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terça-feira, 2 de dezembro de 2008

ZIZEK OU JÍJEK - OU NEM AME NEM ODEIE

TRECHOS DA ENTREVISTA DADA A REVISTA PIAUÍ, POR SLAJOV ZIZEK:

" Conheço dezenas de professores(as) universitárias(os) radicais, marxistas puros. Porque é muito fácil fazer críticas abstratas ao capitalismo e passar a vida sem dizer um ai contra o reacionário que chefia o departamento ao qual pertence."

"Não me meto nesses fóruns, nesse piqueniques new age onde há de tudo, principalmente regressão"

"Sou a favor do fim da pena de morte, mas só depois de fuzilarmos Bernard-Henri Lévy. Faço questão de participar do pelotão de fuzilamento."

"Defendi que Chávez incentivava algum tipo de auto-organização nas favelas venezuelanas e, portanto, de discussão política. Isso é positivo, porque os governos de esquerda não fazem política, eles administram a situação social. A política virou café descafeinado. Assim como tiraram o café do café, tiraram a política da política, e ficou só a administração rala."

"Lula é ainda pior que Chávez. Se o Brasil descobriu petróleo, se o governo tem um partido com base popular, se o país tem sindicatos organizados, por que não se promove a politização e lidera o avanço sobre a propriedade privada?"

Político vivo que admira: "Jean-Bertrand Aristide. Num país paupérrimo como o Haití, ele foi eleito duas vezes contra a vontade da burguesia, e foi derrubado duas vezes porque não traiu os miseráveis e os trabalhadores(as), não se adaptou a classe dominante. Bem ao contrário do PT, que mandou o exército brasileiro a Porto Príncipe para defender interesses americanos e franceses."

"Dá prá constatar hoje que a Revolução Cultural, dirigida pelo camarada Mao, foi um movimento para restabelecer o capitalismo na China. Meu amigo Alain Badiou quase rompeu comigo, apesar da nossa admiração por Wagner, quando lhe disse isso. Mas é verdade: A revolução cultural foi um poderoso golpe nas tradições milenares chinesas, nos seus resquícios medievais, e abriu caminho para o florescimento da burguesia. Funciona um pouco como o 'Capitalismo de choque' imaginado por Naomi Klein: o Katrina, a invasão do Iraque, as catástrofes naturais e políticas são boas para destruir a velha ordem inclusive fisicamente, e expandir o capitalismo."

"Leia a 11ª Tese sobre Feurerbach, aquela que diz que os filósofos se limitaram a interpretar o mundo, quando deveremos transformá-lo. Mas leia ao contrário. Deveremos parar de querer mudar o mundo às cegas, para interpretá-lo saber o que ele é."

"Nunca na história da humanidade, houve tanta gente comendo bem, morando bem e estudando bem, num ambiente laico, quanto o último meio século, na Europa e na América do Norte - mas à custa da exploração de bilhões de outras pessoas. É preciso levar isso em conta."

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

VICE E VERSA

NOTA DO JORNALISTA JOCELIO LEAL - COLUNA VERTICAL S/A
JORNAL O POVO DE 21 DE NOVEMBRO DE 2008

AMBIENTALISTAS ESTRÓEM ÁGUA

As calçadas da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam) e da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) foram lavadas na manhã de ontem. Seria um protesto de militantes de oposição aos governos Cid Gomes (PSB) e Luizianne Lins (PT). Questionam a permanência nos cargos de Daniela Valente (Semam) e Herbert Rocha (Semace). Ué, mas por que resolveram protestar derramando água na calçada? Uma dança da chuva, vá lá...

MENSAGEM ENCAMINHADA POR MIM AO JORNALISTA




Como vc anda pelo pré-carnaval de Fortaleza, tem uma marchinha antiga que diz:
"A água lava lava lava tudo,
A água só não lava,
A língua dessa gente." ou

"A água é o símbolo da purificação em qualquer cerimônia religiosa, pois é a ponte que nos conecta com a espiritualidade; defende o nosso corpo das energias nocivas e harmoniza as energias da nossa casa. Pode ser usada tanto para purificar, como também para energizar, proteger e benzer. Enfim, é ela que leva embora o que não tem mais serventia para nós."

Portanto, á água no protesto tinha uma função.

Outra questão, não trate as tradições indígenas com desdém.



Grato
Marcus Vinicius

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

LEILA DINIZ

ACABA DE SER PUBLICADO PELA CIA DAS LETRAS, NA COLEÇÃO PERFIS BRASILEIROS, O LIVRO LEILA DINIZ POR JOAQUIM FERREIRA DOS SANTOS.
É CORRER, COMPRAR E LER.

O CAMINHO SE FAZ CAMINHANDO

Jornal O Povo - 17 de Novembro de 2008

O CAMINHO SE FAZ CAMINHANDO - POR ACRÍSIO SENA

Há momentos em que a realidade nos obriga a reordenar a lógica de pensamento. Weber ensina que o cientista social não pode querer enquadrar a realidade no conceito, mas o contrário. Mas a insistência na contramão dessa idéia, alimentada por artigos como o de Gilvan Rocha, publicado dia 14, nos obriga a fazer um apelo ao bom senso. O articulista critica a prefeita Luizianne Lins porque ela "disse que continuará com um perfil de esquerda", colocando em dúvida se a gestão que estamos vivendo hoje em Fortaleza pode ser chamada assim. Há erros crassos na hipótese. Em primeiro lugar, por reiteradas vezes Luizianne deixou claro que sabia dos limites de administrar no capitalismo - inclusive durante a campanha - e foi honesta o suficiente para não prometer implementar o "socialismo" nesta capital. Tal transformação abrangeria ações econômicas e políticas de caráter mundial. Mas existe, sim, uma convicção de esquerda nesta administração que rompeu diversos limites impostos pelo capital. Basta ver as ações sociais de curto, médio e longo prazo e as práticas políticas adotadas. São outros tempos em Fortaleza e o caminho para construção dessa nova sociedade leva bem mais de quatro anos. Em segundo, é triste ver um debate rebaixado do tipo "eu sou mais à esquerda que você". Isso sim é uma sandice. Luizianne fez aliança com 12 partidos a partir de um projeto de cidade. Alguém duvida que a prefeita seja socialista? Alguém duvida que o Psol, do companheiro Gilvan, seja de esquerda? Mas, para eleger 15 de 25 parlamentares, o Psol adotou arcos de alianças mais diversificados, incluindo PSDB, DEM, PT, PPS, PSB, PR, PHS, PRB, PMN, PDT, PSL, PTdoB, PRTB e PV. É o caso de devolver a pergunta feita no artigo: que esquerda? A questão não é essa. Marx afirma que os homens constroem sua história, mas não como querem. Para mudar o capitalismo, é necessário envolver-se com uma série de contradições, num processo dialético de vivência, negação e superação. Administrar é viver essas contradições. Não tenho dúvida que essa gestão é de esquerda. O resto é esquerdismo.

