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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

O negócio é Concentrar _ Fortaleza Ce * Pré-Carnaval 2011

Prá curtir no pré-Carnaval de Fortaleza - aos sábados de fevereiro de 2011 na praça do Ferreira

É Hoje - pro ano iniciar bem o ano de 2011

Modern Sound - Barata Ribeiro, 502 - Copacabana - Rio


Fecha mais uma loja de discos. A Modern Sound no Rio de Janeiro. Mais precisamente na rua Barata Ribeiro, 502 - Copacabana. Em minhas andanças pelo Rio, a MS era figurinha repetida. Sempre passava por lá e sempre encontra discos que não se encontrava em outras lojas. Um diferencial da MS é que lá os vendedores entendiam e conheciam música. Portanto, era um dos poucos lugares que eu tinha a paciência de  ouvir sugestões de compra. (Pois não tenho com a grande maioria dos vendedores e o tal "posso de ajudar?" é sempre seguido de um não ou muito obrigado.)
Outro diferencial. A Modern Sound continha o Allegro Bistrô - um espaço que "Seja para um chá com "muffins", seja para um "whisky on the rocks", o Allegro Bistrô Musical é parada obrigatória para quem está em Copacabana; a qualquer hora do dia." E que oferecia música de qualidade e grátis. Abaixo a última programação:


BORIS MARQUES E FERNANDO COSTA piano solo.

Segunda a Sexta das 13h às 17h

BOSSA JAZZ TRIO: Mauro Senise (sax and flute), Paulo Russo (bass) and Alberto Chimelli (piano).

Quinta, das 17h às 21h.

GENTE FINA E OUTRAS COISAS: Ronaldo do Bandolim (shavings), Zé Carlos Bigorna (flutes and sax), Fernando Coelho (guitar), Bebeto Castilho (Eletrict Bass), Jovi Joviniano (percussion).

Quarta, das 17h às 21h.

LANÇAMENTOS / RELEASES: Ask our staff about the Show - 2548-5005

Segundas e Terças a partir das 19 H.
SAMBAJAZZ TRIO: Kiko Continentino (Piano), Luis Alves (Eletrict Bass), Clauton "Neguinho" Sales (Trumpet and drums).
Sábado, das 12h às 16h.
         
SWINGUEIRA: Zé Luis Maia (Bass), Tino Jr (sax), Fernando Merlino (piano) and Ricardo Costa (drums)
Sexta de 17h às 21h.

 No início de Dezembro estive por lá.
Foi no lançamento do disco da Áurea Martins ( http://migre.me/3kEds ).
Excelente disco, excelente show.
Presenças de Pedro Miranda, Moacyr Luz, Herminio Bello de Carvalho.

Registro do evento via celular:

















                         


quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O macaco que quis ser escritor - Augusto Monterroso (3)


O Macaco Que Quis Ser Escritor Satírico
Augusto Monterroso

Na Selva vivia uma vez um Macaco que quis ser escritor satírico.
Estudou muito, mas logo se deu conta de que para ser escritor satírico lhe faltava conhecer as pessoas e se aplicou em visitar todo mundo e ir a todos os coquetéis e observá-las com o rabo do olho enquanto estavam distraídas com o copo na mão.
Como era verdadeiramente muito gracioso e as suas piruetas ágeis divertiam os outros animais, era bem recebido em toda parte e aperfeiçoou a arte de ser ainda mais bem recebido.
Não havia quem não se encantasse com sua conversa, e quando chegava era recebido com alegria tanto pelas Macacas como pelos esposos das Macacas e pelos outros habitantes da Selva, diante dos quais, por mais contrários que fossem a ele em política internacional, nacional ou municipal, se mostrava invariavelmente compreensivo; sempre, claro, com o intuito de investigar a fundo a natureza humana e poder retratá-la em suas sátiras.
E assim chegou o momento em que entre os animais ele era o mais profundo conhecedor da natureza humana, da qual não lhe escapava nada.
Então, um dia disse vou escrever contra os ladrões, e se fixou na Gralha, e começou a escrever com entusiasmo e gozava e ria e se encarapitava de prazer nas árvores pelas coisas que lhe ocorriam a respeito da Gralha; porém de repente refletiu que entre os animais de sociedade que o recebiam havia muitas Gralhas e especialmente uma, e que iam se ver retratadas na sua sátira, por mais delicada que a escrevesse, e desistiu de fazê-lo.
Depois quis escrever sobre os oportunistas, e pôs o olho na Serpente, a qual por diferentes meios — auxiliares na verdade de sua arte adulatória — conseguia sempre conservar, ou substituir, por melhores, os cargos que ocupava; mas várias Serpentes amigas suas, e especialmente uma, se sentiriam aludidas, e desistiu de fazê-lo.
Depois resolveu satirizar os trabalhadores compulsivos e se deteve na Abelha, que trabalhava estupidamente sem saber para que nem para quem; porém com medo de que suas amigas dessa espécie, e especialmente uma, se ofendessem, terminou comparando-a favoravelmente com a Cigarra, que egoísta não fazia mais do que cantar bancando a poeta, e desistiu de fazê-lo.
Finalmente elaborou uma lista completa das debilidades e defeitos humanos e não encontrou contra quem dirigir suas baterias, pois tudo estava nos amigos que sentavam à sua mesa e nele próprio.
Nesse momento renunciou a ser escritor satírico e começou a se inclinar pela Mística e pelo Amor e coisas assim; porém a partir daí, e já se sabe como são as pessoas, todos disseram que ele tinha ficado maluco e já não o recebiam tão bem nem com tanto prazer.

