não estou morto.
- Mas não se mata cavalos e malfeitores?
- Pelo menos eu driblaria o câncer.
- Milênio algum jamais me assustará.
- Apanhei-te horóscopo! Pura enganação!
- Levo comigo a reputação de meu terapeuta.
- Pronto, agora não voto mais mesmo! Chegou!
- Aí está: uma cura definitiva para a calvície.
- Enfim cavaleiro do reino de sei lá o quê.
- A vida está pelos olhos da cara. Pra morte eles fazem um precinho especial, combinado?
- Enfim, ano bissexto nunca mais. Esses ficam para o Jaguar. O resto pro Ziraldo.
- Ao menos é uma boca de menos a sustentar.
- Só quero ver quanta gente vai sincera no meu funeral.
- Pronto! Inaugurei estilo novo: Arte Morta.
- Sabe que minha vida não daria um filme. O livro eu já escrevi. Deixem o desgraçado em paz, peço-lhes.
- Custou, mas estou acima de qualquer lei que vocês bolarem aí.
- Levou tempo, mas cortei enfim meu cordão umbilical.
- Roncar, nunca mais. Nem eu nem ninguém ao meu lado.
- Que desperdício nunca ter fumado em minha vida!
- Consegui preservar o mistério sempre girando em meu torno.
- Maioria silenciosa? Essa agora é comigo.
- Na verdade, nunca me senti à vontade nessa posição incômoda de cidadão do mundo.
- Ei, juventude, pode vir que pelo menos uma vaga está aberta.
- Emagrecer é isso aqui.
- Agora é conferir se, do outro lado, sobraram tantas virgens assim.
E assim, cada vez que um ”frasista” passar por perto de mim, leve uma nossa: minha e de Millôr. Dois contra um a gente ganha mole.
http://www.bbc.co.uk/ portuguese/noticias/2012/06/ 120608_ivan_lessa_rw.shtml
Dupla estranha. Os desenhos do —esse seu nome, artístico ou de batismo, Roland Topor— eram bacaninhas. Mas sempre foi Orlando Porto para mim.
Fez cinema também. O Inquilino do Polanski, o Reinfeld de Nosferatu, do Werner Herzog. Até que bateu o que ocultava seus pés: umas botas estranhas como ele.
De vez em quando, numa revista esotérica, dou com ele. Ei-lo numa em inglês com "100 boas frases para eu matar agorinha mesmo". Se chegou ao fim, e chegou, foi pelo cachê. Meros galicismos literários.
E aí trago à cena, mais uma vez, porque cismei, mestre Millôr Fernandes.
Esse era profissional.
Nada a ver com "frasista". Trabalhava com a enxada dura da língua. Nunca para dar a cara no Flore, principalmente com Topor e Léaud.
Reli umas 100 frases do Orlando, ou Topor, e não resisti à tentação de, em algumas delas dar-lhes uma ginga por cima e outra por baixo, à maneira do frescobol querido do mestre, só para exercitar os músculos muito fora de forma.
Cem razões: Faço por bem menos, mas mais Copacabana e Leblon.
Algumas raquetadas minhas em homenagem ao mestre cuja falta continuo sentindo:
- Melhor maneira de verificar, antes, se já não estou morto.
- Mas não se mata cavalos e malfeitores?
- Pelo menos eu driblaria o câncer.
- Milênio algum jamais me assustará.
- Apanhei-te horóscopo! Pura enganação!
- Levo comigo a reputação de meu terapeuta.
- Pronto, agora não voto mais mesmo! Chegou!
- Aí está: uma cura definitiva para a calvície.
- Enfim cavaleiro do reino de sei lá o quê.
- A vida está pelos olhos da cara. Pra morte eles fazem um precinho especial, combinado?
- Enfim, ano bissexto nunca mais. Esses ficam para o Jaguar. O resto pro Ziraldo.
- Ao menos é uma boca de menos a sustentar.
- Só quero ver quanta gente vai sincera no meu funeral.
- Pronto! Inaugurei estilo novo: Arte Morta.
- Sabe que minha vida não daria um filme. O livro eu já escrevi. Deixem o desgraçado em paz, peço-lhes.