QUE ESQUERDA?

JORNAL O POVO - 14 DE NOVEMBRO DE 2008

QUE ESQUERDA? - POR GILVAN ROCHA

A prefeita de Fortaleza Luizianne Lins disse que sua administração continuará com seu perfil de esquerda. Diante disso, torna-se oportuno definir o que é esquerda. Esquerda, para nós, é a posição política que se assume explicitamente anticapitalista. Parece-nos, entretanto, que a esquerda, a qual a prefeita pertence, tem outra configuração, mostrando-se incapaz de ultrapassar os limites de uma oposição ao modelo neoliberal, opondo a esse modelo um hipotético capitalismo humanizado, o que é uma sandice de primeira grandeza. Aliás, essa "esquerda" francamente majoritária, para desgraça nossa, externa com veemência sua alegria diante do ruidoso desabar da política neoliberal sem questionar o que será posto em seu lugar sem perceber que, à crise, provavelmente não sucederá o socialismo.Mas isso parece pouco importar. Em moeda menor, a esquerda da prefeita Luizianne Lins, no que pese sua boa intenção, não vai além do propósito de gerenciar com proficiência a desigualdade social. Basta que nos lembremos de sua campanha. Nenhuma denúncia do sistema vigente, nenhum apelo à organização consciente do povo. Para a população bastava acionar mágicos botões no dia da eleição e tudo se resolveria, fosse na saúde, na educação, no transporte, na moradia... Qual a diferença entre esse tipo de campanha presumidamente de "esquerda" para a campanha da direita explícita? Absolutamente nenhuma. Nem na forma nem no conteúdo. Isso é o que temos de enxergar. A esquerda que o trabalhador, a dona de casa e a juventude precisam não é essa esquerda direitosa que fez e faz sistematicamente o jogo do capitalismo. A esquerda, historicamente necessária, é aquela que põe a nu o sistema e sabe associar a luta cotidiana do povo ao objetivo maior de emancipação da humanidade dos grilhões de um capitalismo que nos arrasta celeremente para a tragédia total. Essa, sim, é uma posição realmente de esquerda. gilvanrocha50@yahoo.com.br

PSOL E AS ALIANÇAS - 2

Érico Firmo - Menu Político - 08 de Novembro de 2008 - Jornal O Povo

PSol quer punir responsáveis por coligações

Na semana passada, a coluna comentou que 15 dos 25 vereadores eleitos pelo PSol em todo o País integraram coligações que incluíam partidos como PSDB, DEM, PT, PPS, PSB, PR, PHS, PRB, PMN, PDT, PSL, PTdoB, PRTB e PV. Sobre o assunto, manifestou-se o secretário-geral do partido, Luiz Araújo.

Ele explica que o partido, em março deste ano, proibiu coligações com PSDB, DEM, PMDB, PT e "partidos mensaleiros". Não foi aprovada pelo Diretório Nacional, segundo ele, nenhuma coligação com "partidos conservadores".

No entanto, foram autorizadas alianças que, na avaliação do PSol, contribuíram para atrair setores que estavam "em contradição com o governo e a velha direita", inclusive forças que discordam das direções dos partidos que integram. Foi o caso da coligação com o PSB em Macapá, onde o partido indicou o candidato a vice-prefeito, chegou ao 2º turno e perdeu por uma diferença de 3,3%. "Essas coligações foram aceitas pelo perfil mais à esquerda do PSB nessas cidades", disse o secretário-geral da legenda.

As coligações que descumpriram a determinação foram impugnadas pela direção nacional mas, segundo Araújo, "infelizmente, em muitos municípios, a Justiça Eleitoral não aceitou a argumentação partidária e manteve a composição". Todos os casos, segundo ele, serão analisados pelas direções estaduais, por determinação da cúpula nacional do PSol. "O partido tomará providências cabíveis para corrigir posturas que contrariam as decisões partidárias", afirmou.

O presidente do PSol no Ceará, Renato Roseno, disse ser favorável à aplicação de sanções, "inclusive dissolução de diretórios e expulsão", aos dirigentes e candidatos que promoveram tais alianças "numa afronta total à democracia interna e à coerência político-programática", disse Roseno.

O PSOL E AS ALIANÇAS

Érico Firmo - 01 de novembro de 2008 - Menu Político - Jornal O Povo

O PSol e as alianças

O PSol participou neste ano de suas primeiras eleições municipais. Em 2004, o partido já existia, mas não pôde participar das disputas, por não estar oficializado um ano antes da eleição, como determina a lei. Desta vez, a sigla foi para a campanha e conseguiu eleger 25 vereadores em todo o Brasil. Dez desses parlamentares foram eleitos em chapas puras ou em coligações com os aliados preferenciais do PSol - PCB e PSTU. Para eleger os outros 15 parlamentares, o PSol - principal partido que faz oposição à esquerda do governo Lula - adotou arcos de alianças mais diversificados, incluindo PSDB, DEM, PT, PPS, PSB, PR, PHS, PRB, PMN, PDT, PSL, PTdoB, PRTB e PV.

Com essas legendas, as parcerias mais vitoriosas foram feitas com PSDB e PSB, cada partido integrando coligações pelas quais foram eleitos quatro vereadores do PSol. As parcerias do partido de Heloísa Helena com as legendas de Tasso Jereissati e Ciro Gomes só não foram mais vitoriosas que as alianças com o PSTU, que elegeram cinco parlamentares do PSol - inclusive João Alfredo em Fortaleza. Já as coligações com o também tradicional aliado PCB renderam ao PSol três vereadores, dois deles em coligações nas quais o PSTU também estava. Outros partidos que também estavam em coligações pelas quais foram eleitos três vereadores do PSol foram PMN, PSL e PV.

Há casos curiosos, como no município de Pracuúba, no Amapá, no qual o PSol elegeu o vereador Valdeci Ribeiro dos Santos numa coligação com DEM, PT, PR e PSL. Todos esses partidos, mais PRTB e PPS, ainda estavam juntos na coligação que venceu a eleição para prefeito, tendo como candidato Mosaniel Passos, o Mosa, do PMDB.