“no dia em que acabar o botequim, também se acaba o casamento!”

Exclusivo para o DIUMTUDO.

Wine Economics? 

Pois é, para provar que os economistas não fazem só coisa chata apareceu um campo de pesquisa inteirinho consagrado ao vinho e seus parentes etílicos, com direito a periódico científico, congressos acadêmicos e tudo o mais. 

E na última edição do principal encontro da área uma dupla de pesquisadores belgas apresentou um trabalho ao mesmo tempo polêmico e capaz de despertar o interesse de quase todo mundo.

Mara Squicciarini e Jo Swinnen (uma mulher e um homem, pra evitar confusão) foram pioneiros em mostrar que existe um forte relacionamento entre o consumo de álcool e a propensão das pessoas à monogamia.

E se você pensa que não vai aí nenhuma novidade, a julgar por aquele seu tio constrangedor que fica todo assanhado depois da terceira dose, pense de novo porque o caso é bem ao contrário.

Os belgas revelam que nas sociedades monogâmicas bebe-se muito MAIS do que nas poligâmicas, nas quais frequentemente predomina a abstinência (pense nos muçulmanos e mórmons)! 

Neste ponto, vale abrir um parêntese: o termo “poligamia” se aplica quando tanto homens quanto mulheres podem se relacionar com múltiplos parceiros, mas os autores só encontraram em sua pesquisa histórica casos (e muitos deles) de “poliginia”, quando o homem pode desposar várias mulheres, mas não o contrário. 

O vice-versa seria a “poliandria”, que nunca esteve na moda – fica aí a ideia...


O estudo é organizado em duas frentes. Na primeira, Mara e Jo compilam dados coletados por antropólogos e historiadores sobre dezenas de sociedades espalhadas pelos quatro cantos da terra. Estes dados têm duas características principais: referem-se ao período anterior à chegada dos europeus às Américas e envolvem sociedades que entre si tinham pouco ou nenhum contato, para evitar poluições nas análises. 

Entre elas, aliás, estão os brasileiríssimos Tupinambás. 

Depois, usando uma porção de estatística, eles cruzam as informações sobre consumo de bebidas alcoólicas e sobre o comportamento sexual dos vários povos. O resultado é bem claro: quanto maior a bebedeira, mais estes povos se aproximavam da pura monogamia.

E quanto mais sóbrios, mais propensos eles eram à prática da poliginia. 

Na segunda frente, os economistas fazem uma análise historiográfica para mostrar que o crescimento do consumo de bebidas e o declínio da poliginia no mundo caminharam juntinhos. E pra quem acha que os homens estão cada vez mais safados, pode ser útil a informação de que a poliginia, seja formal ou como prática socialmente aceita, só saiu de moda depois da Revolução Industrial, por coincidência na mesma época em que os botequins se popularizaram mundo afora como nunca antes.

Isso quer dizer que a bebida ajuda as pessoas a serem monogâmicas – ou que a monogamia estimula as pessoas a ficarem bêbadas? Claro que não, bradaria um acadêmico chato (inclusive exaltado se já tivesse sorvido um Casillero del Diablo)!

Qualquer alfabetizado científico sabe que correlação e causalidade são coisas mui diferentes e por isso os pesquisadores não ousaram atribuir uma interpretação de causa-e-efeito aos resultados reportados. 

Na verdade, ninguém sabe – ainda – as razões por trás desta curiosa correlação, mas as hipóteses levantadas no paper são várias, principalmente baseadas nas características sócio-econômicas das comunidades. Por exemplo, é possível que nas sociedades mais pobres e primitivas as pessoas sejam mais propensas a beber para esquecer suas mazelas e ao mesmo tempo os homens precisam se conformar à monogamia porque não poderiam manter famílias muito grandes.

