Por Naara Vale
Um fim de semana todinho de roda de samba ainda seria pouco para dar conta do repertório que a cantora Cristina Buarque carrega na memória. Uma tarde, então, não dá nem pro gasto, mas já vai ser suficiente para garantir a alegria dos sambistas cearenses que a receberam por aqui há cerca de dois anos e agora têm novamente a oportunidade de ver, ouvir e aprender um pouco mais do samba de raiz com a carioca, na roda que se forma hoje, 5, a partir do meio-dia, no Kukukaya, abrindo o projeto Roda de Samba.
Na base do improviso, como manda toda boa roda de samba, Cristina vai se juntar a uma turma de bambas da terra como Felipe Araújo (sambista e jornalista do O POVO), Shallon Araújo e David 7 Cordas (do grupo Samba da Gente), grupo Gebedim, Bruno Goyanna e Ângelo do Pandeiro (do grupo Policarpo e a Estrela de Madureira) e Alfredo Pessoa (do grupo Academia). Sem ensaios nem repertório prévio, a cantora conta que está tranquila pela boa experiência que teve anteriormente tocando com parte dessa mesma rapaziada em um show realizado no restaurante Docentes e Decentes, em Fotaleza.
"Eu não sei muito bem como vai ser, mas claro que vai ser no improviso. Da outra vez, deu ‘mó pé’, foi super tranquilo. Vamos combinar antes, mas já ta na tranquilidade porque já conheço a rapaziada e sei que eles dão conta", elogia, puxando todos os esses do puro "carioquês". Cristina já tinha passado pelo Ceará outras vezes, na década de 1980, acompanhando músicos como Paulinho da Viola e Mauro Duarte e diz não se surpreender por encontrar na terra que exporta o forró eletrônico gente apaixonada pelo samba de raiz.
"Tem essa coisa do samba em todo lugar. Onde eu passo tem uma moçada que gosta desse tipo de música, do samba mais tradicional, embora ele não seja tocado no rádio. É uma turma mais na encolha”, pontua. É para esse pessoal que Cristina guarda as maiores pérolas do seu inestimável repertório. Segundo ela, seu maior prazer é apresentar ao público músicas que ficaram esquecidas no tempo ou não ganharam a voz do povo. “Não gosto de música muito conhecida, gosto de mostrar o que as pessoas não conhecem, mas só quando tem gente interessada, numa roda pequena", ressalta.
Mesmo fugindo da alcunha de pesquisadora, Cristina mergulhou no samba de raiz e hoje é vista por alguns músicos mais novos como um almanaque vivo do samba. Modesta, ela prefere dizer que é apenas uma interessada no assunto. "Nem pesquiso tanto, as pessoas que me pedem alguma coisa e eu vou atrás. Não me considero pesquisadora. Não sei nem mexer na internet. As pessoas é que me dão muita coisa porque sabem que eu gosto".
Irmã de Chico Buarque, Ana de Hollanda (cantora e atual ministra da Cultura) e Miúcha, Cristina conta que sua veia musical teve, sim, influência dos Buarque de Hollanda, mas não exatamente dos irmãos mais famosos. O gosto pela música foi despertado pelo irmão mais velho, Sérgio, que sempre ouvia sambas antigos na sua radiola e ela, criança, começou a se apaixonar por mestres como Noel Rosa, Ciro Monteiro e Mário Monteiro. “Eu fui crescendo e gostando, até começar a pegar um pessoal contemporâneo meu. Peguei ainda Nelson Cavaquinho, Cartola, Zé Ketti, o pessoal da Velha Guarda da Portela, Candeia, Mauro Duarte. A gente se encontrava em almoços e depois eu gravei com alguns deles”, lembra.
Na base do improviso, como manda toda boa roda de samba, Cristina vai se juntar a uma turma de bambas da terra como Felipe Araújo (sambista e jornalista do O POVO), Shallon Araújo e David 7 Cordas (do grupo Samba da Gente), grupo Gebedim, Bruno Goyanna e Ângelo do Pandeiro (do grupo Policarpo e a Estrela de Madureira) e Alfredo Pessoa (do grupo Academia). Sem ensaios nem repertório prévio, a cantora conta que está tranquila pela boa experiência que teve anteriormente tocando com parte dessa mesma rapaziada em um show realizado no restaurante Docentes e Decentes, em Fotaleza.
"Eu não sei muito bem como vai ser, mas claro que vai ser no improviso. Da outra vez, deu ‘mó pé’, foi super tranquilo. Vamos combinar antes, mas já ta na tranquilidade porque já conheço a rapaziada e sei que eles dão conta", elogia, puxando todos os esses do puro "carioquês". Cristina já tinha passado pelo Ceará outras vezes, na década de 1980, acompanhando músicos como Paulinho da Viola e Mauro Duarte e diz não se surpreender por encontrar na terra que exporta o forró eletrônico gente apaixonada pelo samba de raiz.
"Tem essa coisa do samba em todo lugar. Onde eu passo tem uma moçada que gosta desse tipo de música, do samba mais tradicional, embora ele não seja tocado no rádio. É uma turma mais na encolha”, pontua. É para esse pessoal que Cristina guarda as maiores pérolas do seu inestimável repertório. Segundo ela, seu maior prazer é apresentar ao público músicas que ficaram esquecidas no tempo ou não ganharam a voz do povo. “Não gosto de música muito conhecida, gosto de mostrar o que as pessoas não conhecem, mas só quando tem gente interessada, numa roda pequena", ressalta.
Mesmo fugindo da alcunha de pesquisadora, Cristina mergulhou no samba de raiz e hoje é vista por alguns músicos mais novos como um almanaque vivo do samba. Modesta, ela prefere dizer que é apenas uma interessada no assunto. "Nem pesquiso tanto, as pessoas que me pedem alguma coisa e eu vou atrás. Não me considero pesquisadora. Não sei nem mexer na internet. As pessoas é que me dão muita coisa porque sabem que eu gosto”.
Irmã de Chico Buarque, Ana de Hollanda (cantora e atual ministra da Cultura) e Miúcha, Cristina conta que sua veia musical teve, sim, influência dos Buarque de Hollanda, mas não exatamente dos irmãos mais famosos. O gosto pela música foi despertado pelo irmão mais velho, Sérgio, que sempre ouvia sambas antigos na sua radiola e ela, criança, começou a se apaixonar por mestres como Noel Rosa, Ciro Monteiro e Mário Monteiro. “Eu fui crescendo e gostando, até começar a pegar um pessoal contemporâneo meu. Peguei ainda Nelson Cavaquinho, Cartola, Zé Ketti, o pessoal da Velha Guarda da Portela, Candeia, Mauro Duarte. A gente se encontrava em almoços e depois eu gravei com alguns deles”, lembra.
Serviço
Roda de Samba com Cristina Buarque
Quando: hoje, 5, ao meio-dia
Onde: Kukukaya (Av. Pontes Vieira, 55 - Dionísio Torres)
Quanto: R$ 10 (couvert)
Outras info.: 3227 5661
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