Por Mauro Oliveira
“Um país se faz com homens e ... tablets (vixe!)”. Esta frase, atribuída a um certo “Steve Lobato”, denuncia um “vírus” na cidade! Tablets e lousas digitais viraram commodities educacionais, disfarçadas em uma cognição cibernética de fazer Piaget e Skinner terem chilique no "Parque da Paz".
Nada contra essas “rapaduras digitais”, mas não é de hoje esse “festival eletrônico” assola algumas escolas da vila. Ele carrega a mesma “teimologia” que expõe estudantes nos outdoors e jornais com aquele ar "de quem quer levar vantagem em tudo", um reload peba da “lei do Gerson”. Primeiros lugares disso, os melhores daquilo... Humm, mas será que esses jovens são mesmo tão felizes com essa pedagogia mercantil que, por vezes, confunde educar com adestrar?
Pois bem! Prefiro uma escola que ajude meu filho a ser feliz! E que todo o resto gire em torno disso. Uma escola que priorize a essência da vida, onde meu filho aprenda a agradecer a comida de cada dia e a não esquecer que os restos à mesa faltam a alguém. Que ele goste do sol que anuncia todo dia a dádiva da vida e que suas ações o façam digno dessa dádiva.
Que adianta ter um campeão da escola que joga lixo na rua, ocupa a vaga do carro do idoso, rouba biscoito sem necessidade, se diverte queimando índio em ponto de ônibus? Não! Quero uma escola que desperte no meu filho o homem de bem que ele pode ser. Uma escola com professores apaixonados pela sua arte, que contagiem a não se lamentar dos “entreveros”, a jamais “atravessar o rio da vida no porão do navio”.
Às favas! Claro que quero tablet e lousa digital para todos! Mas prefiro uma escola que priorize bola e violão, cidadania e filosofia. E quando meu filho for tentado a mentir, a humilhar ou a ser injusto, que ele desdenhe da má política e honre sua escola, posto que ela o preparou, como bradou Mandela (William Henley), para ser o “dono do seu destino, o capitão da sua alma”!
mauro.oliveira@fortalnet.com.brPhD em Informática e idealizador do Pirambu Digital
Nenhum comentário:
Postar um comentário