Urico Gadelha |
Participei diretamente das lutas do Simec (Sindicato dos Médicos do Estado do Ceará) de 1987 até a primeira metade dos anos 2000; iniciei minha participação na diretoria do sindicato compondo a chapa de meu saudoso amigo/irmão Chico Monteiro, Chico Passeata como todos o conheciam.
Ocupei vários cargos ao longo de minha vida sindical e cheguei a ser vicie-presidente por dois mandatos consecutivos; em 1995 cheguei a responder pela presidência do Simec por quatro meses em virtude da licença gestante de nossa presidente, Teresinha Braga Monte.
Atravessamos vários períodos eleitorais, tanto eleições majoritárias como eleições proporcionais, houve até situação de membro da diretoria candidatando-se a Deputado Estadual, caso específico do colega João Ananias; tivemos eleições para prefeito com Inácio Arruda, esposo de Teresinha, na disputa direta pelo cargo de prefeito; nenhuma dessas situações nos levaram a tirar o nosso sindicato de sua independência com relação às eleições, nunca o atrelando a qualquer que fosse a candidatura, mesmo em ocasiões em que todos os diretores apoiavam o mesmo candidato.
Nossa visão era clara: O cidadão tem partido ou candidato,o sindicato tem lutas e propostas para a Saúde; nossas propostas sempre foram disponibilizadas publicamente a qualquer que fosse a candidatura. Esta nossa postura garantiu-nos a altivez necessária para o assento nas mesas de negociações com nossos empregadores fossem eles do setor público ou privado e, mais ainda, contávamos com o respaldo do majoritário de nossa categoria.
Triste e repugnado vejo hoje o presidente do Simec, esquecendo toda uma história de lutas e independência pela qual deveria zelar e respeitar, atendendo a interesses outros que não os da categoria, atrela o sindicato a uma candidatura. Grotesco e ofensivo à inteligência de qualquer cidadão o pretexto de que não atrelara o sindicato a qualquer candidatura e que apenas se postara como médico sobre os graves problemas de nossa saúde pública. Não explica o fato de tal gravação se dar necessariamente na própria sede do sindicato e seria de todo inútil tentar explicar; o próprio paladino da saúde pública sabe que quanto a isto ele não teria vontade própria, não atenderia aos interesses da candidatura e o presidente do Simec bem sabia disto, eis porque nada falou a seus pares de diretoria e gravou tudo à solapa numa profissão de fé e fidelidade neocirista.
Triste e repugnado vejo hoje o presidente do Simec, esquecendo toda uma história de lutas e independência pela qual deveria zelar e respeitar, atendendo a interesses outros que não os da categoria, atrela o sindicato a uma candidatura. Grotesco e ofensivo à inteligência de qualquer cidadão o pretexto de que não atrelara o sindicato a qualquer candidatura e que apenas se postara como médico sobre os graves problemas de nossa saúde pública. Não explica o fato de tal gravação se dar necessariamente na própria sede do sindicato e seria de todo inútil tentar explicar; o próprio paladino da saúde pública sabe que quanto a isto ele não teria vontade própria, não atenderia aos interesses da candidatura e o presidente do Simec bem sabia disto, eis porque nada falou a seus pares de diretoria e gravou tudo à solapa numa profissão de fé e fidelidade neocirista.
Um dia Ciro Gomes falou que os médicos são igual a sal: branco, barato e encontrável em qualquer esquina.
A atitude do presidente do Simec diz bem o que ele pensa disto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário