Sim. Eles erraram a mão. Forçar a entrada ao plenário da Assembleia Legislativa, na última quinta-feira, foi um tiro pela culatra. Tanto não fazia a menor diferença aquele tipo de investida que os deputados acabaram por votar a medida enviada pelo Governo a que eles se opunham. Eles, professores da rede estadual em greve há mais de 50 dias. Enfim. Mesmo assim, todo aquele caos, todo aquele sangue, me doem profundamente.
Não que a categoria dos professores mereça um tratamento diferenciado. Não é isso. A questão é que uma reclamação justa – o respeito ao teto salarial, sem que isso produza um efeito de padronização mediana dos vencimentos – não tem encontrado eco. A mim é estranho que um Governo tão empenhado com a educação, construindo escolas de alto nível Ceará afora, não consiga se entender com os números e resolver o que na verdade é uma determinação legal.
Definitivamente, não me agrada morar no Ceará que avança no ensino profissionalizante, que melhora a infraestrutura de suas escolas, mas não paga aos seus professores o que lhes é de direito. Da mesma forma que não me agrada ver um Governo que se esforça tanto para fazer o Ceará avançar, movendo mundos para a instalação de uma siderurgia e uma refinaria, deixar sua universidade entregue às moscas. Mas essa discussão é outra.
Sobre os professores em greve, a sensação que tenho é que o movimento está refém da falta de interlocução. Falta alguém com acesso ao Governo que medie esse conflito. De preferência, antes que o sangue jorre. As cenas de pancadaria da semana passada seriam evitadas justamente por serem previsíveis. O pior é que o nó, que já havia passado da hora de desatar, agora fica ainda mais apertado. Enquanto isso, salas de aula continuam vazias e estudantes ociosos.
Sobre os professores em greve, a sensação que tenho é que o movimento está refém da falta de interlocução. Falta alguém com acesso ao Governo que medie esse conflito. De preferência, antes que o sangue jorre. As cenas de pancadaria da semana passada seriam evitadas justamente por serem previsíveis. O pior é que o nó, que já havia passado da hora de desatar, agora fica ainda mais apertado. Enquanto isso, salas de aula continuam vazias e estudantes ociosos.
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