Iniciamos com o artigo do Leonardo Sampaio, publicado no O POVO, uma série de postagens, Eleições 2012 - Fortaleza (Marcus Vinicius)
Por Leonardo Sampaio
Estamos em um ano eleitoral no qual o debate político administrativo e ideológico deve ser o eixo da discussão a partir de projetos transformadores que apresentem metodologia participativa com visão intersetorial e que apontem propostas de gestão para além do criticismo, muitas vezes vazio, distante da realidade e que costuma tomar o momento de eleição.
A crítica é bem-vinda quando ajuda a refletir e a corrigir algo que possa passar despercebido, ou até mesmo quando desperta para tirar da comodidade. A crítica também pode ser cega, raivosa, destrutiva, vingativa, maldosa, mentirosa, descabida e ainda pode ter como propósito manipular e desinformar com falácias desproporcionais à realidade.
A crítica muitas vezes tem o propósito de desinformar. Nesse caso, apresenta-se com certa sutileza. Mas bastaria um pouquinho de senso crítico do observador para perceber se está se levando em conta o funcionamento da máquina pública da forma como ela é, departamentalizada, ou seja, o que é de um setor não pode ser gasto no outro, por exemplo.
Para que a máquina administrativa funcione como um todo, todas as peças são importantes. A grande dificuldade das administrações públicas é engrenar todas as peças, a partir da intersetorialidade, onde o conjunto das ações esteja interligado e com olhar da sociedade, já que a população entende a gestão pública como um todo, na sua integralidade, tendo como base suas necessidades.
É daí de onde deve partir o debate político administrativo e ideológico apontando para um novo jeito de governar a máquina pública, prevendo desenvolvimento ecológico e sustentável e equipamentos tecnológicos modernos, que garantam formação, capacitação, atendimento, emprego e renda direcionados à juventude.
Esse novo jeito de governar precisa fazer parcerias com as esferas federal e estadual, com a iniciativa privada e com o terceiro setor para oferecer qualidade nos serviços e melhoria de vida à população.
O debate deve ser nessa linha de raciocínio e não apenas na visão eleitoreira. É preciso com inteligência elevar o nível das discussões políticas, porque a crítica não pode ser cega, nem a sociedade pode se acomodar. Tem que debater, criticar, propor e participar como protagonista de um novo modelo de gestão pública que proporcione direitos e acima de tudo busque a emancipação humana.http://www.opovo.com.br/app/opovo/opiniao/2012/03/13/noticiasjornalopiniao,2800592/o-debate-e-um-novo-jeito-de-governar.shtml
Nenhum comentário:
Postar um comentário