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quarta-feira, 18 de março de 2015

Ponto de Vista

Por Henrique Araújo

Num 15 de março, trinta anos atrás, um civil assumia a presidência do Brasil, colocando fim a 21 anos de ditadura militar.
 Três décadas depois, parte dos brasileiros manifesta nas ruas o desejo de retorno dessa máquina de morte. Por trás do piquenique cívico que se desenrolou em bairros de classe média alta do País, a perigosa adulação às forças armadas é só uma das preocupações.
Há outras, como os gritos de "Fora Supremo (Tribunal Federal) e Dilma", "Feminicídio, sim; 'fomecídio', não" e "O Brasil não será uma nova Cuba" - este, coincidentemente, já velho conhecido da história nacional. 
Em 1964, o temor de que o País se transformasse na ilha de Fidel ensejou o estado de exceção.
Hoje, a insistência no impeachment flerta com o golpe. 
Com naturalidade, manifestantes exigem o fim da corrupção enquanto desfilam camisas da CBF, entidade mafiosa. É o retrato da ignorância política.

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