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terça-feira, 31 de julho de 2012

M. Fortal X - o povo aderindo

Por Marcus Vinicius

M. Fortal X,  promete, se eleito fosse, e se fosse candidato, proibir Caranguejo as quintas à noite.
Caranguejo só aos sábados e domingos de dia. 
Preservação da espécie e bom gosto é a justificativa do candidato. Não tem nada mais cafona que caranguejo à noite e M.Fortal X é radicalmente contra a cafonice.
O povo abaixo apoia a iniciativa do candidato.






Elis Regina ganha nova biografia - Compra antecipada

Por Danilo Casaletti


Essa é capa da nova biografia da cantora Elis Regina (1945-1982). O livro, publicado pela editora Master Books, foi escrito por Allen Guimarães (também curador da mostra de mesmo nome, Viva Elis, que está rodando por cinco capitais brasileiras) e é resultado de uma pesquisa de quase uma década. Ao longe desse tempo, Allen colheu depoimentos de dezenas de artistas e pessoas que conviveram e trabalharam com Elis. Além disso, o autor mergulhou em recortes de revistas e jornais para traçar um panorama do que foi a carreira da cantora.


De acordo com o autor, trata-se de uma “biografia artística”. “O livro não traz detalhes vida pessoal da Elis. Os fatos da vida dela que cito servem para costurar ou justificar os dados artísticos”, diz Allen.


A narrativa é feita em ordem cronológica. Da cantoria de menina que encantava seus avós, ainda em Porto Alegre, cidade onde nasceu, ao seu derradeiro show, Trem Azul, em 1981. Os fatos são ilustrados por depoimentos de artistas que participaram daquele momento ou por entrevistas concedidas por Elis a diversos meios de comunicação da época.


Há passagens bem interessantes e ignoradas por biografias anteriores (a mais famosa é Furacão Elis, da jornalista Regina Echeverria), como a do disco que Elis planejava lançar apenas com músicas do compositor Vinicius de Moraes. O álbum seria gravado em 1979, quando Elis deixou a gravadora Philips (atual Universal) devendo um disco. A ideia da cantora era gravar, apenas acompanhada pelo piano do seu então marido, o músico César Camargo Mariano, as composições do Poetinha. Porém, a gravadora, para se “vingar” da saída de Elis, lançou um disco com gravações que não haviam entrado em seus discos anteriores, o que fez com que a cantora desistisse do projeto.


O livro também dá destaque para dois grandes projetos inovadores realizados por Elis. O primeiro é o “Circuito Universitário”, de 1973, quando Elis e seus músicos saíram em um ônibus para apresentações por diversas cidades do interior de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. “Foi a maior coisa que fiz na minha vida. Sabe lá o que é você cantar para gente que sai de casa exclusivamente para te ouvir?”, diz Elis, em reportagem reproduzida pelo livro.


Outro grande êxito da carreira da cantora, o show Falso Brilhante, que ficou em cartaz entre 1975 e 1977, apenas em São Paulo, também é destacado. As apresentações, que aconteciam de terça a domingo, sempre com o teatro lotado, foram um marco no show business brasileiro. “Pintou a ideia da gente conta a vida da gente, não a minha vida ao a do César (Camargo Mariano) e sim a vida da classe da gente. Mostrar como vivem os músicos e uma cantora latino-americana”, disse Elis, em depoimento à época.


Uma das passagens mais bonitas do livro está presente em um depoimento do artista gráfico Elifas Andreato, autor da programação visual do último show da Elis. Ele conta que, pouco antes da cantora morrer, chegou ao apartamento de Elis e a encontrou sentada no show, junto com Maria Rita, então com quatro anos de idade, na penumbra, ouvindo o disco Elis & Tom. Segundo ele, Elis lhe disse: “Elifas, nunca mais vai acontecer uma coisas dessas (referindo-se à gravação com Tom Jobim). Jamais! É muito bonito!”


Viva Elis ainda traz diversas fotos de diferentes fases da carreira de Elis. Entre elas, uma do show Transversal do Tempo, de 1978, na qual Elis aparece vestida com um manto que representa a imagem de Nossa Senhora Aparecida. Era o momento em que ela, no show, cantava “Romaria”. O adereço foi usado apenas nas primeiras apresentações da temporada e logo foi proibido.


