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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Somos todos Daniel e Povos Indígenas!




Pessoal, a mobilização hoje em frente ao Juizado Especial da Fa7 foi uma bonita homenagem a todos (as) os (as) lutadores (as) que não silenciam nem se resignam frente às tentativas de intimidação, coerção, perseguição, entre outras opressões que os movimentos sociais vivenciam diariamente.

Hoje, no horário da audiência, a manifestação de dezenas de ativistas - movimento indígena, advogados populares, ambientalistas, jornalistas, sindicalistas - foi a afirmação de que, mais do que lutar pela liberdade de expressão e de organização, precisamos nos ver e fazer-nos ser nas inspiradoras lutas do professor Jeovah Meireles (UFC), processado pela própria Ypióca; das professoras e pesquisadoras Raquel Rigotto e Islene Rosa (Núcleo Tramas/UFC), interpeladas pela Nufarm; nos índios Jenipapo-Kanindé; dos companheiros do movimento Quem Dera ser um Peixe; do companheiro Zé Maria do Tomé, cujo assassinato até hoje está impune; do Frei Gilvander, que teve recentemente a prisão decretada (!) em Minas Gerais por divulgar um vídeo no YouTube (!!!) contra a contaminação de agrotóxicos; dos índios Guarani-Kaiowá, cujo caso a maioria já tem ciência. Isso somente para ficar nos casos mais recentes e mais próximos.

A audiência que julgaria o processo da Ypióca hoje foi ADIADA (para 8 de janeiro/2013, 9h) devido à ausência da representante Ministério Público. Mas a mobilização foi absolutamente vitoriosa, justamente para dar a visibilidade necessária não só a este caso, mas a todos e já citados, além de chamar a atenção para as questões que envolvem a vida dos povos indígenas aqui mesmo no Estado, como os Tapuya Kariri (São Benedito) - que estão sendo visitados amanhã pelo Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos -, os Anacé (São Gonçalo do Amarante), os Tapeba (Caucaia), entre outros.

Seria imprudente citar pessoas e entidades que contribuíram neste momento específico, mas certamente a petição pública (http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2012N31361) e as imagens da manifestação são bem representativas no sentido de dar a dimensão das redes que podemos e já estamos tecendo aqui no nosso Siará e no país. Depois compartilhamos mais informes sobre este e outros casos.

Na luta do povo, ninguém se cansa. Sigamos.

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