Sabe-se lá, mas é certo que a estória pode ser bem diferente. Que o diga meu infame companheiro de botequim conhecido como S. Bocão – suposto primo do famoso J. Canalha, ícone dos botequins cariocas. 

Sem dar a mínima para convenções e pudores científicos (ou de qualquer outro tipo), Bocão levantou a lebre: “é a monogamia que causa a bebedeira, afinal, só resta ao marido afogar as mágoas!”. Descarado, ainda arrematou: “no dia em que acabar o botequim, também se acaba o casamento!”. Por via das dúvidas, que tal dar uma colher de chá para @ companheir@ quando el@ suplicar “deixa mais uma meia horinha, só para a saideira”?

Carlinhos K. Cimba*

* pseudônimo de um estudioso do assunto que aqui e acolá toma umas biritas.

O original do trabalho no seguinte endereço: http://www.wine-economics.org/workingpapers/AAWE_WP75.pdf

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Festa de Sambistas e Chorões no Bar do Arlindo - 25/12/2010


A festa dos sambistas e chorões, organizada pelo Felipe Araújo bombou. O bar do Arlindo lotado, virou uma sauna. Mas, a música e a cerveja nos fazia esquecer o calor. Só que, faltou cerveja antes das 17 horas. A festa rolou até as 19 horas. Uma festa pra academia nenhuma botar defeito, até porque José Sabadia esteve presente e deu um show a parte.
















domingo, 26 de dezembro de 2010

Poster - propaganda soviética

Não

Poster de propaganda soviética. O não, seria ao licor Cointreau por ser francês, à cachaça, por ser brasileira?.
Ou seria ao Álcool? 
O poster acima pode ser vistto no seguinte endereço: http://historica.me/profiles/blogs/50-posters-sovieticos?xg_source=shorten_twitter

Gilmar Mendes e o grampo


26 de dezembro de 2010

A Falsa comunicação de crime feita por Gilmar Mendes encerra 2010


ministro Gilmar Mendes.
ministro Gilmar Mendes.
–1. Todos lembram da indignação do ministro Gilmar Mendes no papel de vítima de ilegal escuta telefônica,  que tinha como pano de fundo a Operação Satiagraha.
Gilmar Mendes parecia possuído da ira de Cristo quando expulsou os  vendilhões do templo.
A fundamental diferença é que a ira de Mendes não tinha nada de santa.
Ao contrário,  estava sustentada numa farsa. Ou melhor, num grampo que não houve, conforme acaba de concluir a Polícia Federal, em longa e apurada investigação.
–2. À época e levianamente ( o ministro fez afirmações sem estar na posse da prova materialidade, isto é,  da existência do grampo),  Mendes sustentou, –do alto do cargo de presidente do Supremo Tribunal Federal–, ter sido “grampeada” uma conversa sua com o senador Demóstenes Torres.
Mais ainda, o ministro Mendes e o senador da República, procurados  revista Veja confirmaram  o teor da conversa telefônica, ou melhor, aquilo fora tratado e que só os dois pensavam saber.
–3. Numa prova de fraqueza e posto de lado o sentimento de Justiça, o presidente Lula acalmou o ministro e presidente Gilmar Mendes. Ofertou-lhe e foi aceita a pedida cabeça do honrado delegado Paulo Lacerda, então diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abim).
Em outras palavras e para usar uma expressão popular, o competente e correto delegado Paulo Lacerda acabou jogado ao mar por Lula. E restou “exilado”, –pelos bons serviços quando esteve à frente da Polícia Federal (primeiro mandato de Lula)–,  na embaixada do Brasil em Lisboa. Pelo que me contou o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, o delegado Lacerda, no momento,  está no Brasil. Apenas para o Natal e passagem de ano com a família.
Conforme sustentado à época, — e Lula acreditou apesar da negativa de Paulo Lacerda–, a gravação da conversa foi feita por agente não identificado da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). E o ministro Nelson Jobim emprestou triste colaboração no episódio, a reforçar a tese de interceptação e gravação. Mendes e Jobim exigiram a demissão de Paulo Lacerda.
“Vivemos num estado policialesco”, repetiu o ministro Gilmar Mendes  milhares de vezes e dizendo-se preocupado com o desrespeito aos pilares constitucionais de sustentação ao Estado de Direito.
O banqueiro Daniel Dantas, por seus defensores, aproveitou o “clima” e, como Gilmar e o senador Torres, vestiu panos de vítima de abusos e perseguições ilegais, com a participação da Abin em apoio às investigações do delegado Protógenes Queiroz.
Parênteses : Dantas é um homem muito sensível. Está a processar e exigir indenização pecuniária do portal Terra por “ironias” violadoras do seu patrimônio ético-moral. Lógico,  todas ironias  escritas por mim (Walter Fanganiello Maierovitch) e neste blog Sem Fronteiras.
–4. O grampo sem áudio serviu de pretexto para o estardalhaço protagonizado pelo ministro Gilmar Mendes.
Um estardalhaço sem causa, pois, para a Polícia Federal, nunca houve o grampo descrito nas acusações de Mendes e em face de matéria publicada revista Veja. A revista, até agora, não apresentou o áudio, que é a prova da existência material do crime de interceptação ilegal.
Gilmar Mendes, –com a precipitação e por cobrar providências–, esqueceu o disposto no artigo 340 do Código Penal Brasileiro, em dispositivo que é também contemplado no Código Penal da Alemanha, onde Mendes se especializou:
–art.340: “ Provocar a ação da autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou contravenção que sabe não se ter verificado”.
Trata-se de crime previsto em capítulo do Código Penal com a seguinte rubrica “ Dos Crimes Contra a Administração da Justiça”.
Com efeito. Uma pergunta que não quer calar: será que um magistrado pode provocar a ação da autoridade sem prova mínima da existência de um crime ?  Cadê o áudio que foi dado como existente ?
A conclusão do inquérito policial será encaminhada ao ministério Público, que deverá analisar a conduta de Mendes, à luz do artigo 340 do Código Penal.
Sua precipitação, dolosa ou culposa, não será apreciada pelo Conselho Nacional de Justiça, dado como órgão corregedor e fiscalizador da Magistratura.
Nenhum ministro do STF está sujeito ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Como se nota um órgão capenga no que toca a ser considerado como de controle externo da Magistratura (menos o STF).
Viva o Brasil.
– Walter Fanganiello Maierovitch–