- Custou, mas estou acima de qualquer lei que vocês bolarem aí.
- Levou tempo, mas cortei enfim meu cordão umbilical.
- Roncar, nunca mais. Nem eu nem ninguém ao meu lado.
- Que desperdício nunca ter fumado em minha vida!
- Consegui preservar o mistério sempre girando em meu torno.
- Maioria silenciosa? Essa agora é comigo.
- Na verdade, nunca me senti à vontade nessa posição incômoda de cidadão do mundo.
- Ei, juventude, pode vir que pelo menos uma vaga está aberta.
- Emagrecer é isso aqui.
- Agora é conferir se, do outro lado, sobraram tantas virgens assim.
E assim, cada vez que um ”frasista” passar por perto de mim, leve uma nossa: minha e de Millôr. Dois contra um a gente ganha mole.
http://www.bbc.co.uk/
segunda-feira, 11 de junho de 2012
Blog do Além
por Vitor Knijnik
QUEM NOS SALVARÁ DOS SUPER HERÓIS?
Nos seus primeiros anos de vida, logo após os irmãos Lumiere o parirem, o cinema não passava de uma atração de feira e exposições. Ninguém via grande futuro naquela invenção. Porém, era uma curiosidade que fazia as pessoas literalmente caírem da cadeira. O olhar virgem da plateia não demandava que os protocineastas contassem histórias. Para causar sensação, bastava apenas registrar as coisas em movimento e depois exibir a película. mais ou menos como são os filmes pornôs.
Mas o ser humano é um bicho enjoado e logo boceja quando não lhe apresentam novidades. Alguns pioneiros, então, decidiram contar histórias através do cinematógrafo para assim manter o interesse da audiência. Outros investiram no ramo da pipoca, apostando que no futuro ninguém conseguiria ficar duas horas sentado fazendo uma única coisa.
Uma das primeiras experiências narrativas relevantes aconteceu no Estados Unidos, através das mãos de D.W Griffith. Ele introduziu novas formas de fazer cinema. Foi o primeiro a usar dramaticamente a montagem, alternando closes e movimentos de câmera. Por isso é conhecido como pai da linguagem cinematográfica. Da mãe sabe-se apenas que fugiu com um rico produtor de Hollywood.
Minha contribuição para a consolidação do cinema como expressão artística foi decisiva. Eu percebi que a montagem poderia ir além de uma mera ligação de imagens relacionadas. Acreditei que uma terceira ideia poderia ser gerada na cabeça do espectador através da justaposição de duas imagens independentes. Essas colisões de imagens permitiram manipular as emoções da audiência e libertaram a linguagem cinematográfica para a criação de metáforas, coisa que o Stalin adorou.
Mas por que estou aqui a contar a história do cinema e a sublinhar minha importância? Ora, a intenção é justamente contrária. Sinto-me derrotado ao ver em que o meu legado foi transformado. Imaginei que, com minhas descobertas, as narrativas se sofisticariam e a linguagem cinematográfica se expandiria sem limites. Nada disso. O cinema se desinteressou pelo mundo adulto. Virou uma indústria dedicada apenas a adular adolescentes ou a infantilizar os maiores. Veja o que está em cartaz nesse momento (não importa qual). 70% das salas estão tomadas por personagens que precisam salvar o mundo de uma grande ameaça. Das 30 maiores bilheterias de todos tempos, 28 são dedicados aos menores de 18. Isso se você considerar que Avatar e Titanic têm temática adulta.
Há os que alegam que os filmes não precisam ser mais do que divertimento. Pode até ser. Mas da mesma maneira que as primeiras plateias exigiram ver mais do que movimento, as atuais pedem cada vez mais adrenalina. E os estudos respondem fazendo filmes caricatos que se parecem com uma montanha russa, só que sem aquela parte tranquila da primeira subida. As montagens estão tão frenéticas que, numa cena de luta ou perseguição, não sabemos quem é quem. Só sabemos que o herói irá sobreviver. É por isso que a o balde da pipoca não para de aumentar.
Me despeço coerente com meus princípios. Deixo aqui 3 frases. Monte as como quiser:
Heróis assassinos.
