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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Plinio Marcos e o samba paulista

Plinio Marcos
Por Marcus Vinicius

Plinio Marcos (1935- 1999), ator (parceiro de Luiz Gustavo em Beto Rockfeller, um marco na telenovela), dramaturgo (Navalha na Carne de 1967, sucesso de público e crítica) sempre foi um "outsider". Falava das classes desfavorecidas, usava o palavreado do marginal em textos muito bem elaborados. Os temas de suas peças: drogas, marginalidade, homossexualidade, prostituição. "Navalha na Carne", "Abajur Lilás", "Querô", "Dois perdidos numa noite suja", "Quando as máquinas param" são clássicos do teatro brasileiro.

E, enquanto sua obra teatral não é reeditada (se é que será?) o escritor "maldito" volta a cena.

E volta em forma de música. Foi reeditado no formato CD, o LP gravado em 1974, "Plinio Marcos em prosa e verso com Geraldo Filme, Zeca da Casa Verde e Toniquinho Batuqueiro", numa iniciativa de Charles Gavin e Aninha Barros, filha de Plinio.

No LP/CD a trajetória dos três sambistas paulistas são apresentados através de crônicas de Plinio. Contam as "histórias das quebradas do mundareú":
"Lá onde o vento encosta o lixo e as pragas botam os ovos. Da gente que sempre pega a pior, come da banda podre, mora na beira do rio e quase se afoga toda vez que chove. E só berra da geral sem nunca influir no resultado."
Cada do Cd
O texto que acompanha o Cd, de Tárik de Sousa, "Plinio Marcos dá voz ao samba paulista" é excelente.

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