O livro, que teve patrocínio da Nivea, via Lei de Incentivo à Cultura, será distribuído em escolas e instituições de ensino de todo o país, além de ser colocado à venda. O lançamento está previsto para acontecer no Rio de Janeiro, durante a passagem da exposição Viva Elis pela cidade (de 09 de agosto a 30 de setembro, no Centro Cultural Banco do Brasil).


Fotos: Divulgação; Arquivo Editora Globo


(Danilo Casaletti)

O julgamento na imprensa

Jânio de Freitas
por Jânio de Freitas

Se há contra os réus indução de animosidade, a resposta prevista só pode ser a expectativa de condenações

O julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal é desnecessário. Entre a insinuação mal disfarçada e a condenação explícita, a massa de reportagens e comentários lançados agora, sobre o mensalão, contém uma evidência condenatória que equivale à dispensa dos magistrados e das leis a que devem servir os seus saberes.

Os trabalhos jornalísticos com esforço de equilíbrio estão em minoria quase comovente.

Na hipótese mais complacente com a imprensa, aí considerados também o rádio e a TV, o sentido e a massa de reportagens e comentários resulta em pressão forte, com duas direções.

Uma, sobre o Supremo. Sobre a liberdade dos magistrados de exercerem sua concepção de justiça, sem influências, inconscientes mesmo, de fatores externos ao julgamento, qualquer que seja.

Essa é a condição que os regimes autoritários negam aos magistrados e a democracia lhes oferece.

Dicotomia que permite pesar e medir o quanto há de apego à democracia em determinados modos de tratar o julgamento do mensalão, seus réus e até o papel da defesa.

O outro rumo da pressão é, claro, a opinião pública que se forma sob as influências do que lhe ofereçam os meios de comunicação.

Se há indução de animosidade contra os réus e os advogados, na hora de um julgamento, a resposta prevista só pode ser a expectativa de condenações a granel e, no resultado alternativo, decepção exaltada. Com a consequência de louvação ou de repulsa à instituição judicial.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, reforça o sentido das reportagens e dos comentários mais numerosos, ao achar que "o mensalão é o maior escândalo da história" -do Brasil, subentende-se.

O procurador-geral há de ter lido, ao menos isso, sobre o escândalo arquitetado pelo brilho agitador de Carlos Lacerda em 1954, que levou à República do Galeão, constituída por oficiais da FAB, e ao golpe iniciado contra Getúlio Vargas e interrompido à custa da vida do presidente.

Foi um escândalo de alegada corrupção que pôs multidões na rua contra Getúlio vivo e as fez retornar à rua, em lágrimas, por Getúlio morto.

Como desdobramento, uma série de tentativas de golpes militares e dois golpes consumados em 1955.

O procurador Roberto Gurgel não precisou ler sobre o escândalo de corrupção que levou multidões à rua contra Fernando Collor e, caso único na República, ao impeachment de um presidente. Nem esse episódio de corrupção foi escândalo maior?

E atenção, para não dizer, depois, que não recebemos a advertência de um certo e incerto historiador, em artigo publicado no Rio: "Vivemos um dos momentos mais difíceis da história republicana".

Dois inícios de guerra civil em 1930 e 1932, insurreição militar-comunista em 1935, golpe integralista abortado em 1937, levante gaúcho de defesa da legalidade em 1961, dezenas de tentativas e de golpes militares desde a década de 1920.

E agora, à espera do julgamento do mensalão, é que "vivemos um dos momentos mais difíceis da história republicana".

segunda-feira, 30 de julho de 2012

GEBEDIM canta PAULINHO DA VIOLA

Fotos Rogério Lama e Vólia Barreira (-)

 26 de julho de 2012





































André Dahmer


www.malvados.com.br

De A a Z, as razões pelas quais o homem se casa, segundo Balzac


Por Paulo Nogueira
Balzac


Os motivos abaixo forneceram argumento para milhares de romances e peças, lembra Balzac. Como discordar? Este “A a Z” inusual é uma contribuição de uma admiradora fanática de Balzac, Camila Nogueira.

