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terça-feira, 9 de outubro de 2012

Nosso Barzinho ou Bar do Barbudo

Por Mateus Perdigão

Mateus Perdigão
Escrever sobre bar é difícil pois cada um tem sua particularidade: tira-gostos, bebidas, ambientes, músicas, códigos de conduta, dentre outras, para as mais diversas situações. Escrever sobre o de sua preferência o é ainda mais, pois são expostas questões subjetivas e visões de mundo.

Por me considerar notívago e boêmio (não para alguns desavisados e implicantes), gosto de bares que ficam aberto até altas horas da madrugada ou mesmo até de manhã. 

Dessa forma, dentre os que costumo frequentar, acabei escolhendo o “Nosso Barzinho”, ou “Bar do Barbudo”, como é mais conhecido por algumas pessoas, como o melhor "Bebida e comida nas altas horas" para o Diumtudo.

Sou da teoria de que não se escolhe, adota-se um bar. Assim, as memórias – quando se consegue lembrar de algo depois de uma noitada - constroem-se também com o local, não só com as pessoas que lhe acompanham na bebida. Sem mais teorizações de mesa de botequim, vamos ao local em si:

O bar é simples, um "botequim." A cerveja costuma ser bem gelada e servida em copo americano. Skol ou Antarctica são sempre as primeiras opções oferecidas pelo dono do estabelecimento, que carrega um sotaque pernambucano.
(Um detalhe importante a salientar é que o preço da cerveja é cobrado em "bandeira 2" depois das duas da manhã.) Nada muito abusivo nem fora do normal, serve mais para aumentar o folclore em torno do estabelecimento.

Dono e garçom, sujeito simpático e de conversa agradável, o Falcon – ou Barbudo – é responsável por tudo que acontece no bar, desde o recebimento das mercadorias, compras no mercado, preparação dos tira-gostos, atendimento aos clientes e até a segurança.

Os tira-gostos são variados mas eu não poderia fazer um detalhamento do cardápio pois, apesar de frequentar bastante o bar, provei poucas opções. O motivo disso é a insistência em uma delas: o queijo assado. Preparado na brasa ou num forninho elétrico que fica escondido atrás do balcão do bar, é um dos melhores queijos assados que comi na minha vida. Alguns podem até considerar exagero esta afirmação, mas tenho respaldo de muitos que passaram por lá. Sei também que, além do queijo assado, há também churrasquinho, feijão verde e camarão ao alho e óleo.

O bar possui um televisor com aparelho de DVD, responsável pelo “entretenimento” do local. DVDs de Jorge Aragão e O Som do Barzinho são os mais comuns. Apesar disso, não são poucas vezes que vemos grupos com violão cantando pela madrugada.

Às vezes, o único inconveniente do local é a demora na entrega na conta. Nada muito grave, apenas temos que pedir mais de uma vez para lembrar o dono de que precisamos ir embora.

Quando da escolha, o bar costumava ficar aberto até o último cliente ir embora.*  Ultimamente, as coisas têm mudado. De acordo com próprio dono, a violência na cidade e a insistência de sua esposa fizeram com que o fechasse mais cedo algumas vezes. No entanto, das vezes que eu fui, continuei sendo o último a ir embora e na hora que eu quis.

* Nota da redação - Caro(a) leitor(a) considere um "certo atraso" na entrega do texto pelo autor.

Serviço:

Bar do Barbudo 
Rua Lauro Maia quase esquina com Rua Abaiara - Fátima - Fortaleza Ce

Um comentário:

Anônimo disse...

Massa, esse texto!
Eu fui lendo e tateando... o Dono que é garçom... o queijo e o feijão... o Falcon... tinha algo muito familiar naquilo tudo.

Ai precisei ver no Google Maps que cruzamento era aquele pra descobrir que já frequentei esse bar nos idos de 2006!

Que bom que ainda existe!

Longa vida ao Pé Sujo!

Rogério Ribeiro