Outra aliança eclética foi feita em Santa Cruz do Monte Castelo, no Paraná, onde o PSol elegeu Rafael Guerreiro, em aliança com PSDB, DEM, PSL e PRTB. E todos esses partidos, mais PTB e PSC, estavam juntos na coligação que deu a vitória ao candidato a prefeito José Maria, do PR.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

CONDOLEEZZA E JOÃO PEDRO

UMA PESSOA PRESENTE AO DEBATE REALIZADO NO SINDICATO DOS COMERCIÁRIOS, ONTEM 12 DE NOVEMBRO, OUVIU DE JOÃO PEDRO STÉDILE A SEGUINTE PÉROLA " A CONDOLLEZZA RICE NÃO BOMBARDEOU O BRASIL PORQUE A NAMORADA DELA É DE SALVADOR" ISSO NUM EVENTO QUE TINHA COMO TÍTULO "QUE HUMANIDADE QUEREMOS SER? UM DEBATE ANTI-CAPITALISTA DE ENFRENTAMENTO
À CRISE MUNDIAL". NÃO SEI A HUMANIDADE QUE ELE QUER, POIS NÃO FUI AO DEBATE. MAS, NECESSARIAMENTE UMA "NOVA HUMANIDADE" NÃO PODERÁ CONVIVER COM A HOMOFOBIA.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

LUIZIANNE NA PREFEITURA

Por Marcus Vinicius

ONTEM ACONTECEU O ÚLTIMO DEBATE ENTRE OS(AS) CANDIDATOS(AS) A PREFEITURA DE FORTALEZA.
A PREÇOS DE ONTEM, NÃO HAVERÁ SEGUNDO TURNO. LUIZIANNE GANHARIA NO
DOMINGO DIA 05 DE OUTUBRO.
O EXTRANHO FOI UMA MENSAGEM POR MIM RECEBIDA TORCENDO PARA QUE OCORRA SEGUNDO TURNO. D
DEVO EXPLICAR QUE A MENSAGEIRA É ELEITORA DO PSOL, QUE SEGUNDO AS PESQUISAS, NÃO TERIA CHANCE DE IR PARA O SEGUNDO TURNO.
SE HOUVER, SERÁ COM MORONI DO EX-PFL. ENTÃO, QUAL A LÓGICA DA TORCIDA PELO SEGUNDO TURNO: VOTAR NO MORONI, LAVAR AS MAÕS FEITO PILATOS, DAR UMA DE AVESTRUZ, OU VOTAR NULO.
SE FOR ESTE O CASO, O MELHOR ESTÁ COM A CRÍTICA RADICAL, QUE NEGA O PROCESSO ELEITORAL E FAZ CAMPANHA SISTEMÁTICA PELO VOTO NULO.
MAS, QUEM SABE, A PSICOLOGIA EXPLIQUE ESTE DESEJO.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

FALE COM MORONI


CAPA DA REVISTA FALE - DO EDITOR & PUBLISHER E ASSESSOR DO MORONI
LUIS SÉRGIO SANTOS.

ASSESSORES DE CANDIDATOS EM FORTALEZA

NO MÍNIMO INTERESSANTE A LISTA DE ASSESSORES DE ALGUNS CANDIDATOS A PREFEITO DE FORTALEZA:
LUIS GASTÃO (RENUNCIOU SEMANA PASSADA ) - JORNALISTA AMAURI CANDIDO.
MORONI - JORNALISTA LUIS SERGIO SANTOS DA REVISTA FALE
ADAHIL BARRETO - JORNALISTA NORTON LIMA JUNIOR, DO BLOG (OU EX-) DO NORTON norton.blogueisso.com/.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

NOEL ROSA

"Como compositor, ao contrário do que muitos pensam, foi um dos maiores da nossa música popular. De inspiração genuinamente brasileira, criou um estilo pessoal que chegou a influenciar a seus parceiros músicos quando era apenas o autor da letra. Eis algumas das músicas feitas por Noel Rosa sem parceiros, músicas e letras de sua exclusiva autoria: Amor de parceria; Até amanhã; Capricho de rapaz solteiro; Cidade mulher; Com que roupa?; Cor de cinza; Cordiais saudações, Dama do Cabaré; É preciso discutir; Estamos esperando; Eu sei sofrer; Eu vou pra Vila; Festa no céu; Gago apaixonado; João-Ninguém; O maior castigo que te dou; Malandro medroso; Meu barracão; Minha viola; Mulata fuzaqueira; Mulato bamba; Não tem tradução; Nuvem que passou, Onde está a honestidade?; Palpite infeliz; Picilone; Quando o samba acabou; Quem dá mais? Quem ri melhor; Rapaz folgado; São coisass nossas; Século do progresso; Seja breve; Seu Jacinto; Silêncio de um minuto; Tipo zero; Último desejo; Você, por exemplo; Você vai se quizer; Vou te ripar; O x do problema. Raro compositor popular poderá apresentar um repertório de tão alta qualidade."

Lucio Rangel, in Samba, Jazz & outras notas - Editora AGIR - 2007

sexta-feira, 18 de julho de 2008

ALDIR BLANC E A UTOPIA

REPÓRTER - TENS ALGUMA UTOPIA?
ALDIR BLANC - NÃO. COMO DISSE SARAMAGO, NÃO SIMPATIZO MUITO COM A PALAVRA .


IN BAFAFÁ ON LINE - www.bafafa.com.br

quinta-feira, 17 de julho de 2008

LUCIANO CANFORA - 2

< Porém a tensão moral que induz à opção extrema, e permite o enfrentamento de sacrifícios extraordinários, não é transmitida nem por via genética nem por via pedagógica. É simplesmente perdida. Pois a experiência pode ser, no máximo, relatada, mas não transmitida: ela é individual e única. Por isso as revoluções se extinguem e todas passam, mais cedo ou mais terde, pelo seu "termidor". Quando se tenta, obstinadamente, conservar pela via pedagógica a sua vitalidade de geração em geração, bem cedo essa pedagogia é percebida como retórica e, então, refutada. Esse é o mecanismo que vimos se desenvolver no curso da longa e atormentada experiência soviética.
Até a revolução mexicana, um dos grandes eventos do início do séc XX no hemisfério ocidental, assistiu a esse genêro de evolução. E o partido "revolucionário" que foi seu artífice atualmente nada mais é o que um tranquilo e corrupto lobby de poder. Essa involução não ocorre em Cuba, sobretudo por causa da constante ameaça norte-americana - ameaça que restitui cotidianamente uma forte razão, e de evidência imediata para todos os interessados, para manter e reproduzir de forma constante aquela tensão moral sem a qual todas as revoluções se extinguem pontualmente. É a perseguição externa, pleiteando reconduzir a ilha à servidão mais ou menos douradamde "bordel do império", que mantém alta a tensão de um povo que não dobra a espinha, nem mesmo após a traição por parte da Rússia "democrática". >
LUCIANO CANFORA, EM "CRÍTICA DA RETÓRICA REMOCRÁTICA, ED. ESTAÇÃO LIBERDADE