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Letuce, André Dahmer - Ninguém Muda Ninguém

Formado pelo casal Leticia Novaes e Lucas Vasconcellos, o Letuce faz música norteada pelo amor. Entre as influências da dupla, estão gêneros e movimentos distintos como tropicália, pop e punk rock.

Ninguém Muda Ninguém
(André Dahmer)
eu que tentei tanto
te mudar
mas
ninguém muda ninguém
ter você
e quebrar você
te colar
consertar você
mas
ninguém cola ninguém
ser você
aceitar você
dizer sim
encontrar você

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O Coelho e o Leão - Augusto Monterroso (2)


O Coelho e o Leão
Augusto Monterroso

Um célebre psicanalista encontrou-se certo dia no meio da selva, semiperdido.

Com a força que dão o instinto e o desejo de investigação, conseguiu facilmente subir numa árvore altíssima, da qual pôde observar à vontade não apenas o lento pôr-do-sol mas também a vida e os costumes de alguns animais, que comparou algumas vezes com os dos humanos.

Ao cair da tarde viu aparecer, por um lado, o Coelho; por outro, o Leão.

A princípio não aconteceu nada digno de mencionar, mas pouco depois ambos os animais sentiram as respectivas presenças e, quando toparam um com o outro, cada qual reagiu como desde que o homem é homem.

O Leão estremeceu a selva com seus rugidos, sacudiu majestosamente a juba como era seu costume e feriu o ar com suas garras enormes; por seu lado, o Coelho respirou com mais rapidez, olhou um instante nos olhos do Leão, deu meia-volta e se afastou correndo.

De volta à cidade, o célebre Psicanalista publicou cum laude seu famoso tratado em que demonstra que o Leão é o animal mais infantil e covarde da Selva, e o Coelho, o mais valente e maduro: o Leão ruge e faz gestos e ameaça o universo movido pelo medo; o Coelho percebe isso, conhece sua própria força, e se retira antes de perder a paciência e acabar com aquele ser extravagante e fora de si, a quem ele compreende e que afinal não lhe fez nada.

Anjo da Velha Guarda - Moacyr Luz



Anjo da velha guarda

(Moacyr Luz e Aldir Blanc)
O terno branco parece prata
E a fita em meu peito diz que eu sou
Daqueles que vão pra Maracangalha
Rever Anália
Eu vou
No vento que leva o chapéu de palha
Também sou de fibra e pau-brasil
O samba é tudo que eu sei
E Momo é o único rei que amei
Sou a sétima corda e passo devagarinho
Com Rodouro no coração
Meu nome em letras de ouro
É parte do tesouro de qualquer agremiação
De cuíca eu manjo
Também vou de banjo
Fiz das avenidas meu salão...
Fidalguia esbanjo
E danço com meu anjo
Eu sou da velha guarda, meu irmão!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Roberto Ribeiro - Estrela de Madureira

Grande sucesso do Roberto Ribeiro. Grande samba. 