O cinema morreu.
Socorro, o 3D quer furar meu olho.
http://www.blogsdoalem.com.br/pt/
EISENSTEIN
Sobre mim
Vou dizer pela última vez. É EISENstein e não Einstein. Que coisa.
Sobre o blog
Uma peça de propaganda comunista. Se você gostar, compartilhe (todos os seus pertences).
Arquivo do blog
2012 NOVEMBRO
Sobre o blog
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Arquivo do blog
2012 NOVEMBRO
Nos seus primeiros anos de vida, logo após os irmãos Lumiere o parirem, o cinema não passava de uma atração de feira e exposições. Ninguém via grande futuro naquela invenção. Porém, era uma curiosidade que fazia as pessoas literalmente caírem da cadeira. O olhar virgem da plateia não demandava que os protocineastas contassem histórias. Para causar sensação, bastava apenas registrar as coisas em movimento e depois exibir a película. mais ou menos como são os filmes pornôs.
Mas o ser humano é um bicho enjoado e logo boceja quando não lhe apresentam novidades. Alguns pioneiros, então, decidiram contar histórias através do cinematógrafo para assim manter o interesse da audiência. Outros investiram no ramo da pipoca, apostando que no futuro ninguém conseguiria ficar duas horas sentado fazendo uma única coisa.
Uma das primeiras experiências narrativas relevantes aconteceu no Estados Unidos, através das mãos de D.W Griffith. Ele introduziu novas formas de fazer cinema. Foi o primeiro a usar dramaticamente a montagem, alternando closes e movimentos de câmera. Por isso é conhecido como pai da linguagem cinematográfica. Da mãe sabe-se apenas que fugiu com um rico produtor de Hollywood.
Minha contribuição para a consolidação do cinema como expressão artística foi decisiva. Eu percebi que a montagem poderia ir além de uma mera ligação de imagens relacionadas. Acreditei que uma terceira ideia poderia ser gerada na cabeça do espectador através da justaposição de duas imagens independentes. Essas colisões de imagens permitiram manipular as emoções da audiência e libertaram a linguagem cinematográfica para a criação de metáforas, coisa que o Stalin adorou.
Mas por que estou aqui a contar a história do cinema e a sublinhar minha importância? Ora, a intenção é justamente contrária. Sinto-me derrotado ao ver em que o meu legado foi transformado. Imaginei que, com minhas descobertas, as narrativas se sofisticariam e a linguagem cinematográfica se expandiria sem limites. Nada disso. O cinema se desinteressou pelo mundo adulto. Virou uma indústria dedicada apenas a adular adolescentes ou a infantilizar os maiores. Veja o que está em cartaz nesse momento (não importa qual). 70% das salas estão tomadas por personagens que precisam salvar o mundo de uma grande ameaça. Das 30 maiores bilheterias de todos tempos, 28 são dedicados aos menores de 18. Isso se você considerar que Avatar e Titanic têm temática adulta.
Há os que alegam que os filmes não precisam ser mais do que divertimento. Pode até ser. Mas da mesma maneira que as primeiras plateias exigiram ver mais do que movimento, as atuais pedem cada vez mais adrenalina. E os estudos respondem fazendo filmes caricatos que se parecem com uma montanha russa, só que sem aquela parte tranquila da primeira subida. As montagens estão tão frenéticas que, numa cena de luta ou perseguição, não sabemos quem é quem. Só sabemos que o herói irá sobreviver. É por isso que a o balde da pipoca não para de aumentar.
Me despeço coerente com meus princípios. Deixo aqui 3 frases. Monte as como quiser:
Heróis assassinos.
O cinema morreu.
Socorro, o 3D quer furar meu olho.
http://www.blogsdoalem.com.br/pt/
domingo, 10 de junho de 2012
"Pastor de Cabras" - Francisco Carvalho
Por Demitrti Tulio
Pastor de cabras de Francisco Carvalho
Fui pastor de cabras
e de rios secos
rezei pelas vacas que morreram de sede
e os bezerros que ficaram
órfãos e foram alimentados com
o leite dos pássaros.