LUCIANO CANFORA

< Durante quantas gerações pode durar a experiência "revolucionária"? Tanto os eventos franceses do final do séc XVIII quanto os comunistas, que ocuparam grande parte do séc XX, demonstram que, após a segunda geração, a experiência não se transmite. Não queremos tirar daí uma lei geral, apenas constatamos um dado de evidência imediata. Em que pesem os "marxistas-ortodoxos", devemos observar que o fundamento das revoluções é a tensão moral. Sem desconsiderar, é óbvio, os pressupostos materiais, sem os quais nenhuma crise é detonada, entendo aqui por "fundamento" aquele quid da psicologia coletiva que efetivamente desencadeia a movimentação revolucionária, a qual jamais é inevitável, e que, para ser disparada, necessita da convicção quanto ao caráter insustentável da ordem existente e à convicta decisão de colocar tudo em discussão, da tranquilidade de vida às certezas cotidianas. Esse "salto" prenhe de conseqüências extremas, jamais é realizado de forma leviana por alguém. Inumeras vezes isso seria possível, mas raras, raríssimas vezes, acontece de fato - justamente por se tratar de uma escolha radical, que subverte todos os aspectos da vida, e por exigir um ímpeto e uma tensão moral muito acima da média, em geral propiciados por condições muitíssimo extremas, tais como uma guerra catastrófica (1917)ou a relvelação imprevista de uma incrível debilidade do poder (1789) >
LUCIANO CANFORA - EM CRÍTICA DA RETÓRICA DEMOCRÁTICA, ED. ESTAÇÃO LIBERDADE

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Filiação Partidária

" Os desafios que estão colocados para nós, para o PSOL/PSTU e todos os que nos apóiam independentemente de filiação partidária, para o Renato, como candidato a prefeito, e para todas as nossas candidaturas a vereador(a) são imensos. Mas, nossa disposição de enfrentá-los é ainda maior. Porque acreditamos na nossa proposta, porque acreditamos na força do povo que se põe em movimento, porque sabemos da capacidade de conquistar corações e mentes nessa jornada."
João Alfredo, candidato a vereador pelo PSOL de Fortaleza, in Carta "Lutar pra nós é um destino..."

"PMF É CLENTELISTA, E DIRIGIDA PELO CAPITAL"

" Mas, é impossível pensar esse enfrentamento sem combater a atual forma de administrar e fazer política em nossa cidade, onde o clientelismo substitui a democracia e os interesses do capital imobiliário, de coleta de lixo e de transportes urbanos é quem dirigem, em última análise, os rumos da cidade e de sua administração. Daí o desafio de nossa candidatura majoritária, porque, no dizer de Renato Roseno, parafraseando João Guimarães Rosa, a vida nos exige coragem. Coragem que não falta à militância do nosso partido, não só o institucional, o PSOL, mas o partido real, que se constrói nas lutas dos movimentos sociais, ecológicos, feministas, populares de nossa cidade."
João Alfredo, candidato a vereador pelo PSOL em Fortaleza, in Carta "Lutar prá nós é um destino."

DISCORDO DA ANÁLISE DO JOÃO SOBRE A PREFEITURA DE FORTALEZA E CONCORDO COM GUIMARÃES ROSA

quinta-feira, 10 de julho de 2008

A IMITAÇÃO CONTINUA

VOLTEI A VER DOMINGO PASSADO O PROGRAMA PORTO MUCURIPE, IMITAÇÃO DO
PROGRAMA MANHATTAN CONECTION DO GNT. CONTINUA NA MESMA.

domingo, 6 de julho de 2008

O PSOL E A PREFEITURA DE FORTALEZA

VEJAM O QUE ENCONTREI NA PÁGINA DO PSOL NACIONAL.
NÃO ENCONTREI NADA NA PÁGINA DO PSOL CEARÁ

(CE) Vitória dos servidores municipais de Fortaleza

Assessoria de Comunicação
Qua, 02 de julho de 2008 18:03
Os servidores municipais de Fortaleza (CE) obtiveram uma grande vitória ontem (30/06) quanto à manutenção de seus direitos. O Supremo Tribunal Federal (STF) acatou as alegações do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e indeferiu ação que provocaria prejuízo aos direitos e subsídios dos servidores municipais de Fortaleza.
O PSOL, com o apoio do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Fortaleza (Sindifort), deu entrada no STF ao dispositivo chamado Amicus Curiae, que procura ajudar o Supremo no julgamento de determinada ação. Neste caso, referia-se a uma ação de Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental – ADPF, ingressada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), que administra a prefeitura municipal, com Luizianne Lins. A ação argumentava que decretos municipais, que englobam servidores do Instituto Doutor José Frota, da Fundação do Serviço Social, da Fundação Educacional, da Saúde Pública da Administração Direta e da Superintendência de Obras e Viação, e uma lei municipal, que envolve os servidores do magistério, feriam a Constituição Federal. Além disso, o PT pedia a nulidade de decisões do Poder Judiciário Estadual e da Justiça do Trabalho no Estado do Ceará, que deram ganho de causa aos servidores municipais.
Na segunda-feira, dia 30/06, o ministro Ricardo Lewandowski acatou as alegações do PSOL e decidiu pelo indeferimento da ação movida pelo PT. Conforme a decisão, já que os decretos e a lei municipal não estão mais em vigência, a ação fica prejudicada e sua admissão afrontaria o princípio da segurança jurídica. O ministro argumenta também que não cabe ao STF desconstituir matérias que já foram julgadas, como as do Poder Judiciário e da Justiça do Trabalho do Estado.

Próximo >
FONTE http://www.psol.org.br/nacional/component/content/article/52
-regionais/1197-ce-vitoria-dos-servidores-municipais-de-fortaleza

A ESOTÉRICA E O UTÓPICO

A NARA LEÃO GRAVOU UM DISCO QUE TINHA COMO TÍTULO "MEUS AMIGOS(AS) SÃO UM BARATO.."
OS MEUS TAMBÉM. LUIZIANNE SE DECLAROU MARXISTA ESOTÉRICA E RENATO SE DECLARA AGORA
UTÓPICO CONCRETO. QUAL SERIA O RESULTADO DE TAL CRUZAMENTO - MARXISTA UTÓPICO, ESOTÉRICO CONCRETO, MARXISTA CONCRETO OU ESOTÉRICO UTÓPICO. FAÇAM SUAS APOSTAS.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

O ANDAR DA CARRUAGEM - 3

POIS NÃO É QUE O TAL CONVIDADO, CONVOCADO, PRETENSO PRÉ-CANDIDATO DO PSOL ESTÁ FAZENDO ÁGUA. A NOVIDADE ENTROU EM CHOQUE COM A REALIDADE E OS FATOS. O PARTIDO, RELEMBRA SUA TRADIÇÃO DE ESQUERDA, E, NA MELHOR DAS FORMAS RETOMA AS RÉDEAS DO PROCESSO ELEITORAL. SÃO ACUSAÇÕES, DESCULPAS, NOTAS, CONTRA NOTAS, E LAST BUT NOT LEAST O BORDÃO DE QUE "ROUPA SUJA SE LAVA EM CASA"... ALIÁS, ESTE BORDÃO ME LEMBRA OUTRO - EM BRIGA DE MARIDO E MULHER NÃO SE METE A COLHER - SÓ QUE ESTE TEM REFORÇADO A CULTURA MACHISTA E ACOBERTADO A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER. JÁ AQUELE...

