Por Henrique Araújo
Três décadas depois, parte dos brasileiros manifesta nas ruas o desejo de retorno dessa máquina de morte. Por trás do piquenique cívico que se desenrolou em bairros de classe média alta do País, a perigosa adulação às forças armadas é só uma das preocupações.
Há outras, como os gritos de "Fora Supremo (Tribunal Federal) e Dilma", "Feminicídio, sim; 'fomecídio', não" e "O Brasil não será uma nova Cuba" - este, coincidentemente, já velho conhecido da história nacional.
Em 1964, o temor de que o País se transformasse na ilha de Fidel ensejou o estado de exceção.
Hoje, a insistência no impeachment flerta com o golpe.
Com naturalidade, manifestantes exigem o fim da corrupção enquanto desfilam camisas da CBF, entidade mafiosa. É o retrato da ignorância política.
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