Estrela de Madureira
Composição: Acyr Pimentel e Cardoso

Brilhando
Num imenso cenário
Num turbilhão de luz, de luz
Surge a imagem daquela
Que o meu samba traduz
Ah...
Estrela vai brilhando
Mil paetês salpicando
O chão de poesia
A vedete principal
Do subúrbio da central foi a pioneira

E...
Um trem de luxo parte
Para exaltar a sua arte
Que encantou Madureira
Mesmo com o palco apagado
Apoteóse é o infinito
Continua estrela
Brilhando no céu

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A OVELHA NEGRA E OUTRAS FÁBULAS



A Ovelha Negra

"Em um país distante existiu faz muitos anos uma Ovelha Negra.
Foi fuzilada.
Um século depois, o rebanho arrependido lhe levantou uma estátua eqüestre que ficou muito bem no parque.
Assim, sucessivamente, cada vez que apareciam ovelhas negras eram rapidamente passadas pelas armas para que as futuras gerações de ovelhas comuns e vulgares pudessem se exercitar também na escultura."

Esta e outras fábulas fazem parte do livro de Augusto Monterroso (escritor Guatemalteco) editado em 1983, pela Ed. Record e esgotado. A tradução é do Millôr e as ilustrações do Jaguar.
Merece uma reedição. Enquanto não sai irei publicando as fábulas.


Discos em 2010 - 10 +2

Pra começar a conversa acessem ao blog Talabarte e vejam dez discos que fizeram a diferença: http://talabarte.blogspot.com/2010/12/2010-dez-discos-que-fizeram-diferenca.html

Muito boas as indicações.

Isto posto, vou mostrar dois discos muito bons lançados em 2010. 
  • O primeiro é de uma cantora com 50 anos de carreira: ÁUREA MARTINS.





O texto abaixo é de Aldir Blanc, no disco "Áurea Martins - depontacabeça", gravadora Biscoito Fino.

"Em qualquer país que preze sua cultura, Áurea Martins seria incensada. No Brasil, terra de indigência e cascatas culturais, Áurea Martins não aparece nas rádios nem na televisão. É como se privássemos o povo brasileiro de beber em fonte límpida. 
Cantar é, já disse e repito, o Maior Espetáculo da Alma. 
E nossa própria alma nunca se redimirá sem a voz sagrada de Áurea. 
Ela faz parte, e talvez seja a última representante, de uma tradição inesgotavelmente rica, e é também pedagógica, porque uma porção de gente que se acha cantora tem muito o que aprender com a Áurea Martins. 
É incrível que uma artista assim diamantífera, única, jóia da Coroa de Ouro formada por cantoras como Ângela Maria, as Irmãs Baptistas, Dalva de Oliveira, Elizeth Cardoso, Elis Regina, Aracy de Almeida, Clementina de Jesus, permaneça no ostracismo cruel. Áurea Martins é o elo vivo de uma história, de uma Legenda Cultural nossa - Uma Legenda Áurea! "

Faixa 1 -  ME DIZ, Ò DEUS
Autores:
Moacyr Luz e Hermínio Bello de Carvalho
Faixa 2 - JUDIARIAS
Autores:
Vital Lima e Hermínio Bello de Carvalho
Faixa 3 - SETE DIAS
Autores:
Moacyr Luz e Hermínio Bello de Carvalho
Faixa 4 - ACHO QUE É VOCÊ
Autores:
Paulo Valdez e Hermínio Bello de Carvalho
Faixa 5 -  BOLA NO BOLA
Autores:
Vidal Assis e Hermínio Bello de Carvalho
Faixa 6 - ISSO É QUE É VIVER
Autores:
Pixinguinha e Hermínio Bello de Carvalho
Faixa 7 - ERA O FIM
Autores:
Fernando Temporão e Hermínio Bello de Carvalho
Faixa 8 - QUANDO O AMOR ACABA /SÓ O AMOR CONSTRÓI
Autores:
Moacyr Luz e Hermínio de Bello Carvalho
Faixa 9 - ZOEIRA
Autores:
Moacyr Luz e Hermínio de Bello Carvalho
Faixa 10 - COBRAS E LAGARTOS
Autores:
Sueli Costa e Hermínio Bello de Carvalho
Faixa 11 -  DESAPREÇO
Autores:
Cláudio Jorge e Hermínio Bello de Carvalho
Faixa 12 -  VIA CRUÇIS
Autores:
Vidal Assis, Lucas Porto e Hermínio Bello de Carvalho
Faixa 13 -  PENÚLTIMO DESEJO
Autores:
Vidal Assis e Hermínio de Bello Carvalho
Faixa 14 - PRESSENTIMENTO / MAS QUEM DISSE QUE EU TE ESQUEÇO
Autores:
Elton Medeiros e Hermínio Bello de Carvalho / Ivone Lara e Hermínio Bello de Carvalho


  • O segundo é "Peso é Peso - TUCO & BATALHÃO DE SAMBISTAS - ao vivo". Independente,  distribuído por Tratore e com participações especialíssimas de Cristina Buarque, Monarco e Nélson Sargento.


