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terça-feira, 28 de outubro de 2014

Bons dias, brasileiros

Por Iana Soares

Nesta segunda-feira amanhecemos sem presidente. Ontem tivemos um dia frenético, como bem sabem. Tomamos café da manhã com mil adesivos na camiseta, almoçamos segurando garfo, faca e bandeira. Votamos. Gritamos entre vermelhos e azuis, postamos nas redes sociais e tentamos, até o último minuto, convencer vizinhos e parentes distantes a votarem no nosso candidato. Tudo em vão. Quem imaginaria esse desfecho? Um país com mais de 200 milhões de habitantes subitamente sem presidente.

Não houve qualquer explicação. Os candidatos sumiram e deixaram para nós uma missão intitulada “futuro do País”, pregada na testa de cada brasileiro que, assustado, correu para lavar o rosto logo cedo, incrédulo e inseguro. Não desgruda, pois é feita com material eterno e dura mais do que batom 24 horas. Alguns souberam da notícia pela televisão ou ao ler este breve artigo. O que importa é que já não se sustentam os insultos proferidos e o ódio destilado para defender e acusar um ou outro. Os que se abstiveram e por um segundo pensaram na frase “eu não gosto de política” já não podem brincar de Pôncio Pilatos.

Agora, com um destino tão certeiro, cada ex-eleitor compreenderá que é parte de um tecido social e que suas ações individuais impactam de forma certeira na vida coletiva. Estranho escrever o óbvio. Os formadores de opinião de última hora perceberão que não era só coisa de Facebook ou clima de clássico-rei, mas que os milagres imaginados poderão ser colocados em prática. Ou não, pois haverão embates. A democracia é território de conflito.

Como já havia antecipado, escrevo de Barcelona, na Espanha. Com um fuso horário de 4 horas, fui dormir sem presidente. Em espanhol, a forma de saudar as pessoas logo cedo é com um “buenos días”. Não se deseja apenas um único e solitário bom dia, tão caducável. Através da expressão, o interlocutor nos presenteia com um desejo plural. É como ganhar um buquê de flores coloridas que não murcham.

Que venham dias com mais bicicletas e menos carros importados. Mais reforma agrária e menos latifúndio. Mais terras indígenas homologadas e nenhum trabalho escravo. Mais árvores e ninguém apavorado. Mais solidariedade e amor ao próximo nos bons dias que virão.

DILMA ROUSSEFF - CORAÇÃO VALENTE - Parte 2

Por Marcus Vinicius


terça-feira, 21 de outubro de 2014

A História de Lily Braun

Via Aldir Brasil



Artistas: Grupo PianOrquestra e Teresa Cristina
Música: A História de Lily Braun (Chico Buarque e Edu Lobo)

Aqui o DVD - http://claudiodauelsberg.com.br/loja/

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Carioca 1954 - Nina Becker

Por Marcus Vinicius

Para Vólia Barreira, Mateus Perdigão, Bruno Perdigão, Rogério Ribeiro, Roberto Bezerra Leite e Eva Caldas. E a todos(as) curtem o Rio de Janeiro e a noite...

Belo CD - Duo de Lívia Nestrovsky e Fred Ferreira

Por Marcus Vinicius

Em casa e no carro - ouvindo direto.Muito bom.


Eu também dou palpite (I)

Por Marcus Vinicius

No Facebook antes das eleições do primeiro turno nas eleições 2014. Agora no blog.

Da série - Eu também dou palpite...

Estamos todos(as) no mesmo barco eleitoral. Todos(as) não.
Tem o pessoal da Crítica Radical e os anarquistas que não participam do jogo.
São três mulheres e oito homens que disputam à presidência da República.
Da esquerda à direita. De partidos marxistas-leninistas aos de direita.

Todos, nas eleições, com suas táticas e estratégias eleitorais, portanto, buscando eleitores para suas propostas. São santinhos, jantares, programa de TV e as redes sociais....e o corpo a corpo.

Mas, nós eleitores(as) somos bichos esquisitos. Incomodamos alguns pois não damos importância às “verdades” e somos muitas vezes acusados de vender votos ou acreditar nas pesquisas e por isso votamos nestes bem pontuados.

Pior, escolhemos nossos(as) candidatos(as) e depois buscamos justificativas.

É o que vou fazer. (não sei pra quê... mas publicarei no “face” e assim posso ter ou não curtições),

Comecemos pelos deputados.

Nestes eu voto nem que ele e ela não queiram. Sem justificativas. Mas vou lembrar que eles têm origem em grupo que estava muito acima da média do ponto de vista intelectual e político. Meu Utópico concreto (by Ernst Bloch) e minha Marxista esotérica.

Renato Roseno – 50500
Luizziane Lins - 1313

Para o Senado – votarei em Branco, sem pestanejar.

Para Governador - Camilo 13.

Agora lascou, vou ter que justificar. Sem culpa ou remorso. Nunca votei em Cid Gomes e olha que houve um tempo que muita gente boa votou. Na primeira eleição do Cid, fiz campanha, fotos e votei pro Renato Roseno, na segunda, votei na Soraia. Portanto...
E, Cid não é o candidato. Logo o discurso do “ele é Gomes” e etc não me abala. É o melhor dos candidatos.

Para Presidenta – DILMA 13

Sem muita justificativa. É disparada a melhor candidata. Até porque é inconsequente o discurso vazio de que Dilma é igual a Marina e ao Aécio.

Alaide Costa e Hermínio Bello de Carvalho

Por Marcus Vinicius

Disco definitivo de Alaide Costa e Hermínio Bello de Carvalho - de 1982

Capa do LP - 1982




















Capa do relançamento em CD

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Lembrei - 4 Cabeça

Por Marcus Vinicius

4 Cabeça -Grupo formado por Luis Carlinhos, Gabriel Moura, Maurício Baia e Rogê, quatro cantores, compositores e violonistas que desenvolvem também carreiras individuais.

Lembrei (Maurício Baia e Gabriel Moura)



Lembrei (4 Cabeça)

Lembrei de me esquecer a tempo
Perdi meus maiores achados
Odiei por amor
Utilizei coisas inúteis
Paguei caro por prazeres baratos

Eu desafiei a lâmina afiada
Enterrei um sapo no terreiro
Quis não ter querer
Tentei não cair em tentação
Mas livrei-me dos livros
Pois eles não me livraram.

Brasis - 4 cabeça

Por Marcus Vinicius

4 Cabeça -Grupo formado por Luis Carlinhos, Gabriel Moura, Maurício Baia e Rogê, quatro cantores, compositores e violonistas que desenvolvem também carreiras individuais.



Brasis (4 cabeças)

Tem um Brasil
Que é próspero
Outro não muda
Um Brasil que investe
Outro que suga
Um de sunga
Outro de gravata
Tem um que faz amor
E tem um outro que mata

Brasil do ouro
Brasil da prata
Brasil do balacoxê
da mulata

Um Brasil que é lindo
Outro que fede
O Brasil que dá é
Iqualzinho ao que pede
Pede paz, saúde, trabalho, dinheiro
Pede pelas crianças do país inteiro

Tem um Brasil que soca
Outro que apanha
Um Brasil que saca
Outro que chuta
Perde, ganha, sobe, desce
Vai á luta bate bola
Porém não vai á escola

Brasil de bronze
Brasil de lata

É negro, é branco, é nissei
É verde,é índio peladão
É mameluco, é cafuzo,
É confusão

Óh pindorama eu quero
O teu porto seguro
Tuas palmeiras, tuas feiras, teu café,
Tuas riquezas, praias, cachoeiras
Quero ver o teu povo de cabeça em pé