O ANDAR DA CARRUAGEM -2

DEFINIDO O QUADRO PARA A DISPUTA DAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS, FALTAVA AO PSOL DEFINIR-SE. COM A IMPOSSIBILIDADE DAS CANDIDATURAS DE RENATO E JOÃO, POR RAZÕES PESSOAIS, EIS QUE SURGEM DUAS PRÉ-CANDIDATURAS A PREFEITO. UMA VEZ VIABILIZADA, TAL CANDIDATURA, SERIA EM TESE A OPOSIÇÃO PELA ESQUERDA À ATUAL ADMINISTRAÇÃO. DOS PRÉ-CANDIDATOS UM APARECE COMO POR ENCANTO. FILIA-SE AO PARTIDO E JÁ SE LANÇA PRÉ-CANDIDATO A PREFEITO. HUM, TEM ALGO ESQUISITO NESSA HISTÓRIA. ENTÃO EU NÃO ESTARIA TÃO EQUIVOCADO AO PENSAR QUE JOÃO E RENATO PODERIAM SER CANDIDATOS A VEREADOR SEM CANDIDATURA A PREFEITO(A) PORQUE TER OU NÃO TER NESTAS CONDIÇÕES CANDIDATO SERIA A MESMA COISA. E MAIS AINDA. COMO UM PARTIDO DE FORTE TRADIÇÃO DE ESQUERDA CONVIDA, ACEITA, CONCORDA QUE QUALQUER FILIADO POSSA SER CANDIDATO(A) MAJORITÁRIO(A)?

O ANDAR DA CARRUAGEM

TINHA UMA PROPOSTA PARA AS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE FORTALEZA. RENATO ROSENO E JOÃO ALFREDO, CANDIDATAREM-SE A VEREADOR. FARIAM UMA CAMPANHA "TIPO" MAJORTÁRIA, DISCUTIRIAM GRANDES QUESTÕES. NESTE CENÁRIO NÃO CABERIA CANDIDATURA A PREFEITO(A) PELO PARTIDO, ELES "SERIAM OS CANDIDATOS". ATÉ PORQUE QUALQUER NOME APRESENTADO, SERIA MUITO MENOR DO PONTO DE VISTA ELEITORAL QUE OS DOIS E AO MEU VER NÃO PAUTARIA A TÃO INCENSADA MÍDIA E COM O TEMPO DE PROPAGANDA DISPONÍVEL NÃO FARIA DIFERENÇA NOS DEBATES.ESTA PROPOSTA, ÓBVIO, SE APRESENTADA SERIA TAXADA DE ELEITOREIRA, OPORTUNISTA E OTRAS COSITAS MÁS. MAS, ESTA PROPOSTA ESTA BASEADA NUMA AVALIAÇÃO DO QUE OCORREU E/OU FOI CONSTRUÍDO APÓS AS ELEIÇÕES PARA O GOVERNO EM 2006. E MAIS, SE EM 2006, EXISTIAM COMPANHEIROS(AS) QUE APOIAVAM O PSOL E O PSB DE CID, DIRIA EU, NUM ACERTO DE CONTAS SENTIMENTAL, NESTAS ELEIÇÕES ESTES(AS) COMPANHEIRAS(OS) NÃO EXISTIRIAM.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

JOÃO E RENATO

É DIFÍCIL ENTENDER QUE JOÃO ALFREDO E RENATO ROSENO NÃO SEJAM
CANDIDATOS NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE FORTALEZA.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

OMARA E BETHÂNIA EM FORTALEZA

Por Marcus Vinicius

Aconteceu no dia 30 de abril de 2008, o swow de Omara Portuondo e Maria Bethânia em Fortaleza. As duas iniciaram o espetáculo com Cio da Terra, em uníssono. O restante do show foi interação, emoção, sensibilidade. Após a abertura, quando Bethânia se apresenta sozinha, ficou faltando "Arrependimento"(Fernando César e Dolores Duran)que está no CD e fez parte do roteiro no início da turnê, mas retorna com força na interpretação de "O Ciúme". Omara arrasa cantando - "Viente Años", "Mil Congojas", "Lacho" e "Drume Negrita". Em Dos Gardenias - ponto alto do show - uma homenagem ao grande Ibrahim Ferrer. Em "Havana-me" música de Joyce e Paulo César Pinheiro a troca de afagos no acréscimo dos versos - "Bethânia-me" fala Omara ao que Bethânia responde "Omara-me".
Um puta show. Só uma ressalva - vender bebidas durante o show favorece a zoada que "reinou" durante o espetáculo.

terça-feira, 6 de maio de 2008

COMIDAS E BEBIDAS EM FORTALEZA

Da colaboradora do DIUMTUDO - LIA RUBRA

"Estive por esses dias em um bar/restaurante chamado Azteca de Oro e faço alguns comentários sobre esse novo espaço.
O bar/restô fica na Varjota; a ambientação é legal, iluminação indireta, mesas de madeira e cadeiras confortáveis. O espaço interno é um pouco quente, apesar dos ventiladores. O atendimento também foi bom, porém a garçonete não soube responder minha pergunta sobre um coquetel. Lá servem básicamente comidas mexicanas, tais como "tacos", "quesadillas", "guacamole", etc. O que provei, gostei.
A bebida não é barata. Uma margarita frozen custa quase 12 reais. Ah! lá tem chopp também.
A critica maior que faço é quanto ao uso da calçada (espaço público) como extensão da casa. A calçada tem o mesmo piso da sala interna, é coberta com telhado, tem luminárias e o pior, fecharam o passeio com umas jardineiras, em toda a extensão da casa, ao longo da coxia.
Mas, eu sou uma chata, e acho que a maioria não vai se importar com esse detalhe."

