O homem que matou as mais de 52 árvores no quarteirão da Santos Dumont com Virgílio Távora despertou em muitos fortalezense um sentimento de sobrevivência e quintal.
O que ainda há de verde e o que resta de micro, macro e média fauna na Metrópole são indispensáveis para que haja vida na Cidade acelerada de consumo, prédios, asfalto e uma multidão de carros velhos de luxo.
Da esquina da Santos Dumont com Virgílio Távora, os olhos de boa parte dos fortalezenses vigiam o Cocó.
Bom que seja assim, mesmo um pouco tarde, depois de tanto desmatamento e acuarem o rio que ainda costuma ir brincar no mar.
Suas dunas, suas lagoinhas de passagens, seus pássaros, suas aves pescadoras, roedores, anfíbios, lagartos, borboletas e o mais miúdo dos organismos, não são descartáveis ou transferíveis.
E ninguém é contra a construção civil sustentável e a propriedade privada. Não. O que assombra é a forma avassaladora e capital com que se transforma o verde em cinza-cemitério.
Bom que na cidade se fortaleça mais e mais o sentimento de sobrevivência, quintal e pertença.
Do Cocó ao Bom Jardim, da Barra do Ceará à Água Fria (o desmatamento lá
é grande), na Grande Fortaleza e na caatinga cearense que vira lenha nas pizzarias e hotéis da Aldeota.
Demitri Túlio, repórter especial do O POVO
http://bit.ly/fv1MAA
Um comentário:
Gostei muito de ver esse artigo do Demitri Túlio no jornal de hoje, especialmente porque o mote foram as dunas do Cocó, área pela qual nutrimos particular interesse, tem em vista ser um dos últimos remanescentes de campo de dunas na área urbanizada de Fortaleza (ainda temos as dunas de Sabiguaba, que talvez sejam salvas da voracidade da especulação imobiliária, de continuarmos na fiscalização de cidadãos. Parabéns, Demitri e Marvioli!
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