Rezei pelas vértebras da paisagem
pelo sangue das pedras
pelas árvores e seus esqueletos
de faraós, pelas portas
fechadas das casas onde a lua
dialoga com os mortos.
Rezei em memória do vento
que à noite pastoreia
as lavouras soterradas de meu pai.
Rezei pelos seios da terra
pelo aniquilamento dos pássaros
pela volta da chuva
e a diáspora das borboletas.
Rezei pelos náufragos do amor
do tempo e da eternidade.
Rezei pelos espantalhos de braços abertos
rezei pelos afogados daquele rio
que não seca nunca.
Pastor de cabras de Francisco Carvalho
Fui pastor de cabras
e de rios secos
rezei pelas vacas que morreram de sede
e os bezerros que ficaram
órfãos e foram alimentados com
o leite dos pássaros.
Rezei pelas vértebras da paisagem
pelo sangue das pedras
pelas árvores e seus esqueletos
de faraós, pelas portas
fechadas das casas onde a lua
dialoga com os mortos.
Rezei em memória do vento
que à noite pastoreia
as lavouras soterradas de meu pai.
Rezei pelos seios da terra
pelo aniquilamento dos pássaros
pela volta da chuva
e a diáspora das borboletas.
Rezei pelos náufragos do amor
do tempo e da eternidade.
Rezei pelos espantalhos de braços abertos
rezei pelos afogados daquele rio
que não seca nunca.
sábado, 9 de junho de 2012
Adeus, Ivan e muito obrigada.
O Fanho – Ivan Lessa
Agora falando de saudades: saudades mesmo eu tenho de pastel e fanho. Pastel de queijo aqui não tem,
fanho não é a mesma coisa. Fanho bom é aquele bem mal humorado, agressivo. Fanho acha que a humanidade está por fora, que tudo isso é uma safadeza enorme pra cima dele que, afinal de contas, não tem nada com isso e é, no fundo, um bom sujeito. É o que ele diz. Mas diz criando caso.Fanho briga, dá com a mão em cima da mesa e diz: “eu sou um profissional, pomba!” E repete: “Profissional”.Fanho vive dizendo que é profissional: “tenho 20 anos de rádio, boto qualquer programa no ar, manjo tudo, ta?” E diz muito palavrão. Palavrão fica horrendo na boca de fanho. É sempre sobre a gente que tá falando com ele. Nunca sobre a vida ou os outros por aí. É com a gente, nós, os não-fanhos. Agora tem um troço: fanho você pode chamar de fanho que ele não se aborrece. “Que é que há, ô,Fanho, tudo bem?” Ele responde, meio desaforado, mas responde. É que ele é assim mesmo. Fanho conhece todos os truques de todas as repartições. Documento, atestado, não fica 24 horas preso numa mesa de seção. Ele vai e quebra o galho. É um profissional, pomba!
Agora falando de saudades: saudades mesmo eu tenho de pastel e fanho. Pastel de queijo aqui não tem,
fanho não é a mesma coisa. Fanho bom é aquele bem mal humorado, agressivo. Fanho acha que a humanidade está por fora, que tudo isso é uma safadeza enorme pra cima dele que, afinal de contas, não tem nada com isso e é, no fundo, um bom sujeito. É o que ele diz. Mas diz criando caso.Fanho briga, dá com a mão em cima da mesa e diz: “eu sou um profissional, pomba!” E repete: “Profissional”.Fanho vive dizendo que é profissional: “tenho 20 anos de rádio, boto qualquer programa no ar, manjo tudo, ta?” E diz muito palavrão. Palavrão fica horrendo na boca de fanho. É sempre sobre a gente que tá falando com ele. Nunca sobre a vida ou os outros por aí. É com a gente, nós, os não-fanhos. Agora tem um troço: fanho você pode chamar de fanho que ele não se aborrece. “Que é que há, ô,Fanho, tudo bem?” Ele responde, meio desaforado, mas responde. É que ele é assim mesmo. Fanho conhece todos os truques de todas as repartições. Documento, atestado, não fica 24 horas preso numa mesa de seção. Ele vai e quebra o galho. É um profissional, pomba!
