É bem difícil tecer uma análise crítica sobre uma pessoa que é uma referencia na construção do conhecimento da atualidade, sabendo que é Filósofa e Historiadora, ou seja, um intelectual da pós-modernidade, porém como expectador vou me arriscar na medida que consigo fazer as relações das colocações com os mais diferentes campos do cotidiano. Três aspectos eu pontuaria em relação a exposição de Marilena Chaui . Na minha percepção um primeiro aspecto é que a palestra ou fala da expositora parece compor uma mesa de debate e que deve ter os seus objetivos e públicos bem definido e que esse público interage em consenso com as ideias e fatos expostos; um segundo aspecto é que se durante a fala da expositora se fosse ocultado o nome da cidade objeto da análise, poderíamos está falando de qualquer cidade do nosso Brasil. O terceiro aspecto e na minha percepção mais intrigante aspecto é que a expositora parece fazer suas análises do “limbo”, faz uma análise cartográfica, ele identifica, qualifica e define muito bem as três classes: a que detém a força de trabalho associada ao proletariado, a classe dominante detentora da propriedade privada dos meios sociais de produção e classe média que não detém nenhum poder e na avaliação dela opera na linha da ideologização com medo de migrar ou para cima ou para baixo. Pra mim faltou um recorte de gênero e tem uma análise não muito feliz e eu arriscaria dizer discriminatória e machista, quando ela afirma que os professores (acho que só tem homens em São Paulo) que estão no sistema público de educação é porque prestam ou não tem condição de está num sistema privado – isso é muito forte... Uma outra expressão que aponta no mesmo rumo é a descrição do estereótipo da moça loira, que entra no banco toda produzida e que na análise dela levou muito tempo pra ficar “daquele jeito”. Quando ela faz isso é o que mesmo? Será algum dos tipos de “abominação” tanto exaltados pela expositora? Será que isso não é algo que está cristalizado na cabeça de todos/as nós? É muito difícil assumir as nossas contradições. Do “limbo” ela parece não pertencer a nenhuma das três classes... As demais análise eu concordo, principalmente quando ela faz referencias ao protofacismo, a naturalização das desigualdade e aos tipos de violência. Quero dizer pra ela que isso não é uma regalia só da cidade de São Paulo, Fortaleza está recheada de exemplos, não é preciso ir muito longe não, se realmente entendemos o significado de tudo isso, vamos acabar enxergando que estão bem mais próximos do que imaginamos, basta dá uma olhada sobre o ombro.
2 comentários:
É ótima essa definição da classe méida no começo do vídeo da Marilena.
É bem difícil tecer uma análise crítica sobre uma pessoa que é uma referencia na construção do conhecimento da atualidade, sabendo que é Filósofa e Historiadora, ou seja, um intelectual da pós-modernidade, porém como expectador vou me arriscar na medida que consigo fazer as relações das colocações com os mais diferentes campos do cotidiano.
Três aspectos eu pontuaria em relação a exposição de Marilena Chaui . Na minha percepção um primeiro aspecto é que a palestra ou fala da expositora parece compor uma mesa de debate e que deve ter os seus objetivos e públicos bem definido e que esse público interage em consenso com as ideias e fatos expostos; um segundo aspecto é que se durante a fala da expositora se fosse ocultado o nome da cidade objeto da análise, poderíamos está falando de qualquer cidade do nosso Brasil. O terceiro aspecto e na minha percepção mais intrigante aspecto é que a expositora parece fazer suas análises do “limbo”, faz uma análise cartográfica, ele identifica, qualifica e define muito bem as três classes: a que detém a força de trabalho associada ao proletariado, a classe dominante detentora da propriedade privada dos meios sociais de produção e classe média que não detém nenhum poder e na avaliação dela opera na linha da ideologização com medo de migrar ou para cima ou para baixo.
Pra mim faltou um recorte de gênero e tem uma análise não muito feliz e eu arriscaria dizer discriminatória e machista, quando ela afirma que os professores (acho que só tem homens em São Paulo) que estão no sistema público de educação é porque prestam ou não tem condição de está num sistema privado – isso é muito forte... Uma outra expressão que aponta no mesmo rumo é a descrição do estereótipo da moça loira, que entra no banco toda produzida e que na análise dela levou muito tempo pra ficar “daquele jeito”. Quando ela faz isso é o que mesmo? Será algum dos tipos de “abominação” tanto exaltados pela expositora? Será que isso não é algo que está cristalizado na cabeça de todos/as nós? É muito difícil assumir as nossas contradições. Do “limbo” ela parece não pertencer a nenhuma das três classes...
As demais análise eu concordo, principalmente quando ela faz referencias ao protofacismo, a naturalização das desigualdade e aos tipos de violência. Quero dizer pra ela que isso não é uma regalia só da cidade de São Paulo, Fortaleza está recheada de exemplos, não é preciso ir muito longe não, se realmente entendemos o significado de tudo isso, vamos acabar enxergando que estão bem mais próximos do que imaginamos, basta dá uma olhada sobre o ombro.
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