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segunda-feira, 23 de julho de 2012

Ed Lincoln

Ed Lincoln
Por Alan Morais

Ed Lincoln, nascido Eduardo Lincoln Barbosa Sabóia em 1932, começou a desenvolver seus dotes musicais em sua cidade natal, Fortaleza, onde morou até os 19 anos - e onde chegou a trabalhar como revisor no jornal O POVO. Foi quando decidiu ser músico no Rio de Janeiro, começando no contrabaixo, passando para o piano, até que, diante do órgão Hammond, revolucionou a utilização desse instrumento no Brasil, tocando de forma muito característica, estilo que virou moda em todos os bailes pelo País.

A partir de então, choveram convites para fazer arranjos e tocar para dezenas de artistas da época. Em 1969, montou um grupo fantástico para gravar, pelo seu próprio e recém-criado selo DeSavoya, dois discos que não podem faltar em nenhuma coleção de samba/ jazz/rare grooves que se preze. O primeiro LP, gravado pelo seu novo grupo DeSavoya Combo, trazia músicos como Toni Tornado, Orlandivo, Cláudio Roditi e Durval Ferreira. O disco traz músicas como “Jogaram o Caxangá’’ e ’’Mah Ná Mah Nà (Piero Umiliani)’’ que ganharam uma releitura dançante e de qualidade técnica irretocável.

No segundo disco, lançado já em 72, nessa altura com a banda chamando-se somente DeSavoya, e ainda no seu selo homônimo, a genialidade continua. No repertório, ‘’Caramba...Galileu da Galiléia’’, de Jorge Ben (sem o Jor); e ‘’Shazam’’, de Antonio Carlos e Jocafi. Vale também ressaltar o disco Ed Lincoln – Órgão e Piano elétrico gravado pelo selo CID com participação de outro tecladista José Roberto Bertrami (Banda Azymuth), também falecido semana passada.

Na última segunda-feira, o órgão Hammond perdeu seu patriarca brasileiro no mesmo dia que perdeu seu ‘’pai mundial’’ - Jon Lord, até então tecladista da banda de Hard rock Deep Purple.

Espero que Bertrami esteja recepcionando Ed Lincoln e Jon Lord nas portas do paraíso numa Jam session celestial.
http://www.opovo.com.br/app/opovo/vidaearte/2012/07/18/noticiasjornalvidaearte,2880331/ponto-de-vista.shtml

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