Tem um fanho aqui onde eu trabalho. Melhor: uma fanha. Não tem nome de fanha. Chama-se Audrey. Também não tem cara de Audrey. É servente na Cantina. Muito preocupada, sempre, mas delicada. Chama a gente de luv, de dear. Não é, evidentemente uma profissional.
(Pasquim, antologia. Vol.1 – 1969 a 1971 - Ed.Desiderata 2006)
Ivan Pinheiro Themudo Lessa
Nasceu em São Paulo a 9 de maio de 1935 e faleceu em Londres a 9 de junho de 2012
Era filho do escritor Orígenes Lessa
Editor e um dos colaboradores do Pasquim, tinha no jornal a coluna GipGip Nheco Nheco; também no Pasquim criou juntamente com Jaguar o ratinho Sig (referência a Sigmund Freud).
Escreveu:
Os Garotos da Fuzarca (1986,contos)
Ivan Vê o Mundo (1999, crônicas)
O Luar e a Rainha (2005, crônicas)
http://www.livroerrante.blogspot.com.br/2012/06/adeus-ivan-e-muito-obrigada.html
(Pasquim, antologia. Vol.1 – 1969 a 1971 - Ed.Desiderata 2006)
Ivan Pinheiro Themudo Lessa
Nasceu em São Paulo a 9 de maio de 1935 e faleceu em Londres a 9 de junho de 2012
Era filho do escritor Orígenes Lessa
Editor e um dos colaboradores do Pasquim, tinha no jornal a coluna GipGip Nheco Nheco; também no Pasquim criou juntamente com Jaguar o ratinho Sig (referência a Sigmund Freud).
Escreveu:
Os Garotos da Fuzarca (1986,contos)
Ivan Vê o Mundo (1999, crônicas)
O Luar e a Rainha (2005, crônicas)
http://www.livroerrante.blogspot.com.br/2012/06/adeus-ivan-e-muito-obrigada.html
sexta-feira, 8 de junho de 2012
Foi demais - Paulinho da Viola e Mauro Duarte
Por Alfredo Pessoa
Esta música é a parceria única de Paulinho da Viola com grande compositor Mauro Duarte, o Bolacha. Mauro tem inúmeras parcerias com Paulo César Pinheiro. Na verdade, Paulinho e Mauro tem estilos semelhantes. São sambistas natos a procura de um letrista, embora Paulinho escreva bem consigo mesmo, Bolacha, seu compadre, prefere uma boa letra preparada para o samba de fato. É demais este samba.
Foi Demais (Paulinho da Viola-Mauro Duarte)
Bm7 Bm7/A A7/B
Since---------ramente
Bm7 G7 C#m7(b5) F#7(b13) F#7
Não sabia que seria assim
F#m7(b5) B7(b9) Em7(9) Em\D
Esta chaga dentro do meu peito
C#7 F#7 B7
Uma dor que nunca chega ao fim
Em7(9) C#m7(b5) F#7 Bm7
Este amor foi demais pra mim
B7/D# Em7(9) C#m7(b5) F#7 Bm7 F#7
Este amor foi demais pra mim
Bm Bm7M Bm7
Toda saudade tem suas dores
Bm6 Bm5M C#m7(b5) F#7(b13) Bm7
Todo pecado um dia tem seu perdão
B7/D# Em Em7M Em7 Em6
Em minha vida, muitos amores
Em/D G/D C#m7(b5)
Nenhum marcou tanto meu coração
F#(b13) F#7 Bm7 G7 C#m7(b5)
Eu bem queria esquecer quem não me ama
F#7 F#m7(b5) B7(b9) Em7(9) Em/D
E retraçar novamente meu caminho
Em7(9) F#7 Bm7
Tirar das cinzas alguma chama
D7 C#7
E não ficar assim no mundo sem carinho
Raul Paz - Gente
Diretamente da la isla, Raul Paz.
Gente ( Raul Paz)
Un viejo en un balcón,
Gente ( Raul Paz)
sentado en su sillón,
dice que va a esperar, la muerte.
Al frente en un salón,
Al frente en un salón,
se reza una oración,
que puede hacer mejor, la gente.
En un lugar que se,
En un lugar que se,
un tipo que no ve,
saca unas fotos, excelentes.