Fragmentos do texto de Marília Trindade Barboza, biógrafa de Paulo da Portela, Cartola e Silas de Oliveira, sobre o Cd do TUCO.

"... Á exceção de Paulo (da Portela), por volta de 1977 conheci praticamente todos e, sempre que um ia embora, nosso universo ficava mais pobre. Por isso, com o passar dos anos, cada vez ficava mais difícil ouvir o som da Velha Guarda da Portela, apesar do talento e dos esforços do incansável Monarco."...

"... Até que o povo lá de cima resolveu, pelas mãos de Cristina Buarque (benza Deus, guerreira!) mandar o Tuco (nome "de guerra" de Fernando Pellegrino Rodrigues Luzirão), para que o som puro, límpido e verdadeiro das velhas guardas do samba permanecesse na terra, perto de nós. Os mestres se foram, mas Tuco preserva com luxos de ouriversaria, a obra deles e das velhas guardas. Porque o samba de terreiro, de ritmo cadenciado, praticamente foi-se perdendo no tempo, desde o instante em que virou samba de quadra e, depois, MPB."...

...."Sinceramente, o que o meu querido Tuco está fazendo é reeditar, 40 anos depois, um CD tão importante como o já citado "Portela Passado de Glória". Com um repertório muito mais parecido ao que Paulo da Portela escolheria, acho eu. Explico: o nosso mestre Tinhorão sempre comparou assim Cartola e Paulo:
"-Cartola é o Cartola DA MANGUEIRA."
- Paulo da Portela é o Paulo DE TODAS AS ESCOLAS."
"A diferença esta na diversidade!"


Faixa 1 - Meu Batalhão
autor: Francisco Alves, Ismael Silva, Nilton Bastos 
Faixa 2 - Na Floresta
autor: Cartola, Sílvio Caldas
Faixa 3 - Não há de que
autor: Alberto Ribeiro, Bide
Faixa 4 - Amor a Deus
autor: Guilherme de Brito, Nélson Cavaquinho
 Faixa 5 - Gozei dos teus Carinhos /Mandei Recados / Já esqueci de ti
autor: Alberto Lonato, Lincoln da Portela, Chico Santana
Faixa 6 - Não se deve contar Glórias
autor: Paulo da Portela
 Faixa 7 - Desesperado
autor: Chatim
Faixa 8 - Mesmo Sangue na Veia
autor: Nélson Sargento
Faixa 9 - Vai como pode / Ai vem a Primavera
autor: Paulo da Portela
Faixa 10 - Velha Portela
autor: Monarco
Faixa 11 - Quem eu Deixar não quero mais
autor: Mano Edgar do Estácio
Faixa 12 - Fica de lá
autor: Alvarenga
Faixa 13 - Meu Criador / Ela Jurou / Raiz Venenosa
autor: Manacéa, Mijinha, Monarco, Aniceto 
Faixa 14 - Luz da Minha Vida
autor: Silas de Oliveira
 Faixa 15 - Ironia
autor: Francisco Alves, Ismael Silva, Nilton Bastos
 Faixa 16 - Secretário da Escola
autor: Monarco, Picolino da Portela

Faixa 17 - Peso é Peso / Quem Vem Lá / O Branco é Paz, o Verde é Esperança
autor: Caetano, Licurgo Batista, Zé Ramos, Antenor Bexiga
Faixa 18 - Ri melhor quem ri no fim
autor: Noel Rosa de Oliveira, José Ernesto Aguiar, Raimundo

Os Buarque de Holanda em 2010


Se eu soubesse, pudesse e se meu dinheiro desse, escreveria a história de Dona  Maria Amélia Cesário Alvim Buarque de Hollanda. Ninguém é esposa, mãe, sogra, avó, bisavó de um monte de gente famosa impunemente. Mas, Dona Amélia, como todos(as) nós não se resume ao aspecto reprodutivo e familiar. Existe a Amélia protagonista, a pintora, a pianista. E tem mais. Nada de Morais, Castro ou Lira para a empreitada.
E, já tenho até um nome para o livro "A Imperatriz dos Buarque".
Dona Maria Amélia faleceu aos 4 de maio de 2010 aos 100 anos de idade.


O Chico Buarque foi o vencedor do  8º Prêmio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa. Recebeu também o Prêmio Jabuti 2010 de melhor livro de ficção do ano por "Leite derramado". o mais prestigiado prêmio literário do Brasil. Uns "naldos" andaram esperneando, pura inveja. Valeu Chico.