Por Ambição, é caso bem conhecido;

Por Bondade, para arrancar uma filha da tirania de sua mãe;

Por Cólera, para deserdar alguns parentes;

Por Desdém de uma amante infiel;

Por Enfado da deliciosa vida de solteiro;

Por Fealdade, receando que um dia lhe falte mulher;

Por Ganância para ganhar uma aposta, é o caso de Lord Byron;

Por Honra, como George Dandin (personagem de Molière);

Por Interesse, mas é quase sempre assim;

Por Juventude, ao sair do colégio atordoado;

Por Loucura, sempre o é;

Por Maquiavelismo, para em breve ser o herdeiro de uma velha;

Por Necessidade, para legitimar um filho;

Por Obrigação, porque a jovem foi fraca;

Por Paixão, para curar-se mais seguramente;

Por Querela, para acabar um processo;

Por Reconhecimento, é dar mais do que se recebeu;

Por Sabedoria, isso ainda acontece aos doutrinários;

Por Testamento, quando morre um tio e sobrecarrega a sua herança com uma filha para desposar;

Por Uso, para imitar os antepassados;

Por Velhice, para arranjar um fim;

Por Xavasca, um motivo sempre justo.

Por Yatidi, que é a hora de se deitar e significa todas as necessidades dessa hora entre os turcos;

Por Zelo, como Duque de Saint-Aignan, que não queria cometer pecados.
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/?p=8474

Um novo comando no Dragão do Mar daria novo fôlego para a Cultura?

Ricardo Guilerme
Por Ricardo Guilherme

A questão da política pública do Ceará para a Cultura não é de gestão, mas de gestação. 
O impasse provém não de um político, mas da política em si. 
Sem uma mudança conceitual não haverá um salvador da pátria.

E se a instauração de uma nova gerência significar a restauração do velho modelo que criou o Dragão, a perspectiva gera ainda mais preocupações, pois resgata uma experiência que além de contrariar seu DNA (a Ecoa, de Augusto Pontes) desconsiderou que sem as parcerias culturais, de caráter público-privado, no entorno do tal Centro a Praia de Iracema ficaria refém da especulação imobiliária. 

Parece também inoportuno reeditar administrações que privilegiem centrais de produção em detrimento de projetos de descentralização capazes de propiciar nos bairros populares o fomento à partilha de fazeres e saberes. Novo fôlego, portanto, não seria necessariamente mudar o mentor mas, sim, mudar a mentalidade.

Carta Capital


quarta-feira, 25 de julho de 2012

Fascinação - com Nat King Cole

Outra que eu gosto pra c......!

Carolina Cardoso de Menezes

Essa eu gosto pra c.......! Eduardo Souto - "Do Sorriso da mulher nasceram as flores."




Dia da Mulher Negra Latino-americana



O dia 25 de julho foi instituído pela ONU como o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, na República Dominicana, em 1992. A data foi escolhida como marco internacional da luta e resistência da mulher negra. Desde então, vários setores da sociedade atuam para consolidar e dar visibilidade a esta data, tendo em conta a condição de opressão de gênero, raça e etnia vivida pelas mulheres negras.

Marcos Sacramento e Zé Paulo Becker (2)

Via Bruno Perdigão


Dois Lados (Zé Paulo Becker/P.César Pinheiro)
Marcos Sacramento [Voz]
Zé Paulo Becker [Violão]

A nostalgia do discurso de Nuzman e o precipício

Por Lúcio de Castro

via Bruno Perdigão

Faltavam dois dias para o fim dos Jogos Olímpicos de Pequim. Suficiente para definir o tamanho do Brasil em Olimpíadas. Mais uma vez a desproporção entre o dinheiro disponível para o esporte olímpico verde e amarelo e resultados se desenhava enorme. (Dinheiro estatal em sua maior porcentagem e abundante desde 2001 com a lei Agnelo/Piva, com estimativa de R$ 145 milhões em 2012. A maior parte gasta no custeio de viagens de intercâmbio para atletas em competições. Leia-se passagens compradas na agência...você sabe...).

Salvo evoluções pontuais aqui e acolá para confirmar a regra ou histórias de heroísmos isolados, um atestado de fracasso no projeto de transformar o Brasil em potência olímpica.