Y en la calle un señor,
Y en la calle un señor,
vestido como yo,
dice que yo no soy
.
En una casa ayer, con techo de papel,
En una casa ayer, con techo de papel,
te invitan a comer, no mienten.
Un tipo guapetón, se saca to su flow,
Un tipo guapetón, se saca to su flow,
y dice cosas, porque siente.
Así se vive aquí, a veces tan feliz,
Así se vive aquí, a veces tan feliz,
y a veces casi, te arrepientes.
No hay mucha solución, ni mucho que entender,
No hay mucha solución, ni mucho que entender,
aquí todo es muy, diferente.
A un turista español, lo sacan pal balcón,
A un turista español, lo sacan pal balcón,
le falta el pantalón, ¡que gente!
Una negra charol, hablando su ecuñol,
Una negra charol, hablando su ecuñol,
dice que es sueca y que no entiende.
Un blanquito sin sal, se decidió a bailar,
Un blanquito sin sal, se decidió a bailar,
y puso aquel rumbón, caliente.
Después de trabajar, nos vamos a tomar,
Después de trabajar, nos vamos a tomar,
un trago con el dependiente.
Parece veintiséis y tiene dieciséis,
Parece veintiséis y tiene dieciséis,
pero te mirará, de frente.
Un antiguo campeón, se vuelve un mujerón,
Un antiguo campeón, se vuelve un mujerón,
baila en el malecón, con su gente.
Demasiada opinión, hay tanto por hacer,
Demasiada opinión, hay tanto por hacer,
aquí todo es cuestión, de suerte.
No hay mucha solución, no hay mucho que entender,
No hay mucha solución, no hay mucho que entender,
aquí todo es bien, diferente.
Gente con swin!
lara lara lai ai ai ai ahhhhhh laru lai ai ai ai ahhhh
lara lara lai ai ai ai ahhhhhh laru lai ai ai ai ahhhh
lara lara lai ai ai ai ahhhhhh
El viejo del balcón, se da un trago de Ron,
Gente con swin!
lara lara lai ai ai ai ahhhhhh laru lai ai ai ai ahhhh
lara lara lai ai ai ai ahhhhhh laru lai ai ai ai ahhhh
lara lara lai ai ai ai ahhhhhh
El viejo del balcón, se da un trago de Ron,
dice que ya mató, la muerte.
Se acaba la oración, doscientos pal cajón,
Se acaba la oración, doscientos pal cajón,
que pase el próximo, cliente.
El tipo que no ve, también juega ajedrez,
El tipo que no ve, también juega ajedrez,
y esquiva al japonés, que suerte.
Y en la calle el señor, vestido como yo,
Y en la calle el señor, vestido como yo,
me dice que soy yo, quien miente,
eh eh ehhhhhhhhhhhhhhhhh, quién mienteeeeee.
Gente con swin!
lara lara lai ai ai ai ahhhhhh laru lai ai ai ai ahhhh
lara lara lai ai ai ai ahhhhhh laru lai ai ai ai ahhhh
lara lara lai ai ai ai ahhhhhh
Gente con swin!, Gente con swin!, Gente con swin!, Gente con swin!
Jajajaja.
Gente con swin!
lara lara lai ai ai ai ahhhhhh laru lai ai ai ai ahhhh
lara lara lai ai ai ai ahhhhhh laru lai ai ai ai ahhhh
lara lara lai ai ai ai ahhhhhh
Gente con swin!, Gente con swin!, Gente con swin!, Gente con swin!
Jajajaja.
quinta-feira, 7 de junho de 2012
A XIRLEY da Gabi
Xirley (Gaby Amarantos)
Saia vermelha, camisa preta
Chegou pra abalar
Quando tu for na casa dela, lhe buscar, ela vai preparar
Café coado na calcinha, só pra lhe enfeitiçar
E se tu for na aparelhagem
Tu vai ver só o que ela vai aprontar
Saia vermelha, camisa preta
Chegou pra abalar
Quando tu for na casa dela, lhe buscar, ela vai preparar
Café coado na calcinha, pra te enfeitiçar
E se tu for na aparelhagem
Tu vai ver só...