Lia Rubra - frequentadora de bares e botecos de Fortaleza.
Responde

quarta-feira, 30 de abril de 2008

REDE GLOBO E RECORD

NA BRIGA POR AUDIÊNCIA A QUALQUER CUSTO A GLOBO E A RECORD SE SUPERAM NA
COBERTURA DO CASO ISABELA. É UM JULGAMENTO SUMÁRIO, QUASE UMA CHACINA.
E O ENGRAÇADO É QUE NÃO SE TEM MAIS NOTÍCIA DE INGRID BITTENCOURT E NEM SE SABE
SE A EPIDEMIA DE DENGUE CONTINUA NO RIO DE JANEIRO QUE ERAM OS DOIS TEMAS
PREFERIDOS DA REDE GLOBO ANTERIORMENTRE.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Pílulas da Ellen 4

"Neste momento pós-moderno, a tradição a-histórica e metaficamente materialista do marxismo teve uma espécie de vitória. A moda mais recente do marxismo acadêmico, a chamada "escolha racional", tem profundas origens no velho determinismo tecnológico (abraçando, ao mesmo tempo, os procedimentos e muiitas das premissas da economia convencional); e as teorias pós-marxistas com seus vários sucessores, tendo se definido em relação ao velho tipo de marxismo acrítico, fizeram uma escolha simples entre o determinismo economicista e a contingência pós-moderna, sem jamais se engajar na opção mais difícil do materialismo histórico."
Ellen Wood - Democracia conta capitalimo - editora boitempo

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Pílulas da Ellen 3

"A "nova ordem mundial", junto com a reestruturação da economia capitalista, teve profundos efeitos, mas as modas que hoje prevalecem entre as esquerdas intelectuais estão de certa forma se limitando a esgotar as correntes teóricas e políticas dos anos 1960 e 1970 em vez de começar o confronto dos problemas do final dos anos 1980 e 1990."

Ellen Wood - Democracia contra capitalismo - editora boitempo

MILTINHO O REI DO RITMO

A tão cultuada divisão rítmica de Miltinho não é famosa até hoje à toa. "Sou titmista. A única particularidade é que canto dois tempos atrasados, a harmonia vai na frente, Como é que eu descobri isso? Não descobri coisa nenhuma. É que fica muito mais bonito. Você fica com dois tempos para errar. As pessoas não sabem que dois tempos em música é troço que não acaba mais, dá pra escrever uma carta pra casa". E não importa se num samba mais tradicional ou no mais jazzístico. "Tanto em um quanto em outro a divisão é dois por quatro. Se dividir dois por quatro, não tem problema, me sinto bem até na Aída, de Verdi." Sua primorosa dicção e seu suingue, conjugados à sua forma nasalada de cantar, fizeram dele um intérprete ímpar: " Todo mundo dizia que eu era entupido, e eu costumo dizer que cada um canta por onde sabe. Eu canto pelo nariz e a minha divisão vem do fato de eu ser ritmista. Eduquei trê filhos tocando pandeiro , com muita honra!". Palavra de Mestre.
Rodrigo Faour - no encarte do CD duplo Miltinho samba e balanço - edição comemorativa aos 80 anos do rei do ritmo.

domingo, 6 de abril de 2008

MEHMARI E TIRA POEIRA

DOIS CDS EXCELENTES - 1. ANDRÉ MEHMARI ... de árvores e valsas, pelo selo Tratore e
2 - TIRA POEIRA... Feijoada Completa, pelo selo Biscoito Fino.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Junto ao Socialismo

Para aqueles(as) - a quem cabe a carapuça
Versão da música - Aos pés da Santa Cruz
de Marino Pinto e Zé da Zilda

JUNTO AO SOCIALISMO

Junto ao socialismo
Você se ajoelhou
E em nome de Marx
Um grande amor você jurou
Jurou mais não cumpriu
Fingiu e me enganou
Pra mim você mentiu
Pra Karl você
Pecou

O coração tem razões
Que a própria razão desconhece
Faz promessas e juras
Depois esquece
Seguindo este princípio
Você também prometeu
Chegou até a jurar
Com grande ardor
Mas depois esqueceu

quinta-feira, 3 de abril de 2008

O SILÊNCIO E A CALÚNIA

Mino Carta

O silêncio e a calúnia

Pergunto aos leitores: em qual país democrático e civilizado a saída de um jornalista do peso de Paulo Henrique Amorim de um portal da importância do iG seria ignorada pelo resto da mídia? Na imprensa, a notícia só mereceu uma lacônica nota na Folha de S.Paulo, no vídeo o registro pela TV Senado de um discurso do senador Inácio Arruda, do PCdoB do Ceará, a lamentar o episódio e solidarizar-se com Amorim.

E o episódio não somente é muito grave, mas também altamente representativo da prepotência dos senhores, acobertados pelos seus sabujos midiáticos. O espetáculo da tartufaria não é surpreendente. Não cabe espanto, sequer um leve assomo de perplexidade. Tudo normal, na Terra brasilis, tão distante, tadinha, da contemporaneidade do mundo. Porque não há país democrático e civilizado onde o abrupto afastamento de um profissional tão honrado e competente quanto Amorim não teria repercussão na mídia, imediata e profunda.

Não faltaria a busca das razões que levaram o iG a agir de forma tão violenta, ao tirar Conversa Afiada do ar sem aviso prévio, ao lacrar o computador do jornalista e enxotar o pessoal da equipe da sede do portal. Bastaria este comportamento para justificar a repulsa da categoria em peso e a investigação dos interesses envolvidos, necessariamente graúdos.

Pelo contrário, ouviu-se clangoroso silêncio, quase a insinuar que, se a mídia não o noticia, o fato não aconteceu. Que diria Hannah Arendt ao verificar que no Brasil há cada vez menos "homens dispostos a dizer o que acontece e que acontece porque é", de sorte a garantir "a sobrevivência humana"?

Pois o fato se deu, e não se exigem esforços mentais einsteinianos para entender que os donos do iG (Brasil Telecom, Fundos e Daniel Dantas) decidiram abandonar Amorim ao seu destino. Não é difícil também enxergar como pano de fundo o projeto de fundir Brasil Telecom com Oi, a ser executado com o apoio do BNDES, e portanto do governo federal, a configurar mais um clássico do capitalismo sem risco de marca tipicamente brasileira.

Ocorre-me comparar o mutismo atual diante de um fato tão chocante com a indignação midiática que, recentemente, submergiu a campanha de ações movidas em juízo por fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus contra a jornalista Elvira Lobato, da Folha de S.Paulo, autora de reportagem sobre o êxito empresarial da Iurd. Não está claro até o momento se o Altíssimo acudiu o bispo Macedo e seus prosélitos, mas é certo que, se o fez, ou o fizer, terá de enfrentar a ira da mídia nativa.

Foi um coro de manifestações a favor da liberdade de expressão ameaçada, um rosário de editoriais candentes, de colunas vitriólicas, de comunicados de entidades representativas da categoria. A saber, Fenaj, ABI, ANJ, Abraji, sem contar a associação dos correspondentes estrangeiros (OPC). Ah, sim, a famosa liberdade de imprensa. A mídia verde-amarela não hesita em defendê-la, quando lhe convém. Permito-me concluir que, no caso de Paulo Henrique Amorim, não lhe convém.