Outra Buarque de Holanda, Ana, acaba de ser nomeada por Dilma Rousseff, para o Ministério da Cultura. Cantora, Compositora, atriz, militante política, foi diretora do Centro de Música da Funarte (Fundação Nacional de Artes), sendo responsável pela retomada de projetos como a Bienal de Música Contemporânea e o Projeto Pixinguinha.

Ana de Holanda por Alex Solnik
"Qualidades não lhe faltam. É profundamente ética. Jamais, mas jamais mesmo usou o nome do irmão para qualquer coisa. Jamais. Aliás, uma das grandes injustiças que já vejo em alguns sites é chamá-la de "irmã de Chico Buarque". Claro que ela é irmã, mas é sobretudo uma pessoa com ideias próprias, muito culta, honesta sob todos os pontos de vista, ideologicamente definida, profunda amante da cultura brasileira, e tem mais: dona de um sorriso que certamente vai abalar Brasilia."

Outra Buarque. Esta é Cristina. Merece um estudo aprofundado sobre sua contribuição ao samba, seja como cantora, pesquisadora ou como "bauzeira" da pesada como agradece Tuco no encarte do seu CD. Cristina em 2010, se não foi a responsável, foi a "anima" de dois excelentes discos em 2010. O "Terreiro Grande & Cristina Buarque cantam Candeia" e "Tuco & Batalhão de Sambistas - ao vivo".

Isso em 2010, pois se fosse falar dos discos com Banda Glória, Cristina e Henrique Cazes, com a música de Wilson Batista, Mauro Duarte, Terreiro Grande.....íamos longe.

E, não sei se por opção religiosa, não se diz madrinha de ninguém. Esta lá no seu cantinho, mexendo na panela, servindo o pessoal, na cozinha. Agora arrebenta quando vem pra sala e se torna mestra.
Na sua última visita à Fortaleza, trazida pelo Felipe Araújo, Cristina fez um show memorável





Soneto de Natal por Machado de Assis

Soneto de Natal

Um homem, - era aquela noite amiga,
Noite cristã, berço no Nazareno, -
Ao relembrar os dias de pequeno,
E a viva dança, e a lépida cantiga,

Quis transportar ao verso doce e ameno
As sensações da sua idade antiga,
Naquela mesma velha noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno.

Escolheu o soneto... A folha branca
Pede-lhe a inspiração; mas, frouxa e manca,
A pena não acode ao gesto seu.

E, em vão lutando contra o metro adverso,
Só lhe saiu este pequeno verso:
"Mudaria o Natal ou mudei eu?"

Machado de Assis

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A solidão do Imperador por Marcus Vinicius


Texto de novembro de 2002, a respeito da eleição do senador Tasso Jereissati
x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x

A solidão do Imperador


A solidão é a percepção de estar isolado de outras
pessoas, da inexistência de um vínculo. Parece ser uma
falta de ligação e, por conseguinte, uma falta de limites.
Mas pode ser tão dolorosa que as pessoas se comprometem
as cegas com um casamento, um emprego ou uma
comunidade, embora descubram que, em meio às
demais, continuam sozinhas.”
Richard Sennett



Eram três os coronéis. Vieram de um tempo de UDN e PSD. Com o golpe militar os três ficaram na ARENA, um dos dois partidos consentidos pela ditadura. Trocavam entre si a governança do Ceará, não sei se por rodízio ou por sorteio. O fato é que, entrava um saia outro e até um dos filhos fora nomeado prefeito de Fortaleza.

1982. Eleições para governador do Estado. O último dos coronéis governador elege um “técnico” chamado Gonzaga, mas conhecido por Totó. Num belo dia de 1985, Fortaleza elege Maria, prefeita pelo PT. (Nestas últimas eleições, esta Maria defendeu o voto nulo.)

Em 1986, novas eleições para governador. O afilhado do último coronel esquece o padrinho e lança candidato, um jovem integrante de um grupo de empresários ditos modernos, filhos de empresários ditos atrasados. Freud explica.

A eleição teve como mote à derrota dos coronéis. À época o jovem empresário aglutinou em torno de sua candidatura uma imensidão de apoios. aliança passava por intelectuais, esquerdistas, trabalhistas, socialistas e profissionais, ditos liberais. Enfim quase todo mundo.

O PT ficou de fora. Saiu com um padre candidato, era o “governador do povo”. (Hoje esse ex-candidato é pároco na igreja em que o candidato vitorioso ao governo do Estado faz seus atos de contrição).

O jovem empresário foi eleito governador com os votos de Fortaleza e dos grandes municípios do Ceará. Restaram ao PT poucos votos e os chamados “grotões” votaram com um coronel que afirmava: “Eu vou voltar”. (Nesta eleição esse coronel apoiou o maduro empresário ao senado e seu candidato a governador).

