Por Alfredo Pessoa
Minha Saudade: quem melhor traduziu a bossa de Tom e Vinícius foi um baiano de Juazeiro com seu violão dissonante e uma cadência de samba distribuída de forma diferente, este é o estilo João Gilberto que influenciou toda uma geração e encanta o mundo.
A Voz como Instrumento: a voz de João é o casamento perfeito com seu violão, longe de desafinar combina um instrumento rico em harmonias e em inversões de notas. Uma sonoridade de silêncio e som impecáveis. Existem os adeptos de que melhor do que o silêncio só mesmo João.
Violão: o ritmo de tamborim ao violão caracterizou a bossa nova, deu nova cara ao samba e tem uma chave de conversão com o jazz. Isso imortaliza João e leva seu estilo ao mundo. Nesse momento em algum recanto da Itália, do Japão ou dos EUA tem um músico de rua executando uma bossa ao estilo João.
Silêncio e Som: dizem que é recluso, não gosta de badalações, em seu show de banquinho e violão não tem serviço de bar e nem ar-condicionado. Parece que a relação silêncio e som é sempre presente em João. Afinal de que é feito mesmo a música: pausa e batida. Assim o som e o silêncio explicam o João “Amoroso”, o João “Brasil”, o João “Voz e Violão” e o João “O Mito”. Belas obras.
Herança de João: são 17 álbuns perfeitos e o mais engraçado é que às vezes canta a mesma música, mas de forma diferente. João sempre tem uma carta na manga e surpreende a harmonia original do próprio autor. Assim a obra de João rompe fronteiras musicais, coloca o violão no centro das atenções e inventa um estilo que marcou e ainda influenciará muitas gerações.
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