Recordo episódio similar que me diz respeito. A minha saída de Veja em fevereiro de 1976. Vai às livrarias na segunda 31, lançado em Curitiba, um livro de memórias de Karlos Rischbieter, presidente da Caixa Econômica Federal no começo do governo do ditador de plantão Ernesto Geisel, depois transferido para a presidência do Banco do Brasil e enfim ministro da Fazenda de outro plantonista, João Batista Figueiredo. Ficou por um ano, saiu contestando as políticas que a ditadura pretendia levar adiante.

Escreve Rischbieter em um dos capítulos:

"No começo de 1975 deu entrada na Caixa um pedido de financiamento do Grupo Abril. O pedido era de um financiamento que equivalia a 50 milhões de dólares, para consolidação de várias dívidas, em grande parte em moeda estrangeira. O pedido foi analisado pelo pessoal competente, recebeu parecer positivo e foi aprovado pela diretoria. Mas faltava a aprovação do Governo. E Armando Falcão, ministro da Justiça e guardião dos "valores revolucionários" vetou o financiamento com o argumento de que a Veja, carro-chefe das publicações do grupo, e que tinha como diretor Mino Carta, era sistematicamente antigoverno. Em seu livro autobiográfico, O Castelo de Âmbar, Mino conta com detalhes o episódio que culminou com sua saída do Grupo Abril. Eu tentei, no meio da discussão, convencer o general Golbery a assumir o controle da situação e convencer o presidente a vetar o veto do ministro da Justiça. Mas foi em vão. O empréstimo só foi aprovado quando Mino Carta deixou a Veja no começo de 1976".

In illo tempore colegas de profissão também silenciaram, com exceção do jornal do sindicato paulista. Em compensação, alguns insinuavam, quando não afirmavam, que eu prestava serviço ao chefe da Casa Civil, Golbery do Couto e Silva, quem sabe em troca de vantagens financeiras. Tempos depois, em 1979, Figueiredo no poder, um célebre jornalista escreveu um texto na Folha de S.Paulo intitulado "De João a Mino, os donos do poder". João Figueiredo, está claro. Apresentava-se ali a seguinte tese: "Lá na outra ponta do bonapartismo, em versão microscópica e virulenta, está o jornalista Mino Carta, mini-representante do mandonismo local, que apoderou-se da abertura política concebida e instrumentada pelo general Golbery do Couto e Silva, seu amigo e aparente protetor, para pontificar sobre o que é certo ou errado".

Vinte anos depois, em 1999, outro jornalista de larga nomeada escreveu um livro para recuperar o tempo perdido e disse que eu fui demitido da Veja. Nada disso, esta é a versão do patrão. Eu me demiti, para não ter de levar as moedas da Editora Abril, e não seriam trinta dinheiros. Mas, desde a eleição de Lula em 2002, há quem sustente, periódica e inexoravelmente, que CartaCapital está a serviço do governo.

Pílulas da Ellen 2

"A reformulação da relação da esquerda com o capitalismo como a criação de espaços no seu interior, e não o desafio direto e a contestação a ele, ajuda, entre outras coisas, a explicar as principais transformações dos discursos tradicionais de esquerda, como por exemplo a economia política e a história, dos que hoje estão mais na moda: o estudo dos discursos, textos e do que se poderia chamar de a cultura da "identidade". A economia política e a história marxistas pretendem desafiar de frente o capitalismo como uma totalidade do ponto de vista de sua antítese, o socialimo, ao passo que os "estudos culturais" (entendido da maneira pós-modernista) e outras atividades pós-esquerdistas, especialmente na academia, onde discursos e identidades podem ser desconstruídos e generalizados sem grandes restrições materiais, se definem pela noção de que o terreno da política está no interior do capitalismo e entre os seus fragmentos."
Ellen Meiksins Wood - Democracia contra Capitalismo - Ed. Boitempo

POIS É

O EDITAL EDITOU O EDITADO

terça-feira, 1 de abril de 2008

Pílulas da Ellen

"Os intelectuais da esquerda, então, vem tentando definir novas formas, que não a contestação, de se relacionar com o capitalismo. A maneira típica é prourar interstícios no capitalismo onde criar espaço para discursos e identidades alternativos. Fala-se muito no caráter fragmentário do capitalismo avançado - seja essa fragmentação caracterizada pela cultura do pós-modernismo, seja pela economia política do pós-fordismo; e assim se pretende multiplicar os espaços em que uma cultura de esquerda possa operar. Mas, subjacente a tudo isso, parece haver uma convicção de que o capitalismo chegou para ficar, pelo menos numa perspectiva histórica previsível."
ELLEN MEIKSINS WOOD in Democracia contra Capitalismo - ed. Boitempo

CIRO E PATRÍCIA

ONTEM (31/03/2008) NA TEVE PÚBLICA ESTADUAL - TC CEARÁ - O PROGRAMA CENA PÚBLICA QUE NORMALMENTE DURA 1 HORA COM TRÊS BLOCOS TEVE SEU TEMPO AUMENTADO PARA QUATRO BLOCOS EM FUNÇÃO DA OPORTUNIDADE QUE O DEPUTADO CIRO GOMES CONCEDEU AO SER ENTREVISTADO. QUE OUTROS(AS) ENTREVISTADOS(AS) TERÃO O TEMPO ELASTECIDO? OS ENTREVISTADORES FORAM ARNALDO SANTOS COMO MEDIADOR E DEBATEDORES: LUIS SÉRGIO SANTOS E ALBERTO AMADEI.
OUTRA QUESTÃO RELEVANTE É QUE TODA A IMPRENSA NÃO QUESTIONA É O POSSÍVEL APOIO DE CIRO - FILIADO AO PSB - À PATRÍCIA SABOYA POSSÍVEL CANDIDATA A PREFEITURA DE FORTALEZA PELO PDT, ENQUANTO SEU PARTIDO O PSB ESTARIA SE COLIGANDO COM O PT. CIRO AFIRMA QUE NINGÉM NO CEARÁ ENTENDERIA O NÃO APOIO À SENADORA... PORTANTO.
E COMO FICARIA NA CAMPANHA - NÃO PODERIA APOIÁ-LA PUBLICAMENTE, NÃO PODERIA APARECER NA TELEVISÃO, E AÍ... MAS NÃO, NINGUÉM QUESTIONA.
E O ARNALDO SANTOS? ESTÁ EM TODAS - TV ASSEMBÉIA, TV FORTALEZA, TV CEARÁ ....

