Se você pensa que a Filadélfia é o túmulo do samba, está muito enganado. Melhor dizendo, não muuuito... digamos, um pouco enganado. Vero, entrar num boteco e topar com alguém cantarolando Paulinho da Viola será bem difícil – até porque aqui não tem boteco. Ainda assim, nosso samba tem ótimos representantes e simpatizantes na região – uma “comunidade” bacana composta principalmente por americanos apaixonados por música brasileira.
Esta turma compareceu no último sábado a uma animadíssima festa de carnaval (um pouquinho fora de época) numa casa de show. Até começar o batuque, assistimos teipes de desfiles cariocas no telão, com narração e legendas para sambas enredo, alas e carros alegóricos, tudo em inglês. Achei um barato, ainda mais depois da segunda caipirinha. A casa lotou, com muitos locais (especialmente negros), estrangeiros diversos e só um punhado de brasileiros (em parte porque na mesma hora rolou outra festa de carnaval, organizada pelos estudantes de Wharton).
Antes do show - samba enredo legendado
Alô Brasil
Alô Brasil. Alex Shaw no berimbau
Depois do show. Saguão do World Cafe Live
O som foi comandado pela banda Alô Brasil, formada por músicos da região (http://www.alobrasil.net/aboutalo.htm), com direito a dançarinos (brasileiros) e convidados. O ponto alto foi a participação de alunos de uma escola secundária de Nova Iorque (Frederick Douglass Academy, que fica no Harlem). A Samba Band virou uma febre na escola (me contaram que há mais de 300 batuqueiros por lá). A meninada sabe tocar e ainda canta samba enredo em português! (achei este vídeo deles de 2011 http://www.youtube.com/watch?v=JtPmwPWVNHw) Uma noite de música brasileira feita por gringos e para gringos – confira abaixo.
Faltou o carnaval de rua, é verdade. Mas, com 10 graus abaixo de zero lá fora, só sai o bloco do picolé. Vamos deixar pra próxima!
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