Por Marcos Sampaio
Dona de uma beleza hipnotizante e de uma voz confortante, que passeia segura entre os graves e os agudos, a atriz e cantora Natasha Faria já levou sua musicalidade para muitos cantos do mundo. Motivadas pelos estudos do Teatro, ela foi aluna da Escola Profissional de Artes e Ofícios de Lisboa e do Hot Club de Portugal, país onde também começou a estudar técnica vocal.
Antes disso, Natasha começou a cantar na Intocáveis Putz Band, grupo fortalezense marcado pelo tom satírico e pelas performances bem humoradas. Contando ainda com Karine Alexandrino, Moacir Bedê e Valdo Aderaldo, o grupo atuou na década de 1990 e deixou um disco gravado.
Já em Dublin, na Irlanda, onde morou por sete anos, Natasha Faria integrou uma banda de bossa nova e participou de diversos festivais. “Lá, eles tem muita curiosidade pelo que chamam de world music. Com essa banda, nós tocamos em muitos lugares, inclusive alguns redutos famosos de jazz”, comenta a artista.
De volta a Fortaleza há três anos, Natasha reencontrou o amigo Moacir Bedê e montou com ele o projeto Canção do Exilio, dedicado à releitura de lados B da música cearense. “O projeto revisita o cancioneiro cearense com ênfase nas canções com menor apelo comercial ou menos conhecidas pelo grande público, mas que, no entanto, são testemunhas de uma época de significativa produção musical no Ceará”, explica Natasha, que agora também está às voltas com um projeto autoral. “Comecei a compor de forma mais sistemática para esse novo trabalho. É pra ser algo cênico musical. São histórias de favela, uma ópera rap”, adianta ela, que também é professora de Teatro na Unifor.
“Pra mim não existe separação entre o meu trabalho com música e com teatro. As duas coisas convivem bem”, explica Natasha. Fã das vozes mais sofisticadas do jazz, ela ouve Eliane Elias, Rosa Passos e Flora Purim. “Como eu gosto muito de jazz, acabo sendo a chata. Por exemplo, acho a Céu péssima”, encerra entre risadas.
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