Aqui abro um breve parêntesis: em 2003, a convite de José Trajano, trabalhando ainda no jornal O Globo, participei de um Bola da Vez, na ESPN, com Carlos Arthur Nuzman. Minha primeira pergunta foi sobre uma promessa dele ao assumir o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) em 1996, quando garantia que em 8 anos seriamos uma potência olímpica. Perguntei o óbvio: oito anos depois, já somos uma potência olímpica, a promessa está cumprida? Não me lembro a resposta exata, mas tenho visto que o prazo agora é 2020.

Voltando no tempo para 2008 e no espaço para Pequim, lembro-me de um esbaforido proxeneta passando no corredor do estúdio em que eu estava e dando o recado para todos ali: era preciso bater no ponto do despreparo psicológico dos nossos atletas. O povo brasileiro tinha problemas na hora de decidir. Liguei os fios. Tinha lido algo sobre um pronunciamento de Nuzman exatamente igual naquela tarde. Defendia que seria preciso repensar a questão da preparação psicológica. Que todas as condições tinham sido dadas para a preparação, mas na hora de decidir os brasileiros falhavam. Repetindo sempre que o modelo de atleta a ser seguido é Robert Scheidt. Merecida lembrança, mas por que não Ademar Ferreira, Joaquim Cruz ou Romário, o favelado do Jacarezinho, frio como o aço na hora da decisão?

Faltavam poucos minutos para entrar no ar. Fiquei ali ligando os fios, conectando o aconselhamento de opiniões do proxeneta com o discurso de Nuzman naquela tarde. Estava claro. Existia um discurso pensado e construído para justificar a desporporção absurda entre os resultados do Brasil e o dinheiro investido. E o culpado tinha nome. Como o comissário corrupto de Casablanca, a ordem era prender os suspeitos de sempre: o povo brasileiro, o Zé Povinho, para eles a sub-raça, os incapazes psicologicamente.

Lembro como se fosse hoje que entrei no programa com um nó no estômago. Uma estratégia cínica demais. Fiz a única coisa que me cabia naquele momento: falei sobre a estratégia cínica e mentirosa que estava sendo montada. Botar a culpa de mais um ciclo olímpico abaixo do dinheiro existente na fragilidade e falta de estrutura dos mestiços, os impuros vindos dos negros e índios. Os Scheidts e afins, com sangue sem mistura, estavam a salvo da fraqueza juvenil nossa na hora de decidir. Falei que aquilo era cínico e não era aceitável. Ao fim daquela noite, ainda que com o embrulho travando até a garganta, dormi a noite do Oriente em plenitude. Não estou certo de que o proxeneta apto a repetir a voz do dono possa ter feito o mesmo.

Quatro anos depois, me assusta ver que o filme se repete. O discurso está pronto. Prudentemente posto em prática antes do apito soar na charmosa Londres. Nuzman tem passado sempre pela questão da “necessidade de maior preparação psicológica para nossos atletas”. E repetido sempre que “todas as condições foram dadas”. No cínico argumento que omite a vida escolar dos nossos atletas. A história de cada um antes de se tornar, sempre por esforço próprio, em atleta de alto nível. Omite que o esporte aqui ainda está longe de ser prática sistemática desde o mais tenro banco escolar. Omite que o esporte deve ser pensado como instrumento e promoção de saúde e educação, prática massiva desde os primeiros passos escolares. Sem o qual jamais seremos a tal prometida potência olímpica. Preparem-se. Em poucos dias provavelmente o tema vai voltar. Na equação que não se explica e traduz algo de muito errado, quando o volume de dinheiro aumenta e o Brasil não evolui na mesma proporção enquanto país olímpico, o resto é o discurso cínico de botar o peso no ombro da mestiçada.

Como farsa, como a história sempre se repete, bem sabemos. O discurso não é novo. Muito pelo contrário. Essa gente miscigenada e mestiça é incompatível com o êxito desde sempre na cabeça de alguns. Fracos mentalmente. Incapazes. O final do século XIX e início do XX talvez tenha sido o período mais explícito desse pensamento. Silvio Romero e outros defendiam com todas as letras o “clareamento” do nosso povo para que pudéssemos, a longo prazo, já livres dos traços negróides, sermos equivalentes aos então superiores. Modelos do que pensavam como sociedade para o Brasil. Como vemos, muitos tem nostalgia desse discurso.

