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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Os Brutos também cantam

Quem vê o Alexandre Nero no papel de um machista violento não imagina que o cabra também é cantor e compositor.

"Nero e a Maquinaíma

Alexandre Nero é um artista que está sempre à procura de novidades, na vida e na arte. Cantor, compositor, instrumentista e produtor, aos 38 anos, Nero imprime em seu trabalho seu jeito de encarar o mundo, com uma mistura de tudo o que viu e viveu. As influências da música, da literatura, do cinema, e até mesmo do som da rua, estão presentes em seu trabalho.

Ao falar do início de sua carreira, Nero brinca que não tem “nenhuma história hollywoodiana para contar”. Ele morou durante 20 anos em São Paulo e, na década de 90, voltou a Curitiba, onde nasceu.

Seu primeiro CD solo, Camaleão, de 1995, aconteceu “meio que por acaso”, segundo Nero, graças a um patrocínio inesperado. “Apesar de reconhecer algumas coisas bonitas nele, hoje eu acho um disco imaturo, fraco como conteúdo e sem direcionamento artístico”, comenta o músico, revelando a sua constante preocupação em aprimorar sua obra.

Em Maquinaíma, de 2001, esta proposta se consolida. Maquinaíma é uma alusão à literatura e uma brincadeira com o anti-herói brasileiro, Macunaíma, personagem de Mário de Andrade. O trocadilho, entretanto, remete ainda às novas tecnologias e à máquina, no caso o computador, presente cada vez mais em sua música e na arte em geral. Nero conta que este segundo álbum, produzido por Paulo Brandão, foi idealizado muito antes de ser executado, fato que explica seu sucesso na crítica e no meio musical. O CD conquistou quatro troféus do Prêmio Saul Trumpet, em 2001: melhor CD pop do Paraná, melhor cantor; melhor letrista e melhor encarte de CD.

“Foi um trabalho totalmente diferente do Camaleão. Eu já tinha todas as músicas compostas, a concepção e a direção artística estavam prontas na minha cabeça”, afirma. E é justamente a partir da gravação deste CD que surge a banda Alexandre Nero e a Maquinaíma, com Alexandre Nero no violão, voz, cavaquinho e viola caipira; Gilson Fukushima na guitarra; Val Ofílio na bateria e percussão; Coelho percussões e Junior Congo no baixo.

Também em 2001, Nero participou do projeto Novo Canto, no Rio de Janeiro, que contou com a presença de artistas como Zeca Baleiro, Ana Carolina, Zélia Duncan, Arnaldo Batista, entre outros. Em 2006, Nero e a Maquinaíma fazem a abertura dos shows do cantor e compositor Lenine em Curitiba. Ligado às novas tendências da música mundial, em 2007 a banda produz o show e lança inteiramente na internet, o Cd Chic Science, com releituras de canções do compositor pernambucano Chico Science.

Techn’umbanda, um dos shows de repertório, onde, Nero e a Maquinaíma, mostram releituras de músicas da cultura negra, dentro do projeto Música Preta Brasileira, idealizado por ele. Os sons do candomblé, da umbanda e do próprio negro se misturam aos ritmos dos samplers, dos DJ’s e das guitarras.

Como cantor, compositor ou instrumentista, Alexandre Nero foi convidado para participar da gravação de aproximadamente 30 CDs de outros artistas brasileiros, como é o caso do CD Melopéia, do poeta paulista Glauco Mattoso, um dos mais importantes nomes da poesia de vanguarda brasileira." (release)



Vídeo da música Filosofando (Alexandre Nero e José Guilherme de A. Jorge) do seu novo disco "Vendo amor - em suas mais variadas formas, tamanhos e posições" do selo Discobertas.

www.alexandrenero.com.br/

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