Eu vou samplear, eu vou te roubar! (Roubar! Roubar! Roubar!)
Eu vou samplear, eu vou te roubar!
Eu vou samplear, eu vou te roubar!
terça-feira, 5 de junho de 2012
Em busca da Justiça
Aldir Blanc |
Por Aldir Blanc
Não sou historiador nem sociólogo. Não consultei nenhum livro para escrever o texto abaixo. Minha memória está se movendo como estilhaços do amado caleidoscópio que perdi, menino, em Vila Isabel.
Viva a Comissão da Verdade para que nunca mais coloquem uma grávida nua sobre um tijolo, atingida por jatos d’água, com a ameaça: “Se cair, vai ser pior”; para que senhoras que fazem seu honrado trabalho não sejam despedaçadas por cartas-bombas; para que um covarde que bote a boca de um homem torturado no escapamento de uma viatura militar não passe por “homem de bem” onde mora; para que orangotangos que se tornaram políticos asquerosos não babem sua raiva na internet: “Nosso erro foi torturar demais e matar de menos”; para que presos em pânico não sofram ataques de jacarés açulados por antropoides; para que nunca mais teatros e livrarias sejam vandalizados e queimados; para que um estudante de psiquiatria não seja obrigado a passar por sentinelas de baioneta calada para ouvir um coronel médico dizer que “histeria é preguiça”; para que os brasileiros possamos homenagear um autêntico herói nacional, João Cândido, com um monumento, sem que surjam energúmenos prometendo “voltar e explodir tudo se isso apontar para o Colégio Naval”; para que nossa Força Aérea, que nos deu tanto orgulho na Itália, com seus valentes pilotos de caça, não atire pessoas, como se fossem sacos de lixo, no mar; para que um pai, ao se recusar a cumprir a ordem de manter o caixão lacrado, não se depare com o corpo destruído do filho, jogado lá dentro feito um animal; para que militares honrados não sintam “constrangimento” na busca da Justiça; para que cavalos (aqueles de quatro patas, montados por outros) não pisoteiem um garoto com a camisa pegando fogo por estilhaço de bomba, na Lapa; para que torturadores não recebam como “prêmio” cargos em embaixadas no exterior; para que uma estudante não desmaie num consultório médico ao falar sobre as queimaduras do pai, feitas com tocha de acetileno; para que esquartejadores não substituam Tiradentes por Silvério dos Reis; para que inúmeros Pilatos ainda trambicando naquela casa de tolerância do Planalto vejam que suas mãos continuam cheias de sangue e excremento; para que nunca mais a vida de uma jovem idealista — queixo firme, olhos faiscantes de revolta, com a expressão da minha Suburbana no 3x4 que guardo na carteira — seja ceifada por encapuzados. Uma delas, quem sabe?, pode chegar à Presidência da República e enquadrar a récua de canalhas.
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Radialista faz gol de placa
Sou presidente do Fã-Clube de Osmar Frazão e ouvinte assíduo de seu programa na Rádio Nacional, “Histórias do Frazão”. Vejam por que o Rio não morre, na voz inconfundível do radialista, que levou ao delírio a galera do Momo:
“O cara comprou uma TV de tela plana, chapou na parede do quarto e passou a ver o treco, embasbacado, noite e dia. O curioso é que não se interessava pelos programas. Só via comerciais. Com essa fixação, o sexo com a patroa caiu perto do zero absoluto. Ela foi a uma sex-shop e comprou uns produtos apimentados. Para acordar o malandro, contou que o vizinho havia mexido com ela no elevador. A reação do carametade causou estranheza:
— A gente se liga em você!
Ela mostrou o sutiã minúsculo.
— Air-bag duplo! Oh, happy days!
Exibiu um tremendo vibrador colorido.
— Os juros caíram. Compre!
Desesperada, vestiu a roupinha e propôs:
— Que tal um amorzinho gostoso?
— Deixe as baleias namorarem.
Aí, a criatura se encheu:
— Será q ue eu ainda conheço você?
—Rapaz, isso eu não sei, não. Melhor perguntar lá no posto Ipiranga!”.
ALDIR BLANC é compositor.
Jornal O Globo, 03/06/2012
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