Meu bom amigo e grande historiador Luiz Antônio Simas costuma repetir em suas brilhantes aulas e palestras que “imigração aqui foi coisa de branco. Negro só podia chegar aqui de navio negreiro”. Por todas essas convicções acima citadas. Que perduram e são muletas perfeitas para justificar o fracasso e as incompetências.

Contem os dias. O discurso está pronto. Em poucos dias veremos o debate sobre “a fraqueza de brasileiros na hora de decidir”. Tendo como maior arauto, Carlos Arthur Nuzman, seguido pelos proxenetas sempre aptos a repetir a voz do dono.

Ele, Carlos Arthur Nuzman, que em recente perfil na Revista Piauí, foi categórico ao responder a seguinte pergunta:

“Com quem o senhor pularia de um precipício de olhos fechados?”

Resposta: “O Havelange certamente é um deles”.

Bom, Havelange já foi pulou do precipício. Ou melhor, foi pulado com uma forcinha da justiça. Entregue aos crocodilos, para desespero de tantos proxenetas, envolto na confirmação de corrupção, despencado morro abaixo.

Conforme o prometido, vai encarar solidariamente o precipício, Nuzman? Ou quem sabe, assim como o amigo, aguardar alguma forcinha?

Pela extinção da PM


Por Vladimir Safatle

No final do mês de maio, o Conselho de Direitos Humanos da ONU sugeriu a pura e simples extinção da Polícia Militar no Brasil. Para vários membros do conselho (como Dinamarca, Espanha e Coreia do Sul), estava claro que a própria existência de uma polícia militar era uma aberração só explicável pela dificuldade crônica do Brasil de livrar-se das amarras institucionais produzidas pela ditadura.

No resto do mundo, uma polícia militar é, normalmente, a corporação que exerce a função de polícia no interior das Forças Armadas. Nesse sentido, seu espaço de ação costuma restringir-se às instalações militares, aos prédios públicos e aos seus membros.

Apenas em situações de guerra e exceção, a Polícia Militar pode ampliar o escopo de sua atuação para fora dos quartéis e da segurança de prédios públicos.

No Brasil, principalmente depois da ditadura militar, a Polícia Militar paulatinamente consolidou sua posição de responsável pela completa extensão do policiamento urbano. Com isso, as portas estavam abertas para impor, à política de segurança interna, uma lógica militar.

Assim, quando a sociedade acorda periodicamente e se descobre vítima de violência da polícia em ações de mediação de conflitos sociais (como em Pinheirinho, na cracolândia ou na USP) e em ações triviais de policiamento, de nada adianta pedir melhor "formação" da Polícia Militar.

Dentro da lógica militar, as ações são plenamente justificadas. O único detalhe é que a população não equivale a um inimigo externo.

Isto talvez explique por que, segundo pesquisa divulgada pelo Ipea, 62% dos entrevistados afirmaram não confiar ou confiar pouco na Polícia Militar. Da mesma forma, 51,5% dos entrevistados afirmaram que as abordagens de PMs são desrespeitosas e inadequadas.

Como se não bastasse, essa Folha mostrou no domingo que, em cinco anos, a Polícia Militar de São Paulo matou nove vezes mais do que toda a polícia norte-americana ("PM de SP mata mais que a polícia dos EUA", "Cotidiano").

Ou seja, temos uma polícia que mata de maneira assustadora, que age de maneira truculenta e, mesmo assim (ou melhor, por isso mesmo), não é capaz de dar sensação de segurança à maioria da população.

É fato que há aqueles que não querem ouvir falar de extinção da PM por acreditar que a insegurança social pode ser diminuída com manifestações teatrais de força.

São pessoas que não se sentem tocadas com o fato de nossa polícia torturar mais do que se torturava na ditadura militar. Tais pessoas continuarão a aplaudir todas as vezes em que a polícia brandir histericamente seu porrete. Até o dia em que o porrete acertar seus filhos.

terça-feira, 24 de julho de 2012

GEBEDIM canta Paulinho da Viola


Serviço:

Data: 26/julho/2012

Horário: 21 h

Entrada: R$5,00 até 22hrs e R$10,00 depois disso

End.: Av. Mons. Tabosa, 381 - Casa 03 - Info: (85)8705-2601 e (85)3219-3539

CARLINHOS PATRIOLINO E MARCO TÚLIO



Música de Jerome Kern.
Projeto DegustaSom
Data: 19/07/2012
Local: Mercado Central - Fortaleza-CE
Ficha Técina: Carlinhos Patriolino (violão) e Marco Túlio (violão).
Contatos: (85) 8809-4513 / carlinhospatriolino@hotmail.com / @cpatriolino

Kvass, a verdadeira bebida nacional russa

Por Jennifer Eremeeva


Kvass, a verdadeira bebida nacional russa

Foto: Lori / Legion Media
Levemente alcóolica e gaseificada, uma bebida de coloração marrom escura chamada kvass mata a sede dos russos desde os tempos remotos.