Em 1986, inicia-se a era cambeba. Lá se foram 16 anos, 12 dos quais com o jovem/maduro empresário. Tempos de “modernização do estado”, privatizações.

Enfim chegamos a 2002. O maduro empresário se elege senador e seu candidato a governador se elege no segundo turno com 50,04% dos votos.

No calor da hora, finda as apurações, o maduro empresário declara ao Jornal O Povo: “Derrotamos o radicalismo xiita do PT. Derrotamos o fisiologismo atrasado e imoral de Sérgio Machado. Derrotamos o poder econômico (sic) corruptor de Eunício. Derrotamos o projeto de facismo do embuste de Moroni.” Oh! Tempus! Oh! Modus.

Ao invés da declaração ao jornal, o eleito, deveria estar refletindo:
  • Como falar de fisiologismo, de poder econômico e facismo? 
  • Eles fizeram parte do meu projeto, eu convivi com eles.
  • E antes deles os socialistas, comunistas, intelectuais, trabalhistas?
  • Onde estarão eles hoje?
  • Por que agora ao concorrer para o senado, perdi em Fortaleza, para o candidatodo PT?
  • Por que quase perco para a minha afilhada do PPS?
  • Por que derrotei os coronéis e hoje o Coronel e os filhos dos coronéis me apoiam?
C'est la vie.

A partir de 2003, o empresário estará no Senado, estreando no parlamento. Terá de votar, apresentar projetos de lei, fazer pronunciamentos, marcar presença, fazer articulações, negociações, ir e vir a Brasília, enfim, ouvir, falar e o que é pior com a TV Senado no ar, para o bem e para o mal. Será um entre 81 senadores e senadoras.
Triste fim para quem imperou durante 16 anos.

Fortaleza, 2002

Figuram no elenco: Tasso Jereissati, Virgílio Távora, Adauto Bezerra, César Cals, Gonzaga Mota, Padre Haroldo, Lucio Alcântara, Patricia Gomes, Mário Mamede, Maria Luiza, Eunício Oliveira, Sérgio Machado, Moroni Torgan, 


Manuel de Barros - 19 de dezembro de 1916

Fomos rever o poste.
O mesmo poste de quando a gente brincava de pique
e de esconder.
Agora ele estava tão verdinho!
O corpo recoberto de limo e borboletas.
Eu quis filmar o abandono do poste.
O seu estar parado.
O seu não ter voz.
O seu não ter sequer mãos para se pronunciar com
as mãos.
Penso que a natureza o adotara em árvore.
Porque eu bem cheguei de ouvir arrulos de passarinhos
que um dia teriam cantado entre as suas folhas.
Tentei transcrever para flauta a ternura dos arrulos.
Mas o mato era mudo.
Agora o poste se inclina para o chão — como alguém
que procurasse o chão para repouso.
Tivemos saudades de nós.
 

Samba do Trabalhador

domingo, 19 de dezembro de 2010

Concentra mas não sai em cordel



O Concentra, mas não sai
Com garra e simplicidade
Resgata o carnaval
Histórico de qualidade
Uma festa popular
Que tem legitimidade.

O carnaval é uma festa
Que alegra e que agita;
Pessoas de toda idade
Fazem uma festa bonita
Um momento inesquecível
Pra quem gosta e acredita.

O Concentra é uma eterna
Grande confraternização
Onde quem quiser brincar
Na boa, sem confusão
Veste a camisa do bloco
Garantindo a diversão.

Tem 6 anos de existência
O Concentra, mas não sai
Um bloco heterogêneo
Que todo sábado vai
Animar os foliões
Que bebe, mas ninguém cai.

Do Papicu para o Centro
Fazendo o pré-carnaval
O Concentra, mas não sai
Um bloco original
Resgata frevo e marchinha
Ritmo tradicional.

O carnaval do Concentra
Arrebata multidões
O Bloco cresceu e foi
Pro mercado dos peões
E este ano na praça
Concentra mais foliões.

Pois como a praça é do povo
Lá na Praça do Ferreira
O Concentra, mas não sai
Chega sem dizer besteira
O carnaval popular
Que tem eira e que tem beira.

As pessoas se concentram
Bebendo com alegria
Brincam, dançam, se divertem
Com graça e com maestria
Mas, ninguém sai para a rua
E nem perde a harmonia.

Este Bloco tem história
O sucesso é conhecido
Em todo pré-carnaval
O Concentra é mais querido
Quem quiser se divertir
Tem espaço garantido.

A FUNCET dá apoio
Porque sabe que é viável
Uma festa popular,
Um desfile responsável
Com Bloco e maracatu
Fazendo para eu e tu
Um carnaval sustentável.

Cordel de Rogaciano Oliveira - Fevereiro de 2006