segunda-feira, 31 de março de 2008

JOSÉ DIRCEU E HELOÍSA HELENA

Por Marcus Vinicius

NA REVISTA PIAUÍ DE JANEIRO DE 2008 - O EX-TODO PODEROSO JOSÉ DIRCEU, NUMA
ENTREVISTA "REVELADORA" DIZ ENTRE OUTRAS COISAS ISTO. " VÊ O QUE A GENTE FEZ PELA HELOÍSA HELENA. ELA VOTOU CONTRA A CASSAÇÃO DO LUIZ ESTEVÃO. VOTOU MESMO, E POR MOTIVOS IMPUBLICÁVEIS. MAS NUNCA A DEIXAMOS SOZINHA, DEFENDEMOS ELA O TEMPO TODO, MESMO SABENDO QUE A HISTÓRIA ERA DIFERENTE. E, DEPOIS, OLHA O QUE FAZEM."
HELOÍSA HELENA, AO SEU ESTILO, REVIDOU NEGOU AS AFIRMAÇÕES DE JOSÉ DIRCEU.
MAS, E SEMPRE TEM UM, A VOTAÇÃO FOI SECRETA. ENTÃO COMO JOSÉ DIRCEU SABE DO VOTO DE HH?
O FALECIDO ACM VIOLOU O SISTEMA E FEZ A TAL DA AFIRMAÇÃO PRÁ ZD? MAS COMO SE SABE SE O VOTO VIOLADO DE HH ERA CONTRA A CASSAÇÃO? PODERIA SER UMA ARMAÇÃO DE ACM?
OUTRA QUESTÃO MAIS IMPORTANTE DIZ RESPEITO ÀS FEMINISTAS E SEUS COLETIVOS E ONGS.
NÃO VI NEM OUVI NENHUMA MANIFESTAÇÃO CONTRA AS DECLARAÇÕES DE ZD. DECLARAÇÕES MACHISTAS EM QUE ATACA UMA MULHER INSINUANDO "MOTIVOS IMPUBLICÁVEIS". TALVEZ POR SER DO PSOL, TER
SIDO DO PT, TER SIDO DA TENDÊNCIA DEMOCRACIA SOCIALISTA...
AS FEMINISTAS FICAM DEVENDO UMA EXPLICAÇÃO PARA O FATO.

sexta-feira, 28 de março de 2008

MACHADO DE ASSIS

"O CINISMO É A SINCERIDADE DOS PATIFES."

A NAU OU A CARAVELA

FAÇO PARTE DE UM COLETIVO QUE PARTICIPAM PESSOAS QUE TEM ENTRE 50 E 70 ANOS.
POUCOS(AS) COM MENOS DE 50 ANOS.JUNTOS SOMAMOS CERCA DE 800 ANOS.
800 ANOS DE CONHECIMENTOS, EXPERIÊNCIAS E PRÁTICA POLÍTICA DE "ESQUERDA".
POIS NÃO É QUE ESTE COLETIVO AS VEZES ESQUECE DE SUA HISTÓRIA E TEM
RECAÍDAS AUTORITÁRIAS. OU A NOSSA PRÁTICA SEMPRE FOI AUTORITÁRIA
E FINGÍAMOS AO DISCURSAR SOBRE PARTICIPAÇÃO, DEMOCRACIA....

EDITAIS

sairam os editais, vejamos os vencedores.

UMA CERTA ESQUERDA

Existe um certa esquerda, que eu conheço. Diz uma coisa e
faz outra. Defende Democracia e Participação no que escreve
e na prática elimina possibilidades de participação já existentes.

terça-feira, 4 de março de 2008

NOVO CENÁRIO

VOLTEI A VER DOMINGO PASSADO O PROGRAMA PORTO MUCURIPE, IMITAÇÃO DO
PROGRAMA MANHATTAN CONECTION DO GNT. MUDANÇAS PRÁ MELHOR. O CENÁRIO MELHOROU.
SÓ FALTA SABER QUE É A LÚCIA GUIMARÃES DO CEARÁ.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

MANHATTAN DO SEMI-ÁRIDO

Por Marcus Vinicius

O CANAL A CABO GNT, EXIBE AOS DOMINGOS, UM PROGRAMA CHAMADO MANHATTAN CONNECTION.
É UM PROGRAMA NO QUAL UMA BANCADA MASCULINA COMENTA NOTÍCIAS DA SEMANA DIRETAMENTE DE NEW YORK. NO TERÇO FINAL DO PROGRAMA, A BANCADA MASCULINA CONTA COM A PRESENÇA DE LÚCIA GUIMARÃES. A TV O POVO, AFILIADA DA TV CULTURA NO CEARÁ, EXIBE UMA CÓPIA DO MANHATTAN CONNECTION ÀS 22 HORAS DE DOMINGO, NO CANAL ABERTO 48 E NET 23 O PORTO MUCURIPE. O NOSSO PROGRAMA IMITA O ORIGINAL ATÉ NA CHAMADA PARA O COMERCIAL - SEMPRE UMA MÚSICA E IMAGEM DA CIDADE (LÁ NEW YORK E AQUI FORTALEZA).
NOSSA BANCADA ESTÁ COMPOSTA POR TRÊS PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS E UM ECONOMISTA.
ps - MAS, O PROGRAMA DO JÔ É UMA CÓPIA DO PROGRAMA DO DAVID LETTERMAN O TAL DO "LATE SHOW", PORTANTO...

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

CONCENTRA MAS NÃO SAI

Por Marcus Vinicius

A VERDADE É QUE O BLOCO CONCENTRA MAS NÃO SAI, CRESCEU DEMAIS, FICOU FAMOSO E ESTÁ NA PRAÇA DO FERREIRA.
NESTE PRÉ-CARNAVAL DE 2008, TIVEMOS A OPORTUNIDADE DE TER UM APOIO - DIRIA - MAIS PROFISSIONAL DE UMA PRODUTORA LOCAL QUE FARIA A FESTA DO CONCENTRA NOS MOLDES DE OUTROS "EVENTÕES" DE FORTALEZA.
OPTAMOS POR SOLICITAR O APOIO DA PRÓPRIA ORGANIZAÇÃO QUE NOS APOIOU ANO PASSADO - A AÇÃO NOVO CENTRO.
ENCAMINHAMOS O PEDIDO AO CDL(CÂMARA DE DIRETORES LOJISTAS), QUASE UM MES DEPOIS DIA 21 DE DEZEMBRO, VEIO A NEGATIVA ATRAVÉS DA DIRETORA DE MARKETING, SÍLVIA.
SÁBADO PASSADO DIA 05/01/2008 CONCENTRAMOS NA PRAÇA DO FERREIRA - COM APOIO INSTITUCIONAL DA FUNCET. CERCA DE 10.000 PESSOAS ESTIVERAM PRESENTE. PARA OS PRÓXIMOS SÁBADOS ESTAMOS BUSCANDO APOIOS. A CONDIÇÃO PARA O APOIO É: MANTER O PROJETO INICIAL DE REVITALIZAR O PRÉ-CARNAVAL, HOJE AJUDAR NA REVITALIZAÇÃO DO CENTRO DA CIDADE E MANTER O REPERTÓRIO DE MARCHINHAS E FREVOS ANTIGOS.