O kvass clássico possui textura e acidez semelhantes a uma sidra e é produzido por meio da fermentação de pão preto ou de centeio, água mineral e ervas, embora tenham surgido versões alternativas com frutas silvestres, outros tipos de grão e beterraba.

A bebida pode tanto ser consumida pura como servir de base para sopas de verão, tais como a okrochka, cuja receita pode ser conferida aqui

Com a chegada do verão, na Rússia pode-se encontrar em quase todas as esquinas barracas com galões amarelos e vermelhos cheios da bebida.

Atualmente, o kvass é também produzido por grandes indústrias de bebida e vendido nos supermercados em garrafas de plástico o ano inteiro – um negócio estimado em um milhão de dólares e ao qual até a Coca-Cola e Pepsi já aderiram.

Essa expansão é considerada por muitos russos como a vulgarização de um tesouro nacional, apesar de todos concordarem que o sabor do kvass é infinitamente superior aos dos refrigerantes estrangeiros.

O melhor kvass continua sendo aquele feito em casa, e o melhor dos melhores é encontrado nas comunidades monásticas da Igreja Ortodoxa.

O kvass é leve o suficiente para as crianças e certamente mais saudável que refrigerantes ou sucos cheios de açúcar. Também é uma ótima maneira de usar o pão amanhecido. Portanto, dê uma chance ao kvass. Você pode ficar viciado nele!

Sinta-se à vontade para brincar com os ingredientes até atingir um sabor que agrade seu paladar. Acrescentar um pouco de gengibre e raspas de limão deu ao meu kvass um gostinho particular. Tente descobrir o seu!

Kvass:

Utensílios:

- Um pano de prato limpo;
- Garrafas de vidro com rolhas ou tampa de plástico.

Ingredientes:

- 4 litros de água fervente e 45 ml de água morna;

- 1 pedaço (do tamanho de um polegar) de gengibre, descascado e fatiado em rodelas finas;

- 15 mg de raspas de limão picadinhas;

- 50 g de uvas passas;

- 125 mg de açúcar;

- 750 g de pão de centeio seco ou velho, pão de centeio integral ou pão preto amanhecido, cortado em pequenos cubos. O “borodínski” russo (pão típico da Rússia) rende o melhor sabor;

- 1 pacote de levedura seca (2 colheres de sopa ou 7 gramas).

Modo de preparo:

1. Leve a água para ferver em uma panela grande tampada.

2. Espalhe os pedaços de pão numa assadeira e coloque no forno por 30 minutos a 180˚C, para que endureçam. Se o pão ainda estiver murcho, asse por mais 15 minutos.

3. Quando a água começar a ferver, remova do fogo e acrescente o pão, mexendo para misturá-los. Cubra o recipiente e deixa descansar por cinco horas.

4. Usando um pano de prato, coe a mistura de pão e água sobre uma tigela ou panela limpa. Use uma colher de pau para pressionar as pedaços de pão que restarem e extrair o máximo de sabor possível. Descarte o resto de pão que sobrar no pano de prato.

5. Misture a levedura com a água morna e reserve por 2 minutos.

6. Acrescente a levedura hidratada, o açúcar, a raspa de limão e o gengibre ao líquido, cubra com uma toalha e deixe descansar até a manhã seguinte (de 8 a 12 horas).

7. Use uma peneira para coar o líquido, descartando o gengibre e as raspas de limão. Passe a bebida para as garrafas de vidro, tomando cuidado para não a enchê-las até a boca - é preciso deixar espaço suficiente para que o processo de fermentação continue. Adicione um punhado de passas em cada garrafa e, em seguida, coloque a tampa. Deixe descansar de 2 a 3 horas. Refrigere por cerca de 2 dias antes de servir.