Ricardo Guilerme |
A questão da política pública do Ceará para a Cultura não é de gestão, mas de gestação.
O impasse provém não de um político, mas da política em si.
Sem uma mudança conceitual não haverá um salvador da pátria.
E se a instauração de uma nova gerência significar a restauração do velho modelo que criou o Dragão, a perspectiva gera ainda mais preocupações, pois resgata uma experiência que além de contrariar seu DNA (a Ecoa, de Augusto Pontes) desconsiderou que sem as parcerias culturais, de caráter público-privado, no entorno do tal Centro a Praia de Iracema ficaria refém da especulação imobiliária.
Parece também inoportuno reeditar administrações que privilegiem centrais de produção em detrimento de projetos de descentralização capazes de propiciar nos bairros populares o fomento à partilha de fazeres e saberes. Novo fôlego, portanto, não seria necessariamente mudar o mentor mas, sim